sexta-feira, novembro 27, 2015

João Miguel Tavares, a nova estrela comentadeira da TVI, uma aberração a todos os títulos: primário nos raciocínios e nos juízos de valor, básico na verbalização do que pensa, vulgar na articulação discursiva. Valeu, hoje, a Constança Cunha e Sá que lhe deu na cabeça, e com força - mas não o suficiente. E eu interrogo-me uma vez mais: o que é que uma criatura daquelas está ali a fazer? |||||| E, já agora, deixem que, depois de Marcelo Rebelo de Sousa o ter declarado politicamente morto, fale um pouco do fantasma do palácio cor-de-rosa.


Cá em casa, jantamos tarde e, porque não conseguimos ver televisão antes, ligamo-la durante a refeição o que, por todos os motivos e mais alguns, não será o melhor acompanhamento - mas, enfim, é o que é. E, portanto, apanhamos sempre com os debates televisivos e com os painéis de comentadores que os canais têm a seguir às nove da noite.

Hoje não foi diferente. Na SIC lá estava aquela insuportável, a Teresa Leal Coelho. Ressabiada, com os pés presos ao passado, manipuladora, querendo fazer passar toda a gente por parva, omitindo os anos de indigente desgovernação PSD e CDS, como se estivéssemos a passar directamente de 2011 para Novembro de 2015 -- a sua conversa é enervante. 


Eu, apesar de me irritar ver uma pessoa sem escrúpulos na argumentação, ainda queria perceber até onde a raiva perante o desfecho dos resultados eleitorais a iria levar; mas aquela mulher causa erisipela ao meu marido, mesmo à distância. Começa por ficar incomodado, ao fim de meio minuto já está furioso e, se eu o forço a tal provação, fica possesso não apenas com ela como também comigo. Mudámos, então, para a TVI. 

Continuava a 'cena' dos comentários; em todo o lado, toda a gente debate tudo -- o que aconteceu, o que acontece, o que pode acontecer, o que não devia ter acontecido, o que talvez nunca aconteça -- uma coisa insuportável, onde tudo o que é cão e gato opina, ad nauseam, sobre tudo e sobre todos.

Pois bem, lá estava o José Alberto Carvalho a fazer um endoscopia e colonoscopia e toda a espécie de exames invasivos à realidade política actual -- mas isto numa perspectiva escatológica, já quase chegando a fazer apostas sobre a duração do governo (e sei lá que mais). Neste caso, dos três comentadores, dois até eram gente com boa cabeça, um de barba de que não me lembro o nome e que o meu marido diz que é do Expresso e a Constança Cunha e Sá. Mas o terceiro, o João Miguel Tavares, introduziu tamanho ruído, baixou de tal forma o nível da conversa, que todo aquele espaço virou mais uma daquelas cegadas televisivas que de informativo nada tem: só circo, e circo de quinta categoria. Uma insuportável baderna.


Aquele João Miguel Tavares parece que virou o comentador da moda: espalha a sua indigência intelectual pelo Público e pela TVI e cada vez em doses mais abundantes. Não sabe nada, é inculto, é primário, rege-se pela sua fraca experiência profissional, pelos seus fracos conhecimentos e pela obsessão por Sócrates. Hoje, por exemplo, ao falar do processo negocial entre o PS, o PCP e o BE, demonstrou que não faz a mínima ideia de como se negoceia. Mas, vendo os acontecimentos à luz da sua ignorância, opina como se alguém o tivesse incumbido de falar como se fosse a consciência moral do país. Uma coisa absurda. Mas, sobretudo, a criatura parece precisar de apoio clínico pois aquela pancada que tem em relação a Sócrates, é, na prática, uma cegueira doentia que o impede de raciocinar e, até, de se comportar capazmente em sociedade. Quase insinua que os ministros que já trabalharam com Sócrates foram contaminados pela peste negra, e as explicações que dá revelam uma mente (eu ia dizer mesquinha mas não é mesquinha, é pior que isso) deformada, paranóica, intelectualmente lobotomizada.

Agora, face a isto, pela cabeça de quem é que passa ter um doente destes na televisão ou mesmo com uma coluna de opinião no Público? Não consigo perceber quem faz estas escolhas: será o director de informação ou o de entretenimento? É que uma pessoa fica com a sensação que fazem questão de ter sempre alguém que faça o papel de sarrafeiro (agora, enquanto escrevo, enquanto não começa a Quadratura do Círculo, estou a ver o Paulo Rangel que, antes, parecia um sujeito inteligente e que agora se porta como um vulgar trauliteiro; neste momento até está a provocar, com uma deselegância estapafúrdia, a Constança Cunha e Sá), alguém que faça o papel do burro, alguém que faça o papel do pateta, alguém colado à conversa pafiosa e, vá lá, um ou outro bem pensante que, apesar de terem tino, quase desaparecem no meio da sarrafada que os outros para ali armam.

Uma coisa é ter gente culta, informada, emocionalmente equilibrada, para fazer análise política, sociológica, filosófica, o que for - isso é útil, é formativo, traz diversidade às opiniões. Outra é ter as televisões infestadas por uma praga de comentadeiros que denigrem a política, que afastam os cidadãos do cerne das questões, que arrastam para a lama a imagem do jornalismo e o papel fundamental da informação e anulam a importância da discussão sã, elucidada, clarividente.

