quinta-feira, dezembro 03, 2015

Tantas casas vazias nas grandes cidades. Os centros das grandes cidades tão despovoados. Todas essas casas a serem compradas por chineses, russos, angolanos. Tantos sem-abrigo a dormir ao relento. Em Lisboa. Em Nova Iorque também.




Frances Ann "Fran" Lebowitz (nascida em 1950), uma das fotografadas para o Calendário Pirelli 2016, é uma autora americana e uma oradora controversa. 

A sua vida tem sido pontuada por actividades distintas em que sempre deu nas vistas - de resto, o seu hábito de se vestir ostensivamente com roupas masculinas, só por si, já a tornaria um pouco diferente.

Lebowitz é conhecida pelos seus sardónicos comentários sociais sobre o estilo de vida americano, comentários esses filtrados segundo as sensibilidades de Nova Iorque. Há quem a chame a Dorothy Parker actual.

No vídeo abaixo, feito para a Vanity Fair, Fran Lebowitz que nunca se intimidou perante temas polémicos, fala sobre o problema dos sem-abrigo e dos imigrantes em Nova Iorque.


Pode dizer-se que há aqui uma visão ingénua, talvez populista, talvez simplista - e não sei julgar se ela profere o que profere por provocação, se por convicção, se por um misto das duas coisas - mas a verdade é que, se muitas vozes respeitadas não se cansarem de apontar o dedo a situações que, se bem vistas, são aberrantes, contrárias à ordem natural das coisas, talvez as consciências comecem a despertar para as injustiças sociais que levam a que uns tenham tanto, quase tudo e outros, pouco, quase nada.

O vídeo foi hoje colocado no Youtube (à hora a que escrevo ainda tem apenas 250 visualizações) e não tem legendas em português. Mas, porque o acho interessante, aqui o partilho convosco.


Fran Lebowitz sabe o que fazer com todos esses oligárquicos apartamentos 



 
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E desçam, por favor, até ao post abaixo se quiserem saber onde adquirir livros belamente encadernados ou ilustrados.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira.
Peace and love, my friends.

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1 comentário:

  1. Muito interessante. Mas em Londres acontece o mesmo. Só não concordo em acabar totalmente com o turismo tornando-o ilegal. Acho uma atitude demasiado extremista. Embora concorde sim, que uma cidade não pode viver exclusivamente do turismo. Um país deve ser, em primeiro lugar, para os que lá vivem.

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