quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Vídeo com PAULO MORAIS discursa no Parlamento a propósito das INCOMPATIBILIDADES DOS DEPUTADOS e a chamar os 'bois' pelos nomes - e, curiosamente, não há um único que o enfrente ou negue as acusações. Porque será?


Agradecendo ao Leitor que deixou nos comentários o link para o interessante vídeo abaixo, transcrevo parte do texto que acompanha o filme que vivamente recomendo: 


INCOMPATIBILIDADES DOS DEPUTADOS

 intervenção de Paulo Morais na Assembleia da República



Um discurso que deveria afrontar não só os nomeados, mas também os cidadãos que os elegem e continuam a acreditar e a confiar neles as suas vidas e a de milhões de inocentes.

Paulo Morais expõe um dos mais graves problemas de Portugal, o assalto ao orçamento levado a cabo por deputados, para favorecer parasitas. Mas os cobardes, perante o peso de uma verdade tão inegável, nem se dignam a aparecer para justificar ou negar. 

O descaramento e a falta de remorso é tão óbvia que nem sentem necessidade de disfarçar.

(...)

Na comissão hoje mais importante, a que acompanha o Programa de Assistência Financeira a Portugal, que tem por funções fiscalizar as medidas previstas no memorando de entendimento com a Troika, nomeadamente as alienações de capital público na EDP e na REN, a privatização da exploração aeroportuária ou o apoio à recapitalização da Banca – nesta comissão tem assento Miguel Frasquilho que trabalha na Essi, entidade do grupo financeiro Espírito Santo que, ainda por cima, assessorou os chineses na compra da EDP; a que se juntava até há pouco tempo Adolfo Mesquita Nunes, advogado da poderosa sociedade “Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva”, justamente o escritório de referência no sector de electricidade em Portugal. Nessa mesma comissão parlamentar, de acompanhamento ao programa de assistência financeira, os interesses da EDP têm estado ainda representados pelo deputado Pedro Pinto.


(...)

É também muito difícil de aceitar que o actual Presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, Matos Correia, seja advogado no mesmo escritório que o seu antecessor na função, José Luís Arnaut, cujo principal sócio é o ex-ministro, também da Defesa, Rui Pena. Que competências tão peculiares terá esse gabinete jurídico para obter tão forte representação pública em sector tão relevante sob o ponto de vista estratégico? Que competências têm os advogados dessa sociedade para representar o povo num sector por onde correm alguns dos mais rentáveis (e corruptos) negócios do estado português?


(...)


Ouçamo-lo, pois.



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