No post abaixo já me referi à rábula O Láparo e seu devoto pet - um sucedâneo de manequim dos Fanqueiros (o verdadeiro mora num palácio em Belém) à fala com um sucedâneo de papagaio (o original habita na RTP 1) na SIC.
Pouco a dizer a não ser que aquilo foi produto de quinta categoria. Entrevista não foi, espaço de opinião também não que aquilo não tem cabeça para tanto, número de humor também não que a gente nem se consegue rir com uma cena tão indigente. Olhem: pastiche, pechisbeque.
Sejam turcos ou romanos, os poderosos humilham-nos sempre.
Meu Deus, tende piedade.
Agora que já arrumei a casa, estou de volta para limpar o ambiente por estas bandas. Nada pior que cheiro a coelho. E, portanto, é hora de uma limpeza profunda. Já abri a janela, já estou junto ao imenso céu rodeada pelas luzes da cidade grande, o rio silencioso a vigiar-me lá em baixo. Que venham agora, portanto, os pássaros, as mulheres e os seus amantes, a música, o sonho.
Pina. Não é a primeira vez que Pina aqui vem e não será certamente a última. A beleza do movimento sem propósito, a liberdade delirante, o voo sem destino.
Is it dance? Is it theater? Or is it just life?
Love. Freedom. Struggle. Longing. Joy. Despair. Reunion. Beauty. Strenght.
Dance, Dance. Otherwise we are lost...
O filme Pina é realizado por Wim Wenders
Intérpretes: Pina Bausch, Regina Advento, Malou Airaudo, Ruth Amarante, Rainer Behr
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E depois a solidão.
Realizador: Ben Shirinian; Coreógrafo: Guillaume Côté
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Deseja-se muita vez a repetição das coisas; deseja-se reviver um momento fugaz, voltar a um gesto falhado ou a uma palavra não pronunciada; esforçamo-nos por recuperar os sons que ficaram na garganta, a carícia que não ousámos fazer, o aperto no peito para sempre desaparecido.
Reyes, batallas, elefantes.
Battaglie, re, elefanti
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E depois a solidão.
Lost in Motion
Realizador: Ben Shirinian; Coreógrafo: Guillaume Côté
Bailarina: Heather Ogden
Música: "Avalanche" interpretado por Leonard Cohen
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As citações em itálico são ínfimos excertos do livro que me encantou Fala-lhes de Batalhas, de Reis e de Elefantes de Mathias Énard de que já aqui falei no outro dia.
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Permitam-me, por favor: não queiram, depois da beleza dos movimentos em liberdade e das palavras dolentes como a suave música das cítaras, entrar na toca do láparo anão aqui abaixo. Não é coisa bonita de se ver.
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E, por agora, fico-me por aqui.
Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa quarta feira.
E, por agora, fico-me por aqui.
Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa quarta feira.
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ResponderEliminarUjm
ResponderEliminarLindíssimo o filme de Wenders e excepcional Pina. Criaturas que jamais desiludem. É um conforto para a alma.
Também tocante o ensaio sobre a solidão, embora este me toque menos.
Mas vou pegar no último parágrafo e falar sobre ele.
Jeitinho
ResponderEliminarBem haja pelo comentário que me deixou!
Boa Páscoa envolta nos mimos dos pimentinhas e da restante Família.
Um abraço pelo seu bem "querer".
Olá BM,
ResponderEliminarTem razão: que belos sítios tem o nosso país. E que belo vinho.
O filme promocional é muito bonito.
Obrigada.
Olá Helena,
ResponderEliminarTenho dias em que preciso mesmo de acabar a jornada com alguma coisa que me descanse, que me transporte nos braços. O bailado, a dança em geral, a irreverência, as belas palavras têm em mim um efeito tranquilizante.
Obrigada pelos seus votos. Vou tê-los cá em casa, vai ser uma barafunda, mas é sempre uma alegria. Estão na fase da rápida aprendizagem e fico sempre encantada com o que já sabem, o que dizem, o que fazem. Encantada é uma forma eufemística de me exprimir: babada, babada mesmo.
Desejo-lhe também a si uns dias tranquilos, felizes, serenos. E ao seu filho (que tantas, mas tantas!, vezes me tira do sério...) também desejo uns dias de paz e que, apesar de eventuais divergências, sinta que a Mãe será sempre um porto incondicionalmente seguro.
Um abraço, Bárbara Helena.