No debate, Marisa Matias mostrou que tem ideias, que tem uma visão, rasgo, energia, coragem. Entrou em força, sem vacilar e foi em frente.
A cada questão falou sem tibieza, sem meias palavras.
Não quer Portugal a participar em operações de guerra mas, sim, em acções de apoio às populações ou de reconstrução em situações de guerra; não quer para Portugal soluções para o sistema financeiro que penalizam os contribuintes e que não foram impostas por Bruxelas aos outros países; que não concorda e acha vergonhosas as subvenções vitalícias; que quer restituir a dignidade aos portugueses. Etc. A cada questão, ela ergueu a espada da justiça e foi à liça. Gostei de a ver. Gostei de ver como os outros a olhavam com alguma surpresa e, talvez, algum receio.
Se até ontem estive hesitante -- pois não sabia se ela terá distanciamento e maturidade para ser uma Presidente acima dos interesses partidários ou da ideologia que segue -- agora, depois de ter visto o debate, considero que, de todos os que vão a votos, ela será a pessoa que maiores benefícios trará ao País. Nunca votei no Bloco de Esquerda mas, nestas eleições em que não se está a votar em partidos mas em pessoas, acho que a Marisa parece ter a visão, a preparação, a competência, a determinação, a coragem, o modernismo, o humanismo e a cabeça fresca de que Portugal está tão precisado.
Assim, no debate, numa escala de 0 a 10, a ela dou-lhe 9. Não dou 10 porque ainda lhe falta algum brilhantismo, algum toque de ironia, alguma subtileza. Mas, com o tempo, lá chegará.
Fui talvez generosa em todas as notas que dei já que não houve ali grandes estrelas, daquelas altamente inspiradoras. Um Obama, por exemplo, metia qualquer um no bolso, e em três tempos. Mas pontuei face às circunstâncias e ao que me pareceu ser o valor relativo de cada um dos participantes. De resto, o debate em si, talvez dado o elevado número de candidatos, não permitia grandes rasgos nem fundamentadas trocas de opinião. Contudo, melhor ter havido do que se não tivéssemos tido oportunidade de os ter junto uns dos outros e, para além disso, permitiu ver a habilidade de cada um em levar a conversa para os assuntos que lhes eram mais caros. Portanto, do mal o menos. E, portanto, foi assente nesse terreno que formulei as minhas opiniões.
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Apontamento genérico sobre o debate
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NB: Como se poderá inferir a partir do que escrevi, por aí abaixo, caso tenham paciência, encontrarão a minha opinião a propósito de cada um dos participantes no debate.
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concordo plenamente,tudo o mais e retórica já gasta ,sem coragem de assumir ,o meu candidato
ResponderEliminarfavorito (Sampaio da Novoa)deixou-se enrolar frases feitas sem conteúdo ,tem de ser objectivo
e o Marcelo esse pura e simplesmente nada diz,coisas sem conteúdo, cai não cai, enfim com medo de dizer ao que vem!
Depois do debate de ontem, se tinha dúvidas, ou hesitações, desfizeram-se após aquele debate. Marisa Matias tem fibra, é articulada, chama os bois pelos nomes, como se diz na linguagem popular, tem coragem, aborda questões sensíveis com todo o à vontade e munida de muita razão, enfim, é uma candidata e uma mulher de mão cheia. Votei, como aqui referi, nas últimas eleições legislativas, no Bloco de Esquerda. E não me arrependo um milímetro. Andava indeciso entre Marisa e Sampaio da Nóvoa – que continuo a apreciar e respeitar, mas a sua prestação de ontem, perante todos os outros (com um Marcelo numa posição confrangedora, a encostar-se ao centro-esquerda desesperadamente, numa daquelas suas tentativas para iludir os incautos e pedinchar votos daquela área política, que ele interiormente rejeita liminarmente), não me convenceu muito. E ontem decidi-me. Votarei nela. Na Marisa. Só depois, se houver, como ainda acredito, uma segunda volta e caso não seja ela a concorrer contra o Comentador, pensarei no que deverei fazer. Concordo inteiramente com o que aqui escreve.
ResponderEliminarP.Rufino