quarta-feira, junho 17, 2015

Também tenho um passarinho aqui no meu blog. E não tenho um cãozinho mas tenho um raposinho e, imagine-se, até tenho um coelhinho e se é fofo o meu coelhinho, nem faz mal às velhinhas nem nada. E, a propósito deles, tenho um beijinho, uma fornicação (pardon my french) e, até, um poema e uma banda desenhada (embora não por esta ordem). Dia de festa, portanto.


Depois de, no post abaixo, já ter divulgado obras de arte de alto gabarito -- que podem inspirar não apenas a nossa Joana-dos-bules-e-dos-tachos mas também os meus Caros Leitores que, aí onde estão, gostavam de enveredar por uma carreira artística e não sabem por onde começar -- aqui agora continuo no mesmo comprimento de onda.

Desta vez, depois de ver tanto passarinho, cãozinho e demais fauna por aí pipilando e largando pêlo pela blogosfera, resolvi não me ficar atrás. Ora, ora, então vou estar sempre a falar de política, a cansar a minha beleza com os desgovernos da tropa fandanga...? Nem pensar. De vez em quando, preciso de folguedo.
Mas, atenção, que não se pense que tenho o coração fechado à bicharada. Não. Nem pensar. Gosto. De facto, gosto, e muito, de animais de verdade. Já aqui o contei: tive uma cãzinha que foi das boas coisas que aconteceu na minha vida, um ser de superior inteligência e toda ela ternura, e de tal forma foi um caso de amor mútuo que, ainda hoje, anos depois, não consigo falar dela senão assim, superficialmente. 
E se eu gosto de estar deitada ao sol a ouvir a passarada e os cães que ladram ao longe, ah, gosto tanto -- especialmente quando estou debaixo da grande figueira que dá uma sombra fresca e perfumada ou do meu alter-ego (como uma Leitora em tempos me disse), o grande pinheiro através do qual vejo o céu lá ao longe.

Mas, enfim, não tendo agora aqui comigo nenhum animal de verdade (o que estou a ver ali na televisão não conta), recorro a outros.

Imagino que, a esta hora, os meus Leitores mais atilados, gente dada à erudição e ao intelecto em geral, já devem estar descoroçoados: ora bolas que isto hoje mais parece blogue de mariazinhas, pipoquinhas e outros bolinhos doces e salgados. Pois parece. E daí? Também tenho os meus dias, ora essa.

Mas, pronto, para fingir que ainda tenho a funcionar alguns dos meus good old neurónios, vou tentar disfarçar.

Ora bem, vamos lá.

Começo por ele. Um láparo fofinho com um laço devidamente laranjinha, que não rouba os subsídios a quem mais deles precisa, não esbulha os contribuintes, não vende o país ao desbarato, não abre portas aos senhores da tecnoforma e ongs desta vida e que, além disso, paga a segurança social que lhe é devida e, quer-me cá parecer, até é capaz de dizer coisas que se percebem. Parece é que não faz queijadas e papos de anjo para oferecer às vizinhas. Mas, enfim, não se pode ter tudo.




De qualquer forma, tem coisas em que é tal e qual o outro: f... tudo o que apanha por perto, mesmo os que já mal se mexem. Até peluches. E, mesmo quando vê que não dão luta, continua. Quer lá ele saber de coisas. Vale tudo para este láparo.


(Vou já avisando: este vídeo é impróprio para Rosarinhos e outras virgens vestais)


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Mudo de registo. Agora um raposinho cor de rosa com uma florzinha tatuada numa perna, uma ternura, uma coisinha mai-linda.




E porque este blog é a favor do amor e contra a homofobia, aqui fica um dos melhores beijos do cinema. Associo-o ao raposinho tatuado apenas por mera brincadeira. 


A kiss is a kiss is a kiss

Brokeback Mountain


...

Nova mudança de registo. Finalmente, o passarinho. Mas não é um passarinho qualquer, ora essa. Não é um desses passarinhos blogosféricos que por aí anda, de beiral em beiral, espalhando cantos líricos e metáforas e armado em despertador. Não senhor. Este é um passarinho azul que voou de dentro de um poema.

Gosto de pássaros azuis. Gosto do desafio que são os pássaros azuis. Querem sair do meu peito mas não os deixo sair. Querem entrar no meu peito mas não os deixo entrar. Uma luta.

there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I'm too clever, I only let him out
at night sometimes
when everybody's asleep.


there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I'm too tough for him,
I say, stay in there, I'm not going
to let anybody see
you.
I say, I know that you're there,
so don't be
sad.


Bluebird por Charles Bukowski (lido por Tom O'Bedlam) - uma vez mais aqui




Bluebird animation based on Charles Bukowski's poem


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E é isto. Mais animais feitos por Erin Gardner no Bored Panda

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Relembro que já aqui abaixo poderão ver umas bananas artísticas a valer, coisa que poderão reproduzir em casa sem riscos de maior (digo eu).

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quarta-feira. 
E haja alegria.

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