Sempre que vejo que há novo vídeo no Cine Povero fico em festa. A poesia, a música, as imagens formam sempre um objecto perfeito. E há uma calma que envolve as palavras e há uma claridade suave e há sempre uma voz que pega as palavras entre as mãos. E tudo isso, a conjugação subtil de todas as peças, deixa-me sempre encantada.
Deste vez é Alberto Caeiro:
(...)
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva ...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
(...)
Entrem por favor, deixem-se contagiar.
Transcrevo a ficha técnica:
- Alberto Caeiro [Fernando Pessoa (1888-1935)], "Se eu pudesse trincar a terra toda" in «O Guardador de Rebanhos», Poema XXI [1914]
- Pedro Lamares no seu Projeto COiNCIDÊNCIA (2009)
- Filme gentilmente disponibilizado no site Beachfront B-Roll
- Música: Eleni Kairandrou, "Ulysses' Theme/Litany" in «Ulysses' Gaze. OST» (1994)
O poema pode continuar a ler-se no Cine Povero, a casa onde as palavras umas vezes de tornam mágicas, outras humanas .
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ResponderEliminarBoa noite, UJM
Não podia deixar de aqui vir... vendo do meu painel o grande chamariz que é para mim este excerto de 'O Guardador de Rebanhos', de Alberto Caeiro, o Mestre, como dizia F.Pessoa.
'Se eu pudesse trincar a terra toda'...
Tenha um excelente domingo.
Bj
Olinda
EU PASSO-ME COM O TALENTO DE ALGUMAS PESSOAS - https://www.youtube.com/watch?v=7X4sqQbuQZI
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=-1KCzrTg9ic
ResponderEliminarBM, bom dia,
ResponderEliminarJá inseri um vídeo com a prodigiosa miúda no post de hoje, o das modas em Lisboa.
Desejo-lhe um bom domingo!
Olá Olinda,
ResponderEliminarDe facto, o Cine Povero tem especial sensibilidade na escolha dos poemas e fico sempre maravilhada como ele une na perfeição todas as pontas do vídeo: palavras, voz, música, imagens, o ritmo, a cor. Tudo parece ser feito de propósito para se conjugar desta forma.
Caeiro era, certamente, um Mestre para o polifónico Pessoa.
Desejo-lhe um belo domingo, Olinda.
beijinhos.