quinta-feira, agosto 11, 2016

António Horta-Osório, o banqueiro perfeito, Ana, a amada mulher, e Wendy Piatt (ex-conselheira de Tony Blair), o suposto love affair
-- ou quando o gestor-modelo e marido-perfeito é apanhado com a boca na botija, despertando a fúria da City.
Por uma vez: LOL



Mas, então, vocês olhem lá: alguma vez eu sou ou fui puritana?! Pois com certeza que não. Quero cá eu saber da vida de cada um. Mas é que nem pouco mais ou menos. Nunca.
Num prédio grande como aquele que morei quando me casei, o entra e sai dos apartamentos impedia que alguém tentasse sequer meter-se na vida de quem quer que fosse. Ao meu lado morava um fulano que, durante anos, me fartei de ver na televisão. Ocupava um cargo importante. A mulher era uma querida, daquelas na base do peace and love. Usava saias compridas, calçava sandálias, volta e meia fazia tranças. Tinham umas gémeas amorosas. Quando ela não estava, nem as miúdas, volta e meia chegava ele com uma namorada. Passado um bocado ouvia-se o piano. Tinham um piano grande, branco. Ele tocava lindamente mas só tocava para as namoradas. Acontecia eu ir no elevador com ele e a namorada, eu ir para a minha porta, ele para a porta ao lado. Não se torcia nem se amolgava, cumprimentavamo-nos com a naturalidade habitual. Outras vezes íamos no elevador: eu, ele, as miúdas. Um casal feliz. E quem diz este caso, diz sei lá eu quantos mais.
E numa empresa grande? Tudo é normal. Uma colega minha dizia-me no outro dia a propósito de uma outra de lá: marcha tudo, novos, velhos, casados, doutores, motoristas e até miúdos estagiários. Ela dizia isso com naturalidade, apenas constatando, e eu ouvi-a também com naturalidade. Um outro, fisicamente nada de especial, já lá teve não sei quantas namoradas. Era casado, descasou-se, foi viver com uma colega, pelo meio, não sei como, engravidou outra vez a ex-mulher, deixou a colega, voltou para a ex-mulher, começou a namorar com outra colega, deixou outra vez a ex-mulher e agora já vive com uma outra também colega. Um espanto. Mas, sinceramente, nada a dizer. Cada um sabe de si.
Na política ou no futebol ou na televisão a mesma coisa: se este é gay e vive com aquele, se o outro vive com a cunhada do não-sei-quantos, se a deputada namora com aquela muito conhecida ou se não sei quem gosta de ir às saunas não sei onde -- o que é que eu tenho a ver com isso? Nada. Zero. Bola.
António Horta-Osório ,
o devoto marido de Ana

Mas já me faz uma certa erisipela que um daqueles maravilhosos executivos 
-- daqueles que são ouvidos pela deslumbrada imprensa portuguesa como se fossem uns deuses, que ganham impudicos milhões e mais outros tantos de bónus, que gostam de vir, de vez em quando, oferecer umas postas de pescada à lusa plebe, pronunciando-se a desfavor da subida do salário mínimo ou de outras benesses aos pobrezinhos que podem desconjuntar a economia -- 
quando lhe permitem que fale de si, arranje maneira de louvar o apoio fantástico que recebe da devota mulher, e de caminho a trate pelo nome próprio, como se todo o país devesse também estar agradecido à Ana pelo apoio que lhe permite a ele ser tão bom, tão lá em cima, tão nos píncaros da beautiful people do mundo do dinheiro.

Executivozinhos, perfeitinhos, muito bons alunozinhos da Católica, depois daí para o Insead e tão bons, tão bons, daí para a Goldman Sachs -- toda a escola da sacanagem, portanto -- todos muito focadinhos, todos eles goals e achievments, e todos muito trabalhadorezinhos, a vida dedicada ao trabalho, e a família sempre na rectaguarda e a esposazinha sempre sorridente e bem vestida, sempre presente, sempre a apoiar. E daí para o Lloyds, o nosso orgulho, o nosso homem na City, o nosso banqueiro estofado em tweeds britânicos, a sobrancelha vaidosa e o sorriso de muitos milhões e agradecido à Ana e os jornalistas a emoldurarem o sorriso e a pose --- e eu agoniada.
? Fazer o quê se eu com gente destas é que eu não vou mesmo à bola?
Horta-Osório e Wendy Piatt
E eis que agora, o maridinho exemplar, saltou para as páginas dos jornais e não foi por ser o melhor banqueiro de todos os tempos. Agora o special one Horta-Osório virou o adúltero e aproveitador, e os ingleses a espetarem-lhe na cara o código de conduta, e a mostrarem ao mundo o namoradinho a tirar fotografias à namoradinha e que ela foi vista a entrar e sair do quarto dele e que andaram a passear a fazer turismo durante uma viagem de trabalho e que andou a usar dinheiro do Lloyds para andar de lua de mel com a namoradinha e que se vá mas é embora que na City é tudo gente da mais elevada moral e respeito pelos bons costumes, não querem cá destas confusões.

