1.
No leito da morte, Gertrude Stein ergueu a cabeça e perguntou: "Qual é a resposta?". Como ninguém falou, ela sorriu e disse: "Nesse caso, qual é a pergunta?"
2.
Temos em mãos vários fios, e o mais provável é que um ou outro nos conduzam à verdade. Podemos perder tempo a seguir o fio errado, mas mais tarde ou mais cedo encontraremos o certo.
3.
Ulisses: Conhecei o mundo inteiro.
4.
Formular uma pergunta é resolvê-la.
5.
Deu ao Homem a linguagem, e a linguagem criou o pensamento, que é a medida do universo.
6.
"Para onde vais?", perguntou o leitor ao cavaleiro, "Aquele vale é fatal quando as fornalhas ardem, acolá fica o monturo cujos odores enlouquecem, aquela fenda é o túmulo onde os altos regressam."
7.
"O mundo é como a impressão que fica depois de uma história ser contada."
8.
Sob o luar, a sombra de um gordo precede-me na estrada que vou a descer; e se me virar e fugir, ele persegue-me: é este o homem que devo conhecer.
9.
Vladimir: Que fazemos aqui, eis a questão.
10.
Nunca perguntes o caminho a alguém que o conhece, porque assim não poderás perder-te.
11.
Os homens receiam que as mulheres se riam deles. As mulheres receiam que os homens as matem.
12.
O cão, que, com todo o seu ímpeto e ferocidade, quando vem para morder, se se deitam no chão, não faz mal; isto por piedade.
13.
Einstein: Mas, seja como for, não podemos fugir às nossas responsabilidades. Estamos a fornecer à humanidade fontes colossais de poder. Isso dá-nos o direito de impor condições. Se somos físicos, temos de nos tornar políticos do poder.
14.
E o apetite, esse lobo universal, tão duplamente secundado pela vontade e o poder, tem de forçosamente fazer uma presa universal, e por último devorar-se a si mesmo.
15.
A terra não discute, não é patética, não faz arranjos, não grita, não apressa, não persuade, não ameaça, não promete, não discrimina, não concede fracassos, nada fecha, nada recusa, nada exclui, de todos os poderes, objectos, estados, todos notifica, nenhum exclui.
16.
Não existe... a morte... Só existo... eu... eu... que morro...
17.
Acredito que estou no Inferno, logo estou lá.
18.
"O que é a verdade?", perguntou Pilatos, jocoso, sem ficar para ouvir a resposta.
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2. Sir Arthur Conan Doyle, O cão dos Baskervilles
3. Shakespeare, Troilo e Créssida, acto 2, cena 3
4. Karl Marx, Zur Judenfrage
5. Percy Bysse Shelley, Prometeu Libertado
6. W.H. Auden, Cinco Canções, V
7. Valmiki, Yoga Vasistha, 2, 3, II
8. James Reeves, "Coisas Vindouras"
9. Samuel Beckett, À Espera de Godot, acto 2
10. Rabino Nachman de Breslau, Contos
11. Margaret Atwood
12. Fernando de Rojas, A Celestina, canto 4
13. Friedrich Dürrenmatt, Os Físicos, acto 2
14. Shakespeare, Troilo e Créssida, acto I, cena 3
15. Walt Whitman, Folhas de Erva
16. André Malraux, A Estrada Real
17. Arthur Rimbaud, Noite do Inferno
18. Francis Bacon, "Da Verdade"
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- Todas as citações do início do post, de 1 a 18, cujos autores se encontram acima, abrem alguns dos capítulos de 'Uma História da Curiosidade' de Alberto Manguel que tenho estado a folhear, surpreendida e agradada, e que mal posso esperar para degustar pausadamente, deleitadamente.
(O título do post é o início do capítulo I, cujo título é 'O que é a curiosidade?')
- As imagens referem-se à Divina Comédia de Dante Alighieri
- A música é "Blessed is the Man" que pertence a Vespers Op. 37 de Sergei Rachmaninov (Russian Orthodox Vespers Service) numa interpretação a cargo de Mikhail Ivanovich Glinka Choir.
- A animação é de Blanca Li - "Le Jardin des Délices"
- 14 and Shakespeare the Numbers Man: a Matemática e a Poesia, pelo professor Professor Roger Bowley
- A dança é Silhouette, uma coreografia da mesma Blanca Li sobre música de Tao Gutierrez
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E, por hoje, pouco mais.
Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela sexta-feira.
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E, por hoje, pouco mais.
Não vou falar da actualidade já que não me interessa, nem um bocadinho, se o Mourinho foi despedido.
Vendo-o, sempre enjoado, tantas vezes pensei que não percebia aquela pose. Se não gostava, pois que não comesse. Portanto, se tudo lhe estava a correr mal e se ele já não estava com pachorra para maçadas, pois que fosse para casa. Ora se, ainda por cima, vai para casa com uns milhões valentes na mão, pois melhor para todos.
Também não vou comentar o caso do Banif pois era mais que esperado.
Quando a bulha rebentou entre herdeiras, deu para perceber que, o que viria a seguir, não seria bom de se ver. Mas os depositantes não terão problemas pelo que não há razão para alarme social.
Também não vou comentar aquilo da Manuela Ferreira Leite dizer que não é a altura certa para se reflectir sobre o Banco de Portugal.
Lá está ela. Parece tão atinadinha mas, quando a coisa toca aos ex-colegas e amigos do BdP (nomeadamente, às matrafonas adormecidas Carlos Costa e Aníbal Cavaco), logo ela sai em sua defesa. Bolas para ela.
Também não quero saber se o filho da prima da mulher do Rajoy, que lhe deu um murro na cara, é maluco, desequilibrado ou aventureiro.
Gostava era que o Rajoy fosse corrido do mapa eleitoral. Era bom que estes trastes todos levassem uma corrida em osso.
Muito menos vou falar do Passos Coelho, esse brincalhão, a dizer que acalmou os correlegionários do PPE.
Às tantas, se não fosse ele, os outros vinham por aí, de lanças na mão, a ver se libertavam o país do jugo marxista-leninista, não? Não se enxerga, aquele láparo mitómano. Porque será que não vai para casa fazer farófias para fora, que talvez fosse útil a alguém?
E, obviamente, não vou falar do dó que até mete o papel de décima-sétima categoria a que o vice-Portas está votado, nada lhe restando senão por aí andar, pelos cantos, a remorder a propósito do que o António Costa diz.
É que já ninguém quer saber dele para nada e ele, pateticamente, ainda não percebeu. Tornou-se irrelevante. Nada do que ele diz interessa a quem quer que seja. O jantar já acabou e ele ainda não percebeu que já deveria ter-se levantado da mesa há que tempos.
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Portanto, meus Caros, não levem a mal, mas hoje prefiro ficar-me pela história da curiosidade e vou ler um pouco do belo livro que tenho aqui ao meu lado (bem, belo, belo... Tenho que dizer que não acho muita graça ao design encardido da capa mas, enfim, relevo face à qualidade do interior)
...Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela sexta-feira.
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Mas quando se muda o Portas do PALÁCIO CONDE DE FARROBO onde se instalou em troca do irrevogável bem longe DO PASSOS, que ele no alto da sua pretensa inteligência diz que o Passos tem diarreia nos miolos. Estou aqui no 10ª andar e não vejo nos capangas a fazer a mudança dos tarecos. Alguém me sabe informar quando ele pensa sair do Palácio e se vai outra vez para casa da mamã?
ResponderEliminarhttps://youtu.be/SUVyV7sNvqE