Já cá tivemos em casa o réveillon, jantar à luz das velas, petiscos, animação, já fomos para a rua ouvir e ver de perto o concerto e os meninos andaram a desejar Feliz Ano Novo a toda a gente com quem se cruzavam, já vimos o fogo de artifício (de que aqui vos mostro algumas das fotografias que fiz apesar de não terem ficado famosas), e, de volta a casa, brindámos ao ano novo e comemos as uvas e as passas e batemos tampas de panelas às janelas e segurámos moedas e até nos pusemos em cima de cadeiras.
Estou a falar no plural mas, bem entendido, houve quem não alinhasse nessa palhaçada e se mantivesse de pés em terra, sobriamente com o copo na mão. Mas eu não quero saber. Se me dizem que dá sorte e se não me parece coisa demasiado parva, eu faço. Este ano ouvi dizer que é bom começar o ano ao pé coxinho em cima da perna direita. Isso já me parece demais e claro que não o fiz. Agora o resto parece-me plausível e não estupidamente ridículo (enfim, só um bocadinho... mas desde que não me fotografem a fazer figuras, tudo bem).
E agora, duas e tal da manhã, todos os rituais cumpridos e depois do bailarico - porque também houve dança! - e com o pessoal que acampa cá em casa já devidamente adormecido ou em vias disso, venho aqui para vos desejar a vós um belo ano.
Só pode ser melhor do que o malfadado 2014, e tem todas as condições para o ser - assim não vacilemos na hora de tomarmos decisões.
Claro que há coisas que não dependem da nossa vontade como é o caso da saúde ou poucas sortes do caraças como aquele trambolhão que dei no outro dia e do qual ainda não estou completamente refeita mas, enfim, para isso é que eu desejo sorte. Sorte para que a saúde não nos falte a todos, sorte para que não soframos acidentes, percalços, maçadas.
E, quanto ao resto, haja alegria, crença, esperança, energia e determinação que haveremos de nos safar. (Andei às voltas com a palavra safar que me parece prosaica demais mas não me ocorre outra - deve ser do avançado da hora pois não pode deixar de haver um sinónimo decente para esta palavra)
Gostava de ser capaz de dizer coisas mais profundas ou de ser capaz de me lembrar de algum livro de onde tirar palavras inspiradas que fizessem mais sentido neste momento mas a verdade é que estou com muito sono (para variar...) e daqui a nada já sei como é, começa o pessoal a levantar-se e a cirandar pela casa e, para além do mais, tenho o almoço de Ano Novo para fazer e este pessoal é gente de muito alimento, não posso vacilar nem atrasar-me.
Por isso, meus Caros Amigos, desculpando-me por não ter tempo de responder individualmente aos mails e comentários, alguns com simpatiquíssimos presentes, e, por isso, agradecendo assim, de forma colectiva, fico-me por aqui, retribuindo os votos de bom ano.
Feliz Ano Novo!
Tudo de bom para vocês, Caros Leitores de Um Jeito Manso, neste 2015 que promete ser um belo ano!
E alegrai-vos, alegrai-vos!
"Exsultate, jubilate" de Mozart interpretado por Julia Lezhneva
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E, acabadinha de receber da Margarida - e da autoria de uma outra Margarida, a Margarida Ferra, via Expresso - e ainda quentinha de afecto, poesia com asas : Escreve sempre que precisares. Escreve sempre que precisares de me dizer que há gelo nas tuas mãos
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Que as palavras nunca nos faltem nem a coragem de as usar.
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mensagem de ano novo - https://www.youtube.com/watch?v=HPa4tzI4dYU
ResponderEliminarBob Marley
Um Feliz Ano para si e família e faz favor de ter cuidado com o sítio onde põe os pezinhos.
ResponderEliminarEu, que sou muito invejosa, estatelei-me aqui na cozinha do meu heaven para a frente e de cotovelos e as arranhadelas e as nódoas negras lá tiveram licença para aparecerem.
Felizmente que não passsou daí mas também reconheço que sou desastrada porque quero fazer tudo ao mesmo tempo e ando sempre a girar de um lado para o outro.
Muita saúde para todos porque sem ela não há nada que nos chegue para seguir em frente.
Beijinhos