Tive que ver aqui no computador o calendário para saber o dia da semana. Tinha ideia que era fim de semana mas não estava segura de ser sábado. A boa vida dá nisto.
De manhã, andei de passeio e a fotografar pela beira do mar. Depois, numa esplanada, vagaroso almoço mediterrânico na base do manuri, figos, alface, feta, mel, pêra, beterraba, iogurte, azeitonas, vinho doce a servir de tempero, orégãos -- coisas assim.
De volta a casa, seguiu-se o sagrado descanso pós-prandial e, depois de despertar do reparador sono de beleza, acabei o post sobre as peças de mobiliário e os apetrechos que me poderão proporcionar um suave reingresso no horário laboral e no ambiente de escritório e que, bem vistas as coisas, são sugestões da maior utilidade para toda a gente, mesmo para quem já não trabalha ou trabalha num outro qualquer ambiente profissional que não, estritamente, o de escritório.
Ao fim do dia, de novo para o laré: reunião plenária num café do mais castiço que há em torno de caracós, caracoletas grelhadas, moelas estufadas, pregos e bitoques para os mais pequenos.
Regresso a casa já de noite. Ligeiras arrumações, depois uma peça de fruta, uma gelatina sem açúcar, um saracoteio aqui e ali... e sala. Claro que, com este dolce fare niente, ando desfasada da realidade. E é que já nem tenho grande curiosidade em ir espreitar as notícias. Parece que o mundo, no dia a dia, se organiza para valorizar o lado negativo, azarado ou mesquinho da vida. Quase em vão, ponho-me à procura de descobertas científicas, obras de arte, visões espantosas da natureza; mas os media insistem em fustigar-nos com acidentes, desgraças, notícias que tendem a deprimir quem as lê. Não é que queira alienar-me mas há um desequilíbrio tremendo entre as notícias, reportagens ou crónicas sobre acontecimentos ou coisas agradáveis e as que escorrem sangue, ameaças, medos -- estas em catadupa.
Pensei: vou agarrar-me à Odisseia. Mas não sei se, de facto, é da tradução (do Frederico Lourenço) ou se é mesmo do Homero, passo a vida a dar com passagens que me incomodam, trechos que me soam a historieta do mais vulgar que há, uma coisa que parece que perdeu a alma poética pelo caminho. Portanto, como tantas vezes acontece, pus o livro de lado, e, na maior indolência, pus-me a passar fotografias para o computador e talvez daqui a nada componha um post com uma breve reportagem relativa ao passeio matinal.
Mas, ao escrever isto, hesito, temo que vocês se cansem com esta profusão de posts e todos sempre tão grandes. E as minhas fotografias interessarão a alguém? Gostava, a sério que gostava mesmo, de conseguir ser contida, três ou quatro linhas por dia, e tudo dito. Mas comigo é isto que se vê, uma infindável torrente.
Bem, já sei. Para não vos maçar com um post só com fotografias, escolho umas quantas e intercalo-as aqui. Um belo pot-pourri este post -- aliás, como é costume.
Será que em França estas quase burkas para homens seriam permitidas? |
A seguir, enquanto vejo um programa interessante na RTP 2 sobre Ópera (ou bailado? não estou lá muito atenta, mas agora está num bailado bem bonito), pus-me a espreitar as sugestões do YouTube.
E, como sempre, é um mundo que se abre. Poderia ter optado pela cantoria ou pela dança ou pela arte mas comecei pela Porta dos Fundos. E, por enquanto, por aqui me fico para partilhar convosco este momento da história do nosso País.
Pero Vaz pela Porta dos Fundos
Pero Vaz de Caminha foi um vanguardista. O autor do primeiro registro escrito da história do Brasil trabalhava explorando o mundo de graça em troca de produzir relatos. Pode-se dizer que ele é o primeiro blogueiro de viagens que se tem notícia, uma espécie de Bruno de Luca da corte portuguesa, conhecido até os dias de hoje por seu estilo único de contar os fatos.
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E, se ainda não viram e se ainda não estão fartos da minha prolixidade, continuem descendo que há para todos os gostos: peças de decoração extremamente úteis, uma troika customizável e uns bolos que parecem elegantes peças de design, etc.
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E ainda tinha para aqui em mente mais uma mas não sei se me deixe estar quieta ou se a faça.
Portanto, não sei se é até amanhã se é até já.
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E ainda tinha para aqui em mente mais uma mas não sei se me deixe estar quieta ou se a faça.
Portanto, não sei se é até amanhã se é até já.
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Antes de comentar, preciso de um momento, cof, cof. O post é completamente marado mas, paradoxalmente, faz inteiro sentido, até o vídeo da Porta dos Fundos o corrobora. :)
ResponderEliminarA Porta dos fundos tem um êxito extraordinário. Já vi uns quantos episódios. Mas não faz bem o meu género.
ResponderEliminarE que passe um bom domingo
Olá Lúcio,
ResponderEliminarGostei do comentário. Ainda bem que achouu o post marado. Estava a escrevê-lo e a achar 'que maradice, senhores'. Portanto, give me five.
E uma bela semana!
Olá bea,
ResponderEliminarEntão não gosta deles? Eu acho que volta e meia não têm grande graça mas, outras, acho-lhes um piadão. Quando gozam com a história deles e nossa acho mesmo divertido. Mas pronto, cada um é como cada qual, né?
Uma semana feliz para si, bea.