segunda-feira, junho 27, 2016

A grafómana Gina G. fez um vídeo para mim e eu, agradecida, aqui o partilho com os meus Leitores



Fico sempre admirada com a imensidão que é a blogosfera e com a facilidade que muitas pessoas têm em andar, por lá, à descoberta. Eu, por mim, acho que nunca descobri nenhum blog. Ou os descubro porque os vejo nas estatísticas do Um Jeito Manso por aqui terem andado, ou através dos comentários que aqui deixam ou, por acaso, reparo em referência a eles noutros blogs que já visito e que, em geral, se limitam aos que, por facilidade, referenciei na 'galeria' lateral.

Numa dessas vezes vi referência ao Dias de uma Grafómona (a que, mais tarde, aqui ao lado, dei o nome de A raça de uma Mulher) e fui lá espreitar. Achei muita graça pois há ali uma genuína necessidade de comunicar. Um dia vi um dos vídeos e fiquei fã. Não há ali dissertações temáticas dobre os grandes temas da actualidade. Pelo contrário, o que ali se vê encaixa, sobretudo, naquilo a que vulgarmente se designa por small talk, E eu gosto disso. Não há disfarces ou armações, há o que vem à cabeça. Eu também, quando posso, gosto de conversar assim, sobre pequenas coisas, conversa solta, bem disposta, sobre tudo e sobre nada. Não se pretende convencer ninguém de nada, apenas deambular pelos pequenos apartes do que vai pairando ao longo do dia.

Um dia destes vi uns vídeos sobre o que o filho deixou lá em casa. Sorri.
Aconteceu-me isto quando os meus filhos saíram de casa, também deixando coisas para trás. A minha filha deixou roupa que já não lhe servia ou que já não era a seu gosto. Como sou mais baixa que ela, aproveitei imensa coisa. Ainda agora, para aí uns doze anos depois de ter saído de casa, uso, cá por casa, alguma dessa roupa. E bonecas. Ainda lá estão no quarto e, volta e meia, a sobrinha brinca com elas. Tudo o que ela deixou eu reconheço. Pior foi o meu filho. Também deixou roupa e ténis mas deixou outras coisas misteriosas. Volta e meia lembra-se de alguma e pede para vermos se encontramos. Muitas vezes não sei sequer com o que se parece. O quarto dele ainda tem vários desses objectos. 
Outras vezes a Gina G. fala dos seus cozinhados ou dos seus passeios ou faz fotografias e eu gosto de tudo isso, Há uma alegria despretensiosa e uma energia criativa em tudo o que faz.


Acho graça à sua espontaneidade ao pôr-se ali, ao balcão do seu estaminé, a falar para a câmara, ou na sua casa. Nestas coisas haverá sempre os eruditos que permanentemente ocupam os seus neurónios com os grandes dilemas da humanidade e que, portanto, talvez mostrem alguma superioridade face a quem faz coisas simples. Mas, a sério, gostava de os ver em frente a uma câmara a falar - a ver se lhes saía tão espontâneo e bem disposto como sai à Gina G.

Diz ela que quem vem aos blogues não vem para ver vídeos mas para ler. Talvez. Mas eu sou fã de vídeos em geral: aprendo, divirto-me, distraio-me, fico com vontade de ir descobrir mais. E gosto de ver os vídeos dela.

Por isso, agradecendo de novo à Gina o vídeo que fez para mim e que, como já lhe disse por mail, já foi objecto de visionamento por parte da família que o viu com surpresa e sorrisos, aqui o coloco para o partilhar com os meus Leitores.

Acho que o mundo é mil vezes melhor se for pontuado por pequenos gestos de gratidão e reconhecimento e acho que o desprendimento e a alegria tornam os dias leves e bons de serem vividos. Talvez por sentir que a Gina G. também assim pensa, eu sinta empatia em relação à sua escrita, fotografias ou vídeos.

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Gracias, Gina!

[Tomei a liberdade de usar duas fotografias suas, surripiadas ao seu blog, para ilustrar o texto. Espero que não se importe.]

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E, a quem quiser colher alguma da espuma do brexit ou uma curiosa explicação das motivações inglesas a cargo dos Monty Phyton, é só descer.

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3 comentários:

  1. Oh, obrigada. Não esperava tanto, a sério que não. De dia não tenho acesso à internet, portanto só agora pude ver o post carinhoso que fez para mim. Obrigada, outra vez, não sei o que dizer, nem a espontaneidade me safa hoje. ;)

    Beijinhos

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  2. Ah, reparei agora, isso das foto surripiadas não faz mal nenhum, ora essa. ;)

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  3. Olá Gina, nada a agradecer, que é isso...?

    (Espero que a dor de cabeça tenha desaparecido e a alegria voltado.)

    Beijinhos.

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