O ocaso compõe o seu adágio
de uma plácida melancolia majestosa.
As luzes acendem-se nos vidros
enquanto perdura o vermelho rastro do poente.
Um ténue e total desmoronamento
abre-nos à antiguidade da matéria.
A solidão é nua. A atenção respira.
Ouve-se o longínquo latido de um insecto.
Caravanas de nuvens atravessam a água.
De tudo o que fui e quase imóvel perdura
nos vem a lenta protecção tranquila.
Dir-se-ia que o intacto sorri em nós e no mundo
enquanto uma frágil estrela se acende no azul.
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Fotografias feitas no Ginjal
Poema Adagio de António Ramos Rosa
Dmitry Shishkin interpreta um Nocturno (Op.9 Nº2) de Chopin
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E muito gostaria que fossem também visitar o meu Ginjal onde, ao som de uma certa 'berceuse', também vou pela mão de António Ramos Rosa em busca de alguém que não sei se existe.
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E muito gostaria que fossem também visitar o meu Ginjal onde, ao som de uma certa 'berceuse', também vou pela mão de António Ramos Rosa em busca de alguém que não sei se existe.
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[E, por falar em ocaso, talvez tenham interesse em ler alguma coisa sobre o dramático ocaso de Weiner. É a seguir.]
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É um bonito poema. Sem dúvida.
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