quarta-feira, junho 22, 2016

Why Britain Joined the European Union
-- O humor de Yes Minister


E, para terminar a minha jornada, nesta noite de verão que, tanto o calor, transpira por todos os poros, hesitei entre cenas escaldantes ou divertidas. É certo que uma noite caliente puxa mais ao sexo do que à diplomacia mas, com vossa licença, permitam que eu, agora, me porte bem.

Já no post anterior, dedicado ao photoshop malandreco, tinha temperado a alma com ironia  e, no anterior, levada pelo sono com que estou (sono, sono, sono -- nem vou conseguir responder aos comentários!) , optei por uma cadeira-design, coisa ao alcance de umas happy few bolsas.

O meu dia foi bom mas sem um minuto livre -- e eu, quando não posso intercalar de vez em quando, nem que, pelo menos, uns cinco minutos de manhã e outros tantos a meio da tarde, já para não falar ao almoço, deixando a mente vaguear uns instantes pelas suaves arestas do perfeito nulo, chego ao fim do dia a precisar de me enfiar numa piscina que esteja por minha conta. Ora piscina não tenho aqui em casa e ir bater à porta de um hotel, a esta hora, para me deixarem ir dar um mergulho ou meter-me debaixo de um forte jacto de água, também não me dá jeito. 

Por isso vou mas é de mergulho para a cama e imagino que entrei numa piscina virtual. Braçadas não darei para não acordar o belo adormecido e, de resto, só espero que não esteja do meu lado da cama, coisa que faz todos os dias apesar de saber que odeio. Chego à cama e tenho o meu lado a ferver. Fúria.


Mas, pronto, nem tudo são rosas. E, assim, pedindo desculpas pela indelicadeza de não agradecer as palavras que me deixaram, vou apenas partilhar o oportuno vídeo que o Leitor Bob Marley aqui deixou a propósito do referendo no Reino Unido. Gracias, Bob.


Yes Minister — Why Britain Joined the European Union



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E queiram descer até ao post seguinte e deixem-se levar para o mundo maravilhoso do photoshop. 
Não querem mandar uma foto vossa para o James? 


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1 comentário:

  1. Faço votos para que o Reino Unido (RU) vote pela saída da UE. Não por ser anti-RU, bem pelo contrário, mas porque comungo da mesma opinião que Victor Malheiro espelhou ontem no Público On-Line (e que o Blogue “Entre as Brumas da Memória” deu destaque). A acreditar no que vou lendo hoje, por essa imprensa fora, caso ganhe o Brexit, é possível que outros países venham a optar por referendos idênticos e até sobre a continuação no Euro (sou igualmente contra a moeda europeia e comungo da mesmíssima opinião do economista João Ferreira do Amaral, sobre esta matéria, num livro em que defende a nossa saída da moeda única, embora de forma racional, como ele bem explica). A União Europeia morreu e já faz tempo. Com Maastricht, depois com o Tratado de Lisboa e seguidamente o Tratado Orçamental deu-se uma machadada no projecto inicial europeu. Os Estados perderam soberania, sobretudo aqueles que aderiram à moeda única, deixando de poder contar com uma expressão dessa mesma soberania que era a política e autonomia monetária, perderam soberania ao terem de submeter os orçamentos (!) dos seus Estados aos burocratas, não eleitos, da Comissão, perderam soberania por terem deixado de poder controlar os seu Bancos Centrais, dependentes doravante da autoridade do BCE, outra Instituição não eleita, perderam soberania por passarem a ver limitadas as suas escolhas eleitorais, visto as opções políticas passarem a estar sob o crivo e a censura da Comissão e dos seus incompetentes (e insensíveis) burocratas. O último vexame a que nos submetemos, perante os tratantes da Comissão, é esta história da recapitalização da CGD! Até nisto, a saúde financeira de um Banco do (nosso) Estado,precisa de luz verde da UE! Ao que se chegou! A UE é hoje dominada por Berlim, que controla a Comissão (e de algum modo o BCE), os Estados membros estão nas mãos das hienas dos Mercados, espartilhados pela ideologia neoliberal que controla a Comissão, o Euro-grupo, o BCE, etc. Um país como o nosso, o mais antigo, em termos de fronteiras, da Europa a ser tratado da forma como tem sido, nos último 5 a 6 anos é inaceitável! Sobretudo, quando as regras que nos impõe não são as mesmas para outros Estados mais poderosos. Enfim, ainda tenho alguma esperança que esta União Europeia actual, anti-social, anti-democrática, injusta, politicamente desigual, ou se desintegre, ou se refunde. Seria preferível a segunda hipótese, mas era preciso um novo Tratado Europeu, que, de algum modo, revogasse os anteriores. E que a moeda única deixasse de o ser. Vamos aguardar pelos resultados dos britânicos. Haverá depois coragem para reflectir neles e retirar as necessárias conclusões? Tenho as maiores dúvidas. Mas, como em vida já vi duas coisas que na altura eram difíceis de prever, como foi o fim da Ditadura salazarista e depois o fim da União Soviética, quem sabe se ainda não irei assistir ao fim desta mácula político-económica em que se transformou a UE?
    P.Rufino

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