São quase duas da manhã, Lady Sybill acabou de dar à luz uma menina e, logo agora que eu queria saber se está tudo bem com a jovem mãe, fizeram intervalo. Publicidade, publicidade.
Aproveitei para ligar o computador. Eu deveria hoje nem pegar nisto que não são horas decentes.
Aproveitei para ligar o computador. Eu deveria hoje nem pegar nisto que não são horas decentes.
Há bocado, depois de ter chegado a casa bem tarde e, de seguida, ter jantado um iogurte com nozes, um queijo fresco com mel e um diospiro (gosto de alimentação crudívora; já o meu almoço tinha sido suchi e sachimi), deitei-me no sofá a ler o Expresso e ainda consegui ler o tocante texto de Clara Ferreira Alves sobre uma mulher de aspecto digno que pedia esmola à porta da ópera, depois o do José Tolentino de Mendonça e as suas saborosas massas e, a seguir, fiquei incomodada com a tendência que o Pedro Mexia tem para se rever nos solitários, tristes, desalentados e desafortunados personagens que a vida e a literatura vai deixando na nossa memória. Pessoas talentosas deveriam saber dar-se mais valor e aprender a viver mais felizes. Mas as pessoas são como são e eu pouco mais posso fazer em relação a isso do que ficar um bocado triste. Gosto de saber as pessoas felizes e, em especial, gosto de saber felizes as pessoas que admiro. Mas parece que as pessoas muito talentosas têm mais consciência das suas limitações e finitude e isso parece tirar-lhes a alegria de viver (que, se calhar, é própria dos simples de espírito). Enfim.
Depois ainda me aventurei por outras páginas mas caí num sono profundo. O dia foi bem preenchido e o corpo, quando tem oportunidade para se apagar, apaga-se mesmo. Foi um sono breve mas retemperador. Acordei já a meio de O Fim de uma Época mas ainda vi o suficiente para me deliciar.
Depois ainda me aventurei por outras páginas mas caí num sono profundo. O dia foi bem preenchido e o corpo, quando tem oportunidade para se apagar, apaga-se mesmo. Foi um sono breve mas retemperador. Acordei já a meio de O Fim de uma Época mas ainda vi o suficiente para me deliciar.
E a seguir ainda vi o Eixo do Mal e agora já vou no 2º episódio de hoje de Downton Abbey e só mesmo o meu gosto por partilhar dois dedos de conversa convosco me traz aqui.
Acabo agora de ver aqui, em cima de uma destas pilhas de livros que me acompanha na mesa em que escrevo, uma caixa de bolachinhas para crianças, Figurines Assortment. São bolachinhas em forma de árvores de natal, renas, pais natal e são revestidas a chocolate de leite. Sobraram do Natal. Os meus pequenos gulosos trouxeram-na para aqui e nem dei por isso.
Downton Abbey recomeçou.
Downton Abbey recomeçou.
Meu Deus.
Lady Sybill sempre estava com eclampsia e acaba de morrer, que horror.
A família está devastada e eu também estou chocada, não estava psicologicamente preparada para isto.
Sou assim, impressiono-me facilmente. E gosto desta família, estou envolvida com estas pessoas, que hei-de eu fazer?
Ia falar-vos de um livro muito bonito, capa de veludo carmim. Gosto de livros bonitos. Passo a mão pela capa e sinto a sua macieza. Tem uma mulher na capa.
O livro é A Casinha dos Prazeres de Jean-François de Bastide com desenhos de Álvaro Siza Vieira, tradução e apresentação de António Mega Ferreira, revisão de Dóris Graça Dias, da editora ABySMO.
Tinha ideia de transcrever uns excertos, intercalá-los com os desenhos de Siza e até, antes de abrir o blogue, tinha estado a ver se escolhia uma música a condizer, andava pelo burlesco, mas agora, a sério, acho que já não me apetece. Ficará para outro dia.
Daqui a nada são três da manhã, não tarda tenho que estar a pé que outro dia preenchido me espera, e fiquei desconsolada com o que aconteceu à bela Sybill e com o peso da culpa que vai atormentar os pais por não terem dado ouvidos ao médico de família que percebeu o que se estava a passar e tinha querido levá-la para o hospital.
Daqui a nada são três da manhã, não tarda tenho que estar a pé que outro dia preenchido me espera, e fiquei desconsolada com o que aconteceu à bela Sybill e com o peso da culpa que vai atormentar os pais por não terem dado ouvidos ao médico de família que percebeu o que se estava a passar e tinha querido levá-la para o hospital.
Até fui procurar uma outra música. Não fazia sentido manter aqui uma cena de burlesco. Optei, pois, por F. Mendelssohn com Song Without Words - Gondellieder.
Já não vou poder responder aos comentários e bem gostosos eles são, que pano para mangas dariam. Mas é tarde e eu tenho que me recolher aos meus aposentos. Vou contagiada pela tristeza da família (na qual incluo os empregados) de Downton Abbey.
Sei que grande parte das pessoas acompanhou a série pela Fox e já sabiam disto há que séculos. Mas eu acompanho na SIC (até porque quando estou in heaven só tenho os quatro canais e ver a série na SIC assegura continuidade) e nunca quero que me contem o que aconteceu ou vai acontecer.
Sei que grande parte das pessoas acompanhou a série pela Fox e já sabiam disto há que séculos. Mas eu acompanho na SIC (até porque quando estou in heaven só tenho os quatro canais e ver a série na SIC assegura continuidade) e nunca quero que me contem o que aconteceu ou vai acontecer.
Desejo-vos, meus Caros Leitores, um bom domingo.
Parece que vai estar um tempo desabalado e só espero que não faça muitos estragos.
Que bela escolha musical, esta da “Song Without Words” de Mendelssohn. Poder-se-ia seguir a “Gondola Song”, outro trecho musical daquele maravilhoso compositor do período Romântico. E que tal as famosas “4 Estações de Vivaldi” para espantar este temporal?
ResponderEliminarP.Rufino