Nos dois posts abaixo louvo as mulheres e louvo-me a mim por ser mulher. Uso os vídeos da Dolce and Gabanna porque recriam sempre um ambiente que acho agradável, feminino, alegre, sensual.
Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.
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No outro dia, quando fui às compras, trouxe o novo livro de Rita Ferro. No fim de semana seguinte a minha filha levou-o para o ler. Como a minha mãe está quase a fazer anos, comprei outro para lhe oferecer. Entretanto a minha filha já devolveu o meu, dizendo-me que era muito agradável de ler e bem escrito. Gosto de diários. Então, aos bochechos, lá fui conseguindo lê-lo e, de tal forma se lê de facto muito bem, que já o acabei.
Rita Ferro escreve um diário, apenas isso. Vai evocando lembranças familiares, vai desfiando amarguras, alegrias, exuberâncias, caprichos. A escrita flui com qualidade. Fala dos filhos, dos netos, dos pais, dos maridos (teve três), dos amigos. Fala da casa que idealizou e construiu ao longo de anos ali enterrando o que ia ganhando. Fala de como, não a podendo já manter, depois do divórcio, acabou por entregá-la ao banco. Fala de como se mudou recentemente para uma casa mais pequena para poder fazer face a despesas.
Fala com muito carinho desse terceiro marido a quem dedica o livro (Para o Bernardo, onde tenho a alma), para além de o dedicar também ao enteado a quem trata como o filho mais velho.
Diz coisas surpreendentes e fala o nome de amigos, alguns dos quais pessoas conhecidas (uma, por exemplo, amiga da minha filha).
Em tudo o que escreve, mostra-se sem pudores.
Uma das frases a que achei piada é a que passo a transcrever e onde fala da amiga Patrícia, durante décadas editora de uma revista.
Ficámos de escrever um argumento juntas e de tomar de assalto o Grémio Literário, para organizar palestras e tertúlias. Emprestou-me A Casa Fechada, do Nemésio. Vou assentar num caderninho para não me esquecer de devolver. Há uma ética nestes empréstimos que procuro respeitar. Quando as roupas que me dá não me assentam, devolvo-as. Também me emprestou o marido uma vez e fiz o mesmo.
Nem mais. A neta do Ferro a quem muita gente queria (e quer?) comer, a mãe do Salvador e da Marta Gautier, a avozona, a amigona, a mana reguila, a mulher deprimida e, logo a seguir, feliz da vida, está a escrever cada vez melhor.
A esta hora deve ela estar a escrever o Diário 2 e estou certa que os cuscos que gostaram do Diário 1 vão estar à espera desse novo livro.
E, assim sendo, para a Rita Ferro que mostra ser uma Mulher que gosta de ser mulher, aqui vai desta outra não apenas mais um vídeo Dolce and Gabanna (e que me desculpem pela escolha, dado que é muito pouco canónica mas, enfim, se eu me visse rodeada de jovens belos e castos como estes, acho que não descansava enquanto não os levasse a pecar) como as fotografias animadas que acima intercalei com o texto.
O filme, feito para promover a moda Dolce and Gabanne, destina-se ao inverno 2014.
Transcrevo: The magic and majesty of the Dolce & Gabbana Fall Winter 2013 - 2014 collection is embodied in the images of the new advertising campaign. The photographs by Domenico Dolce capture the beauty of Monica Bellucci, Bianca Balti, Kate King and Andreea Diaconu surrounded by a gang of young priests in admiration.
O bonitão que ali no meio do texto está a desafiar a Rita Ferro (e a mim e a todas as minhas Leitoras e Leitores que apreciem um belo pedaço de homem) é Adam Senn para a Dolce & Gabbana.
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E, por agora, por aqui me fico. A noite passada quase não dormi. Tosse, tosse e mais tosse. Já me doía a cabeça de tanto tossir. Quando tocou o despertador, ainda de noite, estava eu acordada.
Depois centenas de quilómetros para cima, uma reunião acalorada ou, melhor, tempestuosa, almoço já tarde, depois reunião informal, e mais centenas de quilómetros para baixo. No carro tosse, tosse e mais tosse. Quando cheguei, atirei-me para o sofá e caí a dormir. Passados uns cinco minutos estava a tossir. Por isso, tenho sono, tanto, tanto sono, estou cansada, a precisar de descansar e de me pôr boa. A próxima semana, pelo que já tenho agendado, anuncia-se também frenética, maçadora, stressante e só de pensar nisso já me apetece passar o fim de semana inteiro a dormir. Enfim. Aliás, a dormir já eu estou agora.
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Relembro: abaixo há mais dois posts e, se lá forem, encontrarão um bom ambiente.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo sábado.
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PS:
Tinha um vídeo maravilhoso do Cine Povero para vos mostrar.
Mas, por ser Dia da Mulher, optei por escrever este post e os dois seguintes e deixar o vídeo para amanhã.
Cara Um jeito Manso:
ResponderEliminarLeio o seu blogue com regularidade porque gosto da variedade dos temas e da forma como os aborda.
