Um coelho com toda a espécie de comportamentos esquisitos |
Na ausência da aplicação de impulsos, a inércia num corpo não se traduz apenas na imobilidade. Não: se antes o corpo estava em movimento, na ausência de grande atrito, manter-se-á em movimento durante mais algum tempo.
Com Passos Coelho está a passar-se um qualquer fenómeno do género. Há já algum tempo que a sua situação mudou: já não é primeiro-ministro. Contudo, parece que ainda não o assimilou. A postura é a mesma, falando como se ainda mandasse. Dá ideia que, mal se distrai, pensa que ainda está debaixo da protecção da dama antiga que durante dez anos fossilizou em Belém. Ora não apenas o Rei das Cagarras já não está nem aí nem ninguém tem paciência para lhe alimentar a ilusão. Quanto muito, se acorda, fala como se lhe tivessem roubado o lugar. O funcionamento da democracia é coisa que o láparo ainda não percebeu bem.
Ao contrário de Rajoy que percebeu que, não tendo o seu partido a maioria nem contando com apoio de outros partidos na Assembleia, não tinha condições para formar governo e, portanto, declinou o convite para formar governo, por cá o láparo que nos calhou em sorte, não senhor, aceitou, apresentou-se na Assembleia -- e, claro, deu com os burrinhos na água, saíu pela porta baixa, derrubado ao fim de meia dúzia de dias. Pois nem assim o bicho percebeu que em democracia consegue governar quem tem condições para tal.
De cada vez que o vejo, ressabiado, mordendo os finos lábios, todo ele destilando fel e raiva, ou quando o vejo em conferências de imprensa armado em estadista em funções, só me ocorre o gato que não reagia, que, acontecesse o que acontecesse, se mantinha na dele.
Ora bem, o que podem fazer os donos de um animal assim? Chamar um veterinário e, em casos graves, contratar uma brigada especializada em confundir gatos. Se tudo correr bem, o gato percebe que tem que reagir e vai-se embora, para casa.
E, assim sendo, para os senhores do PSD que andam desertos por se ver livres do seu triste presidente (o Alberto João, no seu desbragado estilo, já goza às escâncaras, dizendo que o láparo acha que é uma linda coisa andar debaixo das saias da Merkel), o que recomendo é que tomem providências: marquem uma reunião lá na S. Caetano à Lapa e organizem uma cena idêntica à que abaixo se mostra
É uma questão de procurarem na net: brigadas de confundidores de gatos. Pode ser que resulte.
(há uns talentosos e talentosas que certamente conseguiriam armar uma bela patuscada: por exemplo, a tal que faz lembrar o urso de Paasilinna, o Depuralino Amorim, o inteligente Hugo e tantos outros que têm ganho traquejo na bancada laranja, em cima dum palco eram moços para armar barraquinha a sério);ou, achando que a tarefa é demasiado desafiante, contratem uma brigada de especialistas.
É uma questão de procurarem na net: brigadas de confundidores de gatos. Pode ser que resulte.
Monty Python - Confunda Um Gato
...
Já cá volto. Estou só aqui a acabar uma cena.
Já cá volto. Estou só aqui a acabar uma cena.
Passos tem características de psicopata. Ontem, MFL (e eu estou à vontade para a citar por discordar em quase tudo nela) dizia que a atitude da direcção do PSD (leia-se Passos) de impor aos Deputados do seu Partido que mesmo nas reuniões das Comissões Parlamentares no mínimo se deveriam abster, revelava uma postura de menoridade aos seus Deputados, pois, poderia haver um conjunto de medidas, que ela enumerou, que não deveriam ser objecto de chumbo, por serem justas. Enfim, Passos, Portas, Albuquerque e o que para aí está à frente destes Partidos de Direita são uma corja. A ver se quer o PSD, quer o CDS (este será mais difícil, pois Portas, essa sinistra figura, estará sempre presente) um dia mudam e regressam às origens. No estado de coisas actual, com comentadores a soldo da Direita retrógrada, deixei de ver, praticamente, a televisão, que já via pouco. O que me interessa é que este governo está para ficar. Que se lixe a Direita! Que lamba as feridas!
ResponderEliminarP.Rufino
Aplausos.
ResponderEliminar