Bem. No post abaixo já desabafei. Num país de gente cinzenta, que gosta de se auto-fustigar, que aceita com passiva bonomia ser punida por actos que não cometeu e que, se necessário for, ainda agradece aos algozes, lamento que não aconteça, ao menos, ao menos isso!, um escândalo como o que, em tempos, envolveu o Presidente Clinton no seu boudoir, isto é, na Sala Oval. Não é por mais nada, é mesmo só para a gente se distrair. Vem isto a propósito da aparição de Santa Monica Lewinsky, agora vestida de branco virginal, sobre um sofá sanguíneo.
Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.
Música, se faz favor
Estou mesmo noutro comprimento de onda. Não tenho visto notícias, não tenho visto o Passos Coelho, tão pouco o Portas. Estou num programa de detox. Não é daqueles de sumos de cenoura e abacate, abóbora e couve-flor, nem é daqueles de cocktails de comprimidos de vitaminas - nada disso. É simplesmente privar-me de ver televisão, ouvir notícias na rádio e, até, evitar ler artigos em que apareça o nome dos acima referidos, do Cavaco ou arraçados. Preciso de me limpar dos resíduos que os maus actos que aquelas criaturas praticam deixam no meu organismo.
No entanto, ao ligar o computador, não resisto a espreitar os blogues da galeria lateral ou, dependência, malvada, a dar uma espreitadela aos principais jornais online. Ontem, quando aqui estava, já a noite ia longa, vi uma fotografia tresloucada e, de tal forma me pareceu uma montagem, que pensei que o Kaos tivesse ressuscitado e andasse a fazer das suas. Hoje vejo a fotografia por todo o lado e, investigando, vejo que é verdadeira.
E, vendo-a, o que me ocorre dizer é que o Láparo, todo impante, sem perceber que isto da baixa das taxas de juro não tem nada a ver com ele e que a saída à irlandesa muito menos, por aí anda a armar-se em herói e, de tal forma, que já põe a sua própria vida em risco.
E a coisa é tanto mais grave quanto esquece as regras básicas da sustentabilidade. Mandam as regras que as principais figuras de uma organização não devem estar ao mesmo tempo em situações de risco. Por exemplo, seria arriscado e um drama para o País, em caso de desastre, se a impenteada mental Estebes, o facebookiano rei das Cagarras e o abre-portas Láparo montassem ao mesmo tempo um mesmo cavalo numa prova de saltos, ou se se atirassem da cabeça do Cristo Rei em asa delta. Por exemplo.
E a coisa é tanto mais grave quanto esquece as regras básicas da sustentabilidade. Mandam as regras que as principais figuras de uma organização não devem estar ao mesmo tempo em situações de risco. Por exemplo, seria arriscado e um drama para o País, em caso de desastre, se a impenteada mental Estebes, o facebookiano rei das Cagarras e o abre-portas Láparo montassem ao mesmo tempo um mesmo cavalo numa prova de saltos, ou se se atirassem da cabeça do Cristo Rei em asa delta. Por exemplo.
Em caso de problema, e vou virar a boca para lá, não vá atrair, mas já viram como ficaríamos?, logo os três mais importantes do país para o galheiro, salvo seja...? Quem é que agarraria nas rédeas do país? Às tantas ainda apareciam as respectivas senhoras através de alguma habilitação de herdeiros, a Laurinha de caniche ao colo, a Maria Pirilampa, (e da outra senhora não sei quem é que apareceria), a dizerem que agora elas é que iam mandar aqui na piolheira. Ou se ainda aparecia o dubaiano vice-irrevogável a dizer que finalmente tinha chegado a vez dele?
Por isso, a ver se o Láparo ganha mas é juízo.
Vem isto a propósito de eu ver que, naquela arriscada viagem, iam também montados, à ré, duas figuras que são verdadeiros ex-libris do governo do Láparo: o Agostinho Branquinho e o caniche-Miró em pessoa. Arriscado. Arriscado demais.
Imagine-se que a nau se vira... Imagine-se que vem uma daquelas ondas e algum dos deles (ou, em cenário apocalíptico!, os três) sucumbe. Como ficaríamos...? Como? Não quero nem pensar.