Toma e embrulha, ó Tony.


António Horta-Osório tira uma fotografia a Wendy

O jornal britânico, The Sun diz que o banqueiro português está a ser pressionado para deixar a liderança executiva do Lloyds Bank depois de, alegadamente, ter utilizado dinheiro da instituição para usufruir de tempo de lazer com Wendy Piatt, antiga conselheira de Tony Blair com a qual, segundo a mesma publicação, mantém um envolvimento fora do casamento.


O The Sun dá conta de encontros num hotel em que Horta Osório estava instalado numa viagem de trabalho à Ásia paga pelo banco. Encontros que põem a reputação do banqueiro em causa, depois do mesmo jornal noticiar vários jantares que se sucederam ao dito encontro no quarto do luxuoso hotel Mandarin Oriental em Singapura. Um local que também era palco de uma conferência sobre banca em que Horta Osório era orador.


Tony e Wendy, o in love casalinho curtindo o passeio

O jornal britânico diz ainda que teve acesso à conta do hotel do banqueiro, que ganhou cerca de 12,8 milhões de euros em 2014. Uma conta de quase 4.000 libras (4.687 euros) que incluiu tratamentos no luxuoso spa do hotel.

O Lloyds já reagiu oficialmente. O banco garante que não houve "nenhuma violação" da política de gastos da instituição e que o caso é uma "questão pessoal” do presidente executivo.

No Daily Mail também pode ler-se:

The £8.5million smoothie loves to play the family man: Lloyds boss accused of 'affair' took eight weeks off work to spend time with his wife and children

  • Lloyds boss Antonio Horta-Osorio met Dr Wendy Piatt at a London club
  • Married banker, 52, is accused of having a long-running affair with her
    Têm as duas longos cabelos louros mas esta é a Ana,
    a esposa que tanto tem apoiado o extraordinaire Horta-Osório

  • He took 8 weeks off work for 'exhaustion' and to spend time with family 


E eu, que não sei da vida privada de cada um, não posso deixar de achar graça que, depois de ter andado a dar uma de maridinho-lindo, Ana para aqui, Ana para acolá, o vaidosão do António ande agora escarrapachado nas páginas dos jornais e seja objecto de gozo mostrando-o ora com a esposa dedicada Ana ora com a namorada Wendy.

Na volta, com aquele ar de betinho que não parte um pratinho, o que ele é é um zezé camarinha.

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O fantástico triângulo: António Horta-Osório, Ana e Wendy. 

Já o estou a ver com as duas, sobrolho alçado, dentinho malandro, corrente de ouro branco com crucixo sobre o peito peludo, a oferecer-se todo às duas: 'I'm your man', faço o que as meninas quiserem. 


[Agora é que era boa altura para o homem dos negócios do Expresso, o diligente João Vieira Pereira,  o ir entrevistar outra vez. Vá lá....] 



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E queiram descer, por favor, porque agora a seguir é que há temas que valem a pena, nomeadamente onde se fala do homem branco daquela fotografia.

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3 comentários:

  1. Mr. Horta Osorio should resign from Lloyd's Bank immediately.

    He should also resign from his appointment as Chair of the Board of Trustees of the Wallace Collection.

    In essence, he should pack up his bags and leave London ASAP.

    This man is a liar and a hypocrite!!!

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  2. Il me semble il est toujours avec sa femme actuellement. Je ne trouve que tromper son partenaire n'est pas un crime mais une petite envie pas grave

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  3. Il a connu qu'Ana depuis l'école chez les jésuites et une aventure sans divorce n'est quand même pas un crime. Wendy est jeune, très intelligent, libre et ce n'est pas sa faute.Antonio est aussi responsable, il Faut tjs deux.

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