Esta noite, fruto de movimentações profissionais que obrigam a um breve reajustamento doméstico, para não ficar em casa, parte da trupe veio para cá em regime de meia pensão. A minha filha fica no quarto que era o dela mas os mais pequenos não quiserem ir dormir para o quarto que era do tio e que é mais distante dos outros e, por isso, estão aqui no sofá cama da sala.
O pior é que uma cena destas a meio da semana é para eles como se o fim de semana tivesse sido antecipado. A seguir ao jantar (durante a recta final do qual, para os manter quietos, contei a história de um barco maluco que pregou um tal susto a um golfinho que este desmaiou e teve que ser içado para bordo a fim de ser acalmado), estiveram sossegados a desenhar, a fazer construções, o mais crescido a fazer um ditado (e só deu um erro: às tantas a frase que inventei dizia que ele tinha dado um pontapé na bola e ele escreveu potapé, esqueceu-se do n. Mas pôs os acentos e tudo). Enquanto estavam entretidos, estive a fazer penteados com tranças à minha filha. Herdou a fartura da minha juba embora a cor do cabelo seja a do pai. O cabelo dá para fazer umas 20 tranças e todas de boa grossura, seria perfeito para fazer penteados românticos como os da era dos vestidos compridos, com rendas e folhos, daqueles penteados cheios de puxos, apanhados e tranças.
O pior é que uma cena destas a meio da semana é para eles como se o fim de semana tivesse sido antecipado. A seguir ao jantar (durante a recta final do qual, para os manter quietos, contei a história de um barco maluco que pregou um tal susto a um golfinho que este desmaiou e teve que ser içado para bordo a fim de ser acalmado), estiveram sossegados a desenhar, a fazer construções, o mais crescido a fazer um ditado (e só deu um erro: às tantas a frase que inventei dizia que ele tinha dado um pontapé na bola e ele escreveu potapé, esqueceu-se do n. Mas pôs os acentos e tudo). Enquanto estavam entretidos, estive a fazer penteados com tranças à minha filha. Herdou a fartura da minha juba embora a cor do cabelo seja a do pai. O cabelo dá para fazer umas 20 tranças e todas de boa grossura, seria perfeito para fazer penteados românticos como os da era dos vestidos compridos, com rendas e folhos, daqueles penteados cheios de puxos, apanhados e tranças.
Depois de estarem tranquilos e bem comportados, desataram a brincar e a partir daí foi uma coisa jeitosa: saltaram, picaram-se, perseguiram-se, esconderam-se, riram; conseguir pô-los calados e sossegados foi o bom e o bonito.
Depois de terem finalmente adormecido, estive com a minha filha a ver a telenovela Lado a Lado e só agora, bem depois da meia noite, consegui ligar o computador e não vou aqui ficar por muito tempo pois, depois disto tudo, está a dar-me um sono que não é brincadeira nenhuma. E amanhã tenho que me levantar cedo pois esta logística de se levantarem, vestirem-se, tomarem o pequeno almoço vai ser outra tourada. Para começar, devem estar cheios de sono pois estão habituados a deitar-se a horas decentes e hoje foi dia de borga, E depois devem querer pequenos almoços demorados como se fosse fim de semana, já para não falar que haverão de se lembrar de fazer mil coisas à última hora, de ir à procura do pião que trouxeram, do livro dos aviões e sei lá que mais. Eu devia era ter metido dois dias de férias. O que me valeu foi que, de véspera, já tinha deixado o jantar adiantado. Fiz logo uma quantidade grande e, por isso, até vão poder levar farnel. A minha filha tem é que ainda ir deixar as caixas de comida a casa antes de ir trabalhar.
Há bocado, depois de jantar, o meu marido ainda esteve a tentar ver as notícias mas o mais crescido não o largava com montagens de aviões. Bem que ele os tentou mandar calar, a eles e a mim também, pois queria ouvir o Nuno Rogeiro. Tenho ideia que os russos nos quiseram atacar, que mandaram uns aviões e tudo. Não sei se estivemos à beira de ser invadidos, se quê. Teria graça. Logo esta noite em que estive neste forró é que os russos nos vinham invadir. Às tantas, amanhã quando for trabalhar tenho a rua aqui de casa ocupada por pára-quedistas russos, um russo pára-quedista dentro de cada pára-quedas, uma coisa de tipo matrioska.
Aviões russos...? Isto não é normal.
Fui agora espreitar o Diário Digital para ver o que era aquilo de que o Rogeiro estava a falar e, pelo menos nos destaques, não vejo nada.
Pelo contrário, vejo que aquela que tenta fazer-se passar por adolescente retardada anda a ver mosquitos na outra banda, isto é, infiltrados no Citius, dois bugs humanos, e que, loura em excesso, já os acusa sabe-se lá de quê e que, autenticamente possuída, até já os esconjurou e correu (ou se prepara para correr) com eles à vassourada, uma tresloucadice que até dói. Vejo também que o láparo, provavelmente em mais um surto la-feriano, desafia os parceiros a apresentarem propostas com clareza, como se aos outros e não a ele competisse governar o país. Claro que a esta hora já não vou abrir notícia nenhuma, bastam-me os disparates que se adivinham através dos títulos.
E parece que não descubro notícias sobre a invasão russa. Às tantas aquilo dos aviões no espaço aéreo português foi um delírio do Rogeiro. Será...? Ou eu que ouvi mal? Não sei.