É que sem o Láparo ainda consigo conceber a vida de todos nós, agora sem o Miró ao leme da Cultura do País? Impossível. E sem o Branquinho também. Não faço ideia de que é que ele faz no Governo mas quando é preciso ilustrar o que é um misto de bimbo com um ilustre-nulo toda a gente se lembra dele. Se o homem cai ao mar, escolhíamos quem? O Junqueiro não sei das quantas? O Maçães das polacas? Ná, não seria a mesma coisa.
Por isso, a bem da Nação, acho que alguém deveria incutir algum tino no Láparo. Numa próxima expedição em que se meta, que tenha cuidado, nada de levar mais insubstituíveis na mesma nau.
De qualquer maneira, no reino da pantomina, das trampolinices, dos embustes e das mais descaradas trapaças, é engraçado ver o primeiro-ministro e mais dois ilustres governantes num barquinho a fingir, num mar a fingir. Bate certo.
De qualquer maneira, no reino da pantomina, das trampolinices, dos embustes e das mais descaradas trapaças, é engraçado ver o primeiro-ministro e mais dois ilustres governantes num barquinho a fingir, num mar a fingir. Bate certo.
Quanto a esta outra fotografia aqui à direita, nem sei que diga. Se isto será coisa de fétiche, se à noite se veste de D. Afonso Henriques, de armadura, luvas de ferro e vai pregar sustos à Laurinha, se é coisa de último recurso nos Conselhos de Ministros, quando tem que dar murros na mesa para ver se não vai à cara ao seu mui amado vice, se é coisa que use para fazer toques rectais aos contribuintes. Não sei.
O que sei é que este Laparoto - de quem, pela leitura do Der Terrorist, fiquei a saber que, enquanto deputado em regime de exclusividade, andava a abrir portas junto de bastiões da moral e dos bons costumes tais como Marques Mendes, Deus Pinheiro e Isaltino Morais - me saíu cá um malandrinho de primeira. Ui, ui, mesmo malandrinho, este Pedrinho,
Pois, pois. Bem prega Frei Tomás, ó grande navegador, ó filibusteiro.
Bem. Tinha ideia de vos falar do livro que hoje li e de que, para minha surpresa, até gostei mas talvez fique para amanhã. Hoje já não dá, estou com sono.
Relembro: sobre a balzaquiana Lewinski que agora nos surge não de azul-pecado ou de boina-tentação mas de branco-arrependido, falo no post abaixo.
Em entrevista [...], Fernando Madeira diz que o objectivo de Passos Coelho em rodear-se de personalidades influentes era "abrir ou facilitar a vinda de projectos para a ONG no âmbito da formação profissional e dos recursos humanos, e que depois esses projectos pudessem ter a participação da Tecnoforma".
O empresário garante que Passo Coelho sabia que a ONG era criada com esse intuito e conta pormenores de um encontro com o então comissário europeu João de Deus Pinheiro e de um negócio fechado com Isaltino Morais.
"O projecto precisava também da aprovação de Isaltino, era o presidente da Câmara de Oeiras. O Pedro desbloqueou isso, fez o papel que se esperava dele. Tivemos uma reunião com o Isaltino Morais que aprovou o projecto e foi essencial para a candidatura a um programa financiado pela União Europeia", exemplifica.
E etc.
Pois, pois. Bem prega Frei Tomás, ó grande navegador, ó filibusteiro.
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Bem. Tinha ideia de vos falar do livro que hoje li e de que, para minha surpresa, até gostei mas talvez fique para amanhã. Hoje já não dá, estou com sono.
Relembro: sobre a balzaquiana Lewinski que agora nos surge não de azul-pecado ou de boina-tentação mas de branco-arrependido, falo no post abaixo.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa quinta feira.
Eu, pela parte que me toca, por aqui vou continuar no meu programa de detox, muito sul, muito azul, muito boa vida.
Que pena não terem arranjado um lugar na proa para o Carlos Abreu Amorim...
ResponderEliminarAi jrd, que gargalhada me fez soltar...! essa é que teria sido boa. Se ele tem ganho a Câmara de Gaia, bem capaz de isso ter acontecido e aí é que haveria de ter sido uma bela aventura com homem ao mar, digo, hipopótamo ao mar...: (aquelas suas fotos com os gémeos separados à nascença estão o máximo)
ResponderEliminarEste governo, além de incompetente, é ridículo! Um bando de atrasados mentais! Um pagode chinês.
ResponderEliminarP.Rufino