Depois do vídeo abaixo sobre a forma como tratamos o planeta e nos tratamos a nós próprios, vídeo que acho que merece ser visto (aliás já foi visto quase 6 milhões de vezes), quase a propósito, eis que recebo do meu filho um vídeo que, devo dizer, me deixou de coração apertado. Ao ponto a que a miséria humana está a chegar nos países mais desenvolvidos do mundo... Que tragédia esta, senhores.
Diz-me o meu filho no mail: É sobre a prevaricação e a nova pobreza no Japão, em particular sobre o fenómeno dos trabalhadores precários sem casa que vivem em internet cafés porque são baratos.
Vê-se o filme e não se acredita. É para isto que as sociedades estão a caminhar? É que se é, então vou ali e já volto.
Não pode ser, esta porcaria de trajectória tem que ser corrigida.
Quando o Passos Coelho, depois de toda a pobreza em que já lançou o país e depois da emigração que já provocou, se sai com mais uma alarveirice como a que ainda é preciso baixar mais os custos do trabalho em Portugal, eu fico aterrada com a malvadez e má fé que vai naquela cabeça.
E mais ainda pasmo quando ouço que as sondagens ainda dão o PSD e CDS com intenções de voto acima de zero. Como é possível que ainda haja alguém neste país que apoie esta política miserável?!
Era bom que ele, o Portas, o da Mota, o das Cervejas e mais os que apoiam esta seita, pusessem os olhos neste filme.
One billion people, 30 percent of the world’s workforce, are jobless. Recent political instability, from the Arab Spring to the London riots and Occupy Wall Street protest, all have one thing in common – frustration over unemployment and anger towards the growing gap between rich and poor. Unsustainable employment, and the political turmoil it provokes, is a global crisis.
Once a birthright for the middle class, the 40-hour-a-week job with medical benefits and a pension is fading. Disposable workers – those easily fired without a social safety net – are becoming the norm.
Japan has gone through a painful transformation from a lifetime employment system to one that readily discards unwanted labor. This project is about lives of such disposable workers in Japan: temporary employees who live in internet cafes, female college graduates who get by as bar girls, and businessmen who, desperate to retain their jobs, sometimes work themselves to death.
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E, por favor, sigam para o vídeo abaixo.
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Sinceramente, não me surpreende muito esta “evolução” da sociedade japonesa. Há já algum tempo que o país caminha para este tipo de “nova realidade industrial”, ou lá como se deverá chamar hoje em dia. O capitalismo no Japão é impiedoso e sem qualquer sentimento de carácter social. O Japão, ao deixar cair muitas das suas ancestrais tradições, ou pelo menos de as seguir, com o evoluir de uma sociedade mais tradicional para o que é hoje, uma sociedade capitalista avançada, consumista até dizer chega, não soube encontrar o equilíbrio para essa passagem, que foi relativamente rápida, sobretudo entre as duas Guerras Mundiais e depois. No Japão não há, aparentemente, uma alternativa a este estado de coisas, ou seja, uma ideia de reformular o tipo actual de sociedade. E o indivíduo conta menos do que o todo: a empresa, ou o País (Estado). Mas, se olharmos para os EUA, à sua maneira também as coisas não muito diferentes, na prática. Mas, ali ao menos, ainda vão surgindo vozes de alerta, o que não me parece suceder, pelo menos com força, no Japão.
ResponderEliminarQuanto a Portugal, o que Passos/Portas e Albuquerque nos veem propor, como refere é, eu diria, criminoso. O governo, ao defender, apoiar e até praticar, ou ajudar e contribuir para tal, ou seja uma política de salários baixos, não só revela um total desconhecimento de economia, visto não se recuperarem economias com baixos consumos, ou baixo poder de compra, como uma miserável insensibilidade social. Esta canalha não faz ideia do prejuízo pessoal e social que tais propostas têm na vida de cada um de nós, colocando-nos numa situação dificílima para pagar prestações de casa (feitas com compromissos anteriores com base em atitudes de boa fé), escolas, saúde, transportes, alimentação, etc! Um PM ordinário e um governo igualmente vil, abjecto! Só corridos a pontapé!
P.Rufino