domingo, maio 24, 2015

Ir à praia, caminhar à beira de água, ver e sentir o mar, olhar os pequenos pássaros e tanto azul - e curtir o sol da Caparica.


Se todos os dias a caminhada é sagrada, quando chega o bom tempo junta-se o útil ao agradável e a praia é o destino de eleição. São quilómetros de costa, um areal lavado, dunas que abrigam do vento e dos olhares (porque há zonas em que os corpos procuram o prazer livre que nesses lugares circula em abundância), um mar limpo e fresco que já se esqueceu do rio e que ali já encontrou a sua vocação atlântica.

Fizemos um pouco mais de sete quilómetros e foi tão bom sentir o sol na pele e a água nos pés, olhar os frágeis pequenos pássaros que eu digo que são gaivotinhos mas que logo ouço dizer que não, os translúcidos caranguejos que dão à costa, já apenas um espírito colorido, os cardos naufragados, pequenas esculturas moldadas pelo ondular, ver os apanhadores de marisco, as pessoas que caminham tal como nós mas apetrechadas como nós não, olhar as brincadeiras das crianças, ver os corpos moldados e aqueles que a vida já erodiu.

Depois, no fim, tentei mergulhar mas não consegui, a água estava fria. Entrei devagarinho no mar mas não consegui meter-me toda debaixo de água, o frio não era excessivo mas, ainda assim, ainda não está para mim. De resto, tirando alguns miúdos e um ou outro corajoso, pouca gente se aventurou, pelo menos que eu visse. Este sábado o mar foi um amor quase platónico, portanto. Mas bom na mesma, com vontade de mais e mais e mais. Até que o frio e a chuva volte, o sol da Caparica chamará por nós e nós, sempre que possível, cederemos ao seu apelo.
















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E desçam, por favor, caso queiram ver o espectáculo multimédia no Terreiro do Paço.

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