Há temas que, com o tempo, aqui se tornarão recorrentes. Contudo, os meus gostos, se são variados, não são infinitos e, portanto, acho que me desculparão se reincidir nos que me são especialmente caros.
E, se o são, isso não quer dizer que os prefira sobre todos os outros mas pode significar que, por senti-los mal-amados pelas outras pessoas, tenha vontade de ir em sua defesa.
A arte de rua é, assim, uma das que me mobilizam.
Cheguei a escrever ao presidente da autarquia na qual resido a sugerir que tornasse a cidade uma cidade das artes promovendo a utilização de espaços públicos para instalação de vários tipo de obras: escultura, azulejaria, pintura de muros ou paredes. E dei várias ideias em concreto, sugerindo que se convocassem para a ideia empresários ou comerciantes locais (disponibilizando espaços ou patrocinando), os estabelecimentos de ensino, etc. Agradeceram-me, disseram que iam estudar o assunto e etc. Mas, se tenho vindo a observar que existe progressivamente uma maior abertura (e, de forma alguma, a atribuo à minha sugestão mas, sim, ao ar do tempo), não vejo aquela mobilização e acarinhamento que me parecem indispensáveis, envolvento a população e a comunidade artística.
Quando me refiro à pintura em espaços públicos e mostro apreciar tanto o graffiti, não me refiro, como já o tenho referido, às letras e riscos inestéticos e que mais não são do que uma básica marca territorial ou até vandalismo.
(Mas isso resulta da proibição e da não promoção como arte bem aceite, o que desencadeia a vontade da subversão e do desafio .)Refiro-me, sim, a verdadeiros trabalhos artísticos, a obras que revelam inspiração, criatividade, irreverência ou sentido estético.
Claro que já há autarquias que contratam 'artistas de rua' para pintarem muros, pilares de pontes, viadutos ou túneis e já há um reconhecimento internacional em torno de algumas figuras. ajudando a abrir as mentes mais empedernidas.
Mas, em geral, a arte de rua ainda é muito vista como uma actividade marginal, por muita gente ainda associada mesmo à delinquência juvenil.
Por achar que posso aproveitar este meu espaço para falar do que gosto, trago de novo aqui fotografias de pinturas que acho que valorizam de forma notável os espaços em que se inserem e mostro este vídeo que mostra manifestações públicas que, mesmo quando pela sua modéstia, pequena dimensão ou género, não almejam a alcandorar-se à categoria de arte são, isso sim, apontamentos de humor ou ternura que trarão, certamente, um sorriso a quem por eles passa.
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A autoria dos murais cujas fotografias usei a intercalar o texto é, respectivamente, de:
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela sexta-feira.
Saúde e alegria para todos.
Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela sexta-feira.
Saúde e alegria para todos.
Olá UJM, também gosto muito de arte urbana. Ter os quadros na nossa rua é muito melhor do que ter de ir aos museus para os ver! E além das cidades ficarem mais bonitas, ficamos também nós mais bonitos porque sorrimos quando por eles passamos :-). Nos últimos anos, em Portugal, tenho visto cada vez mais murais de grande qualidade, e mesmo perto de minha casa tenho uma daquelas bolas de ferro chumbada no passeio transformada na cabeça de um extra-terrestre desenhado na calçada, que sempre diverte a mim e aos meus filhos! Rita
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