Pelo contrário, vejo que aquela que tenta fazer-se passar por adolescente retardada anda a ver mosquitos na outra banda, isto é, infiltrados no Citius, dois bugs humanos, e que, loura em excesso, já os acusa sabe-se lá de quê e que, autenticamente possuída, até já os esconjurou e correu (ou se prepara para correr) com eles à vassourada, uma tresloucadice que até dói. Vejo também que o láparo, provavelmente em mais um surto la-feriano, desafia os parceiros a apresentarem propostas com clareza, como se aos outros e não a ele competisse governar o país. Claro que a esta hora já não vou abrir notícia nenhuma, bastam-me os disparates que se adivinham através dos títulos.
Espreitei o Expresso e vi que o Pedro Santos Guerreiro fala na aldrabice pegada que foi o passa-culpas relativo à machadada sem paralelo que aplicaram ao BES. Não vou ler o artigo todo. Mas quase adivinho. Logo na altura eu aqui escrevi que aquilo não tinha sido imposição de Bruxelas coisa nenhuma e que coisa tão mal pensada só podia dar em disparate. Sabe-se agora que foram os espertos do governo (o láparo e a sua chefe) que pariram tal aborto. Mas poderia esperar-se outra coisa daqueles progenitores?
E, uma vez mais, acho que não vale a pena especular muito sobre as intenções subjacentes a tanto disparate. A minha opinião é que, uma vez mais, foi burrice pura e dura. Claro que, tenrinhos como no fundo são todos os burros, houve muita gente que se aproveitou deles mas, de resto, tudo aquilo, decisões em cima do joelho, soluções não testadas nem pensadas, é coisa daquelas cabeças ocas.
E depois Carlos Costa que, em minha opinião, não é menos destituído e que, para além do mais, tem uma grande dificuldade em tomar decisões, prestou-se ao papelinho que os outros lhe encomendaram.
Mas adiante que eu a esta hora não posso dar cabo da minha beleza, tenho é que me despachar para me ir deitar.
Custa-me, no entanto, deixar-vos assim sem nada aqui que se aproveite e, por isso, partilho convosco o que tenho estado a ouvir enquanto escrevo. Duas mentes brilhantes à conversa, Manuel António Pina com Agostinho da Silva em mais uma conversa vadia: muito bom. Com pessoas assim a gente aprende sempre. São o oposto da papagaiada que agora pulula pelas televisões e com quem a gente nunca aprende coisa alguma.
Conversas Vadias
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As pinturas que usei para sarapintar o texto são da autoria de Aelita Andre, uma menina australiana que agora já tem sete anos mas que começou a pintar antes de fazer 1 ano, que teve a sua primeira exposição com quatro e que está no centro da polémica: pode considerar-se uma criança desta tenra idade já uma artista?
Aelita: Secret Universe
Isto também não é normal... Esta Aelita é do além.
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Bem, vou dormir que estou que não me aguento.
(Relevem gralhas que acredito que as haja de toda a espécie e feitio, está bem?)
Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira.
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Retrato de Portugal na Europa 2014, pordata - https://dl.dropboxusercontent.com/u/68156231/Retrato%20de%20Portugal%202014_PORDATA.PDF
ResponderEliminarbob marley
para ber com olhos de ber - https://www.youtube.com/watch?v=MJK-dMlATmM
ResponderEliminarbob marley
Ora vejam então a utilidade dos F-16...Foi um regalo,ver a animação feita na Sic,com 2 aviões russos,a darem obedientemente a volta,ali prós lados de Peniche ,depois de arrogantes,terem circundado a EUROPA do Norte!!!É OBRA...Com esta maré positiva mandem já os submarinos do portas,caçar o submarino russo infiltrado no Mar Baltico já que os Suecos,nem as suecas... não foram bem sucedidos...Castelhanos,cuidem-se,esta malta está em condições de retomar OLIVENÇA !!! O CONSELHEIRO ROGEIRO,não se lembrou ainda disto! OLIVENÇA,é uma cidade não um país,logo a NATO ,NÃO PODE INTERVIR...´Vamos a isso! Eu vou por terra diminuir os mantimentos da cidade,comprando uns enchidos de porcos pretos,Alentejanos que por lá andam reféns!!! E MAIS ...são bem bons!
ResponderEliminarOlá Jeitinho,
ResponderEliminarAlém do descanso e da quebra de rotina não perdeu noticias concretas e muito menos verdadeiras.
. O pessoal de cabine da Tap diz que a greve deveu-se à falta de acordo no dialogo. - A Tap diz que estão sempre abertos ao dialogo e que desta vez este não existiu.
. Aguiar Branco disse que o sistema funcionou e que saíram dois caças de Monte Real. - A Emb.Russa diz que não foi violado o espaço aéreo. O norte da Europa ameaçou-os de abate.
Não percebo nada. Mas sei que esta não é a primeira vez que tal acontece com aviões russos no Atlantico Norte. Será um teste à capacidade de defesa da Europa?
Era só o que nos faltava.
Vamo-nos compensando com momentos como esse de Agostinho da Silva. Lembro-me sempre da sua frase: "Porque viver me é excelente cada vez gosto mais de menos gente".
Um beijinho e uma noite descansada.
Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa sexta-feira.
ResponderEliminarSaúde e alegria é o que vos desejo a todos.
Repetição da palavra - desejo.
Exagero.
Caro Anónimo/a que gosta de fazer a revisão dos meus textos,
ResponderEliminarAssinalou uma repetição na minha despedida ('desejo' por duas vezes) e tem razão, eu nem tinha dado por isso. Como saberá se me acompanhar, só escrevo às tantas da noite quando já estou mais para lá do que para cá e, quando acabo não consigo rever o que escrevi. Por isso, saem redundâncias, repetições, tudo o que calhar.
No entanto, por mero acaso, li há pouco algo que penso que talvez goste de ler.
Mas não vou escrever aqui, vou escrever um post autónomo.
Seja como for, agradeço o seu cuidado e, se for tendo paciência para isso, muito lhe agradeço os seus alertas.
Obrigada.