Gosto menos dos temas políticos porque já não tenho paciência para a política e divirjo de si quando acha que estes são os maus e os estúpidos enquanto os anteriores eram os iluminados. Para mim são todos farinha do mesmo saco e se hoje estamos a fazer sacrifícios foi porque todos os anteriores nos geriram mal... Ninguém na política serve o pais mas pelo contrário, servem-se do pais!
Já agora, aproveitava para lhe fazer uma pergunta: in heaven tem montes de azulejos pintados. Onde é que os manda pintar? Eu moro em Espinho e não conheço nada aqui no Norte, nem online, onde possa pintar poemas em painéis de azulejos para colocar numa pequena mata, numa quinta que tenho no Douro. Poder-me-á dar essa ajuda! Não sei se a viúva Lamego, trabalhará com encomendas por e-mail.
Desculpe e Obrigada. Obrigada também pela sua escrita.
Carlota Lobo
http://www.nydailynews.com/life-style/watch-3-year-old-girl-donates-hair-kids-cancer-article-1.1714482
ResponderEliminarOlá Carlota Lobo,
ResponderEliminarUm prefácio a este meu comentário: não acho que os do PS sejam os deuses na terra. Bem longe disso. Mas acho que Sócrates, em especial no seu 1º governo, tinha garra, tinha boas ideias, obteve bons resultados, puxou pelo País, tinha uma ideia de progresso. E acho que há no PS gente com igual boa vontade. Claro que há muita tralha, muita gente que se enreda. O centrão atrai interesses e os partidos estão muito comprometidos.
Mas, seja como for, acho-os muito melhores do que estes ignorantes e incompetentes que estão a destruir o País, a arrasar tudo, a tornar o País atrasado, inviável.
Tendo disto isto, vamos ao que interessa.
Gosto de pintura, gosto de poesia, e lembrei-me de os inserir no meu espaço querido, in heaven.
Então pensei gravá-los em azulejos. Fui a uma cerâmica mais humilde que as de referência: Mosaicos Ideal, na altura em Alcântara. Vi por lá aqueles azulejos pintados à mão em que escreviam o que as pessoas lhes pediam ('Vivenda Matos' ou desenhos de uma ponte sobre um vale que as pessoas mandam desenhar para pôr nas suas vivendas, em especial no campo. Não sei se está a ver o género).
Então pensei: ‘se fazem isto, se calhar podem fazer outras’.
Os preços são acessíveis e as pessoas também.
Levei-lhes uma caixinha da Vista Alegre que aqui tenho e disse 'Gostava disto em ponto grande, (disse as medidas), e gostava que lá escrevessem 'Carpe Diem'. Disse-lhes mais ou menos como.
Resultou bem. Depois levei um livro onde estava uma aguarela muito simples, uma mulher sentada e uma gaivota voando por cima. Disse-lhes 'Gostava disto em grande'. Resultou.
Depois levei-lhes um poema e escolhi o tipo de letra e disse, 'um painel com este poema' e disse o tamanho do painel. Resultou.
Fui por aí fora.
Como in heaven há muitos desníveis, lembrei-me de delimitar os espaços com murinhos onde colocaria painéis com azulejos. E escolhi pinturas para lá colocar. Picasso, Chagall, José de Guimarães, Matisse, etc.
Lá nos Mosaicos Ideal tudo isto foi um desafio. Tinham uma rapariga de Belas Artes que ficava absorvida com estes desafios. Acertar com as cores, reproduzir as imagens...
E nos painéis com poemas era o próprio dono que ajudava a dimensionar a letra para que coubesse e ficasse certinha, uniforme. Ensaiavam, eu ia lá a meio para ver se estava bem antes de cozerem. Uma maravilha todo esse processo.
Aí para as suas bandas não sei onde possa ser mas experimente encontrar pequenas cerâmicas, daquelas que fazem painéis à medida para pôr na parede das moradias e aconselho a que experimente com uma coisa simples e que acompanhe o processo para não sair uma piroseira.
Ajudei...?
Gostei que me tivesse perguntado isto porque é assunto sobre o qual gosto de falar.
Obrigada eu pela sua companhia e pelas suas palavras.
Desejo-lhe um belo fim de semana!
Venho agradecer o simpático comentário que deixou no meu blog e trazer-lhe uma pequena prenda.
ResponderEliminarEm 2011, eu postei um artigo no meu blog sobre mulheres compositoras, sim, mas da Turquia! Para o que me havia de dar... Infelizmente, só um dos vídeos do Youtube, que então incluí no artigo, é que ainda está disponível. É este, que tem uma peça de Kemani Kevser Hanım: https://www.youtube.com/watch?v=BvASyyWjPuk. Um outro vídeo que eu tinha incluído consistia numa pequena e delicada melodia composta por uma princesa otomana, chamada Refia Sultan. É a segunda das duas peças que se ouvem aqui: https://www.youtube.com/watch?v=dF03_H_DUV4. Espero que goste.
Caro Fernando Ribeiro,
ResponderEliminarTarde e más horas aqui lhe venho agradecer. Gostei, claro. Não conhecia e gostei muito.
Obrigada.