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De raspão, agora outro assunto.

Um fantasma em decomposição

E a verdade é que, com isto tudo, ainda não consegui ver o discurso do fantasma do palácio cor-de-rosa nem o discurso de António Costa. Por onde quer que me desloque só apanho comentários. Pode ser que amanhã, cedo, enquanto estiver a comer o meu doce e carnudo dióspiro e o meu kefir com muesli, consiga ver, nos noticiários, aquilo de que já tanto ouvi falar.
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Mas, enfim, por muito mauzinho que tenha sido o discurso de Cavaco, também não exageremos. Ele e a sua santa esposa poderiam ter feito pior: com a vontade que estavam de estragar a festa, poderiam ter aparecido aos convidados disfarçados de assombrações, a assustar os amigos e familiares dos novos ministros e secretários de estado. Mas não, contiveram-se. Do que tenho ouvido, parece que o senhor se limitou a fazer o que sempre fez: a mostrar os seus maus fígados e os seus genes enviesados.

Mas compreende-se: depois de anos e anos primeiro a ver se dava cabo do Sócrates, depois a andar com o Láparo ao colo, agora a ver se impedia os socialistas de formarem governo, como se podia querer que o senhor agora estivesse?
Vesgo e parece que já um bocadinho diminuído, o que se poderia esperar de um senhor que andou tantos anos aos tiros? Tudo tiro nos pés, claro. 
Portanto, acabou o seu mandato com os pés em sangue, a engolir um sapalhão do tamanho de uma orca, a dar posse a um governo do PS com o apoio do PCP e do BE e, assim sendo, a indigestão que se lhe vê no fácies é permanente e indisfarçável. Coitado. Tenhamos, antes, pena do senhor.


(É que, como disse, a tomada de posse podia ter sido assim)


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Volto aqui só para dizer uma coisa: tenho outro post praticamente pronto mas quero colocar umas fotografias e estou outra vez com o disco a rebentar pelas costuras pelo que vou ter que apagar filmes, power-points e coisas do género e a ver se amanhã de manhã já o publico. Me aguardem.
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Assim sendo, até já e, entretanto, vou já desejando uma bela sexta-feira.



6 comentários:

  1. O João Miguel Tavares é um anormal. Ponto! Um imbecil que pela sua parcialidade, pelo seu irracionalismo, pela sua verbe, pelo serrim que tem na cabeça, até pelos óculos que escolhe e o penteado que usa. Um mentecapto. Andei ali a ver uns e outros e já tinha era vontade de começar aos tiros ao JMTavares e ao diminuto do voz esganiçada do Rangel, uma figura caricata, transformado em provocador de chinelo, uma espécie de caniche de fila (como se fosse um cão de fila, mas em pequenino). Numa provação sem educação contra a Constança Cunha e Sá. Por acaso não se lembrou de acusar o lesma do JMTavares de tendencioso, só porque é psicopático de direita. Custa-me ver estas TVs entregues a comentadores estarolados, sem educação, provocadores, etc. Compare-se com um Angelo Correia, mesmo não gostando dele, na elegãncia com que discute um assunto político. Um ou Bagão Felix. Ou até na Manuela Ferreira Leite e Lobo Xavier. Isto para dar exemplos à Direita. Por comparação, os Tavares, Rangeis, etc, são umas cloacas. Quanto à Teresa Leal Coelho aquilo é abaixo de tudo. Enfim, esta malta foi corrida por indecente e má figura, mas não se conforma. Deixámos de ter uma Feira de Vaidades sem Vices Irrevogáveis Primeiros Ministros, Ministros de Estado e da treta, para passarmos a ter um governo concentrado no que tem que fazer: governar bem. E ainda tivemos de ouvir mais umas tantas ameaças daquela múmia em Belém, como que a dizer, "agarrem-me que eu dou-lhe"! Recebeu a resposta adequada dada por Costa, num excelente discurso. Remetendo a sua responsabilidade para a A.R. Onde reside a razão de ser deste novo governo. Cá bebemos em casa um belo flute de espumante, com 2 "tshin-tsins: um pela partida da dupla miserável Passos/Costa, outra pela esperança que se abre.
    P.Rufino

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  2. olha mais uma kefirana
    ja smos duas
    bem vinda ao clube
    Beijo :)
    GG

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  3. Para ser "chamado" para comentador basta ser reaccionário e fazer gala disso e pouco mais. São como que uma epidemia que grassa há vários anos pela comunicação social (escrita-radio-tv) de todo o mundo. Em Portugal, os exemplos são mais do que as mães! Este e o outro Tavares, Medina Carreira, Henrique qualquer coisa que escreve no Expresso, Lord Espada, Inês Teotonio Pereira, Teresa Caeiro,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

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  4. A "Esfinge de Belém" ainda vai engolir outro sapo, quando tiver de aceitar o OE.
    P.Rufino

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  5. O cronista do pasquim CM já subiu de categoria e já comenta no pobre PUBLICO.

    estou muito satisfeita porque os ANGOLANOS da empresa fantasma NEWSHOLD . Alvaro sobrinho e outros devem fechar brevemente e assim o execrável semanário SOL, o jornal I e o jornal de negócios, vão a enterrar. PAZ À SUA ALMA.
    RESTA O PASQUIM CM, mas este é mais difícil, pois o negócio do lenocínio = prostituição continua dar grande lucros.


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