quinta-feira, novembro 07, 2013

António José Seguro entrevistado por Judite de Sousa na TVI: bem comportado, educado, sensato, moderado. Tudo certo. Mas eu acho que ele é um chato, o que é que eu hei-de fazer? Gosto de pessoas mais musculadas, sei lá. (E reparem como esta última frase prenuncia o que vou publicar a seguir.)


Aquele Tozé Seguro, coitado, não me convence. Não faz o meu género. Muito atilado. E depois, quando lhe fazem perguntas, responde com perguntas, sempre com um ar atarantado, preocupado.




Dá-me vontade tranquilizá-lo, deixe lá, não se apoquente, as coisas hão-de compor-se, não se rale, deixe.

Não o vejo com arcaboiço para nos defender, para lutar por nós. Pelo contrário, com aquela carinha de bom menino, de piu-piu, ele é que precisa que a gente lhe dê a mão.

E depois, pensando que é preciso alguém que bata o pé à Comissão Europeia (pelo menos enquanto lá estiver o cherne durão-sem-espinha) e aos tecnocratas tresmalhados do FMI, que se aguente à bronca com a pressão dos bancos, do sector eléctrico, etc, alguém imagina o Tozé a fazer voz grossa? A dar um valente murro na mesa? A entrar nas reuniões mais difíceis de pé em riste?

Eu não estou a ver mas até pode acontecer que o problema seja meu, sei lá.

Portanto, resumindo: tentei ver a entrevista, por acaso tentei, estava a jantar com a televisão em frente e a tentar prestar atenção. Mas, às tantas, apeteceu-me antes ir ver o Projecto Runway com a Heidi Klum. Gosto imenso de ver aquilo. O meu marido também não fez questão pelo que se quiserem posso pronunciar-me sobre a arte daquela gente que em menos de nada faz com cada toilette que dá gosto.

Quanto ao Tozé, posso dizer uma coisa: é muito melhor que estes ignorantes e incompetentes, é melhor formado, é honesto, não é um mentiroso. Entre a dupla Passos Coelho & Paulo Portas e o Tozé, claro que só pode ser o Tozé. Se, em abstracto, seria a ele que eu quereria ver como Primeiro Ministro do meu País...? Claro que não.

Estou a ouvir, neste momento, o apontamento semanal da Manuela Ferreira Leite na TVI 24 com o Paulo Magalhães - dizendo claramente que esta receita do Governo não está a resultar pelo que é absurdo persistir neste caminho, mostrando como nenhuma meta foi atingida, salientando que há cada vez mais gente que desiste de procurar emprego e cada vez mais gente a emigrar, etc, etc, dizendo que há alternativas, etc, etc - e até ela faz uma oposição mais convincente a este Governo indigente do que o bom do Tozézito.


Enfim.

Uma palavra para a Judite de Sousa: muito bem. 


*

Políticos com ideias novas, com energia para lutar por elas, precisam-se!!!!!

"One original thought is worth a thousand mindless quotings"


by Banksy
(Who else...?)

2 comentários:

  1. Em cheio, na mouche. Que falta que nos faz uma boa oposição!

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  2. Nem mais! O que nos faz fala é uma Oposição enérgica!
    O Tó-Zé é como beber um chá de tília! Preferia alguém assim como um tinto robusto.
    P.Rufino

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