Gosto de futebol mas sou muito selectiva: só quando joga a nossa selecção. Agora, enquanto se joga a outra meia-final e a França vai garbosamente à frente da Alemanha, ponho-me a cirandar pela net. Não vejo nada de extraordinário. Melhor: nada que me interesse -- porque coisas extraordinárias, aberrantes, impensaveis e estúpidas é o que não falta.
Mas eu aqui, com um céu cor de rosa e um rio em azul alfazema na minha janela, um fio de aragem a percorrer-me a pele, estou mais para estar ao fresco, apoiada no parapeito, do que para armar guerra com láparos mentecaptos ou bafientos comissários ou mostrar a minha preocupação pelo racismo ou pelo fácil uso do gatilho contra indefesos -- ou seja, penalizando-me por isso, não estou com disposição para coisas sérias. Não estou mesmo. Fútil, cabeça vazia, loura burra, o que quiserem chamar-me. Aceito. Há bocado, a falar com a minha filha, vinha eu a dizer que estou a precisar de férias e ela a dizer-me que anda toda a gente assim, já ninguém anda a dar uma para a caixa, tudo a precisar de encostar às boxes. Mesmo.
E, portanto, em dias assim, apesar de ir deitando um coup d'oeil ao futebol (com vontade que o Schäuble esteja a roer os dedos de raiva), ponho-no nas mãos do meu grande amigo, a minha soul mate, o algoritmo da google.
Ou seja, dolentemente deixo-me cair nos braços do youtube. E podia passar a noite a ver o que ele escolhe para me agradar. Espertinho, ele. Agrada-me. E malandreco.
Já estive a ouvir uma música quente e sensual, a ver um belo tango, já estive a aprender sobre June e Júpiter (até com vontade de falar daquela superfície tão bela), já estive a ver imagens e explicações sobre a origem dos tempos -- e, claro, testes aos molhos, testes para ver se sou uma das 50 pessoas que sabe responder a um conjunto de perguntas, se tenho um QI superior a 150, se sou flirty, se isto, aquilo e o outro.
Ou seja, dolentemente deixo-me cair nos braços do youtube. E podia passar a noite a ver o que ele escolhe para me agradar. Espertinho, ele. Agrada-me. E malandreco.
Já estive a ouvir uma música quente e sensual, a ver um belo tango, já estive a aprender sobre June e Júpiter (até com vontade de falar daquela superfície tão bela), já estive a ver imagens e explicações sobre a origem dos tempos -- e, claro, testes aos molhos, testes para ver se sou uma das 50 pessoas que sabe responder a um conjunto de perguntas, se tenho um QI superior a 150, se sou flirty, se isto, aquilo e o outro.
Mas até para fazer testes eu estou com falta de paciência: obriga-me a optar e a anotar as respostas e não aguento tanta trabalheira.
Portanto, o corpo abandonado e a mente em ponto morto, deixo-me estar a ver vídeos.
Este aqui abaixo, um dos recomendados, não me traz nada de novo: sei do que ali se diz desde que nasci. Bem, não literalmente do que ali se diz, mas do conceito.
Por exemplo. Lembro-me agora. Quando fui viver para uma residência universitária feminina, no meio de marronas que até me punham doente, namorava eu que me fartava e, talvez por isso, ou talvez porque, sem querer, dava conselhos amorosos às outras, numa festa qualquer organizada pelas veteranas para praxarem as caloiras, puseram-me a dar uma aula de sedução: Como arranjar um namorado num abrir e esfregar de olhos. Estava toda a gente a ver, incluindo as beatas e ortodoxas da direcção daquilo, umas camelas que passavam a vida a dar-me sermões.
Pois bem. Queriam festa? Tiveram-na. Na irreverência dos meus 17 anos, dei uma aula que faz favor. Ao princípio estavam todas no gozo a achar que me ia atrapalhar. Ia, ia. Se há matéria que me é cara é essa. Claro que nem sempre exerço - ou melhor, contenho-me. (Claro que aqui devia inserir smiles, eheheheh ou lol para ficar claro que há nisto muita ironia - mas não o faço; e não me apetece explicar porquê).
Pois bem. Queriam festa? Tiveram-na. Na irreverência dos meus 17 anos, dei uma aula que faz favor. Ao princípio estavam todas no gozo a achar que me ia atrapalhar. Ia, ia. Se há matéria que me é cara é essa. Claro que nem sempre exerço - ou melhor, contenho-me. (Claro que aqui devia inserir smiles, eheheheh ou lol para ficar claro que há nisto muita ironia - mas não o faço; e não me apetece explicar porquê).
Portanto, sabendo deste meu gosto (académico!) pelo tema, eis que o meu amigo algoritmo diz que acha que eu gosto do vídeo que abaixo vos mostro. E eu, para o caso de ele também ter ouvidinhos, daqui lhe digo: gostei, sim senhor, mas, para apróxima, se faz favor sugira-me qualquer coisa que para mim seja novidade. OK?
De qualquer modo, sabendo que gente pouco praticante, desabituada, atrapalhada, medrosa, com poucas oportunidades, com falta de jeito, timidez a rodos, bronquinha, mal informada, ou etc, tem muitas vezes medo de dar barraquinha ou de não cumprir ou, pior, tem falsas ideias e percebe tudo ao contrário, aqui fica o instrutivo vídeo.
The Fear of Being Bad in Bed
Being good or bad in bed has nothing to do with physical exertion; it’s all about a state of mind.
Learn. And enjoy.
...
Essa Mónica Belluci é a perdição de qualquer homem!
ResponderEliminarP.Rufino