domingo, novembro 24, 2013

A família ou, dito outra forma, Malavita


Depois de um sábado completamente em família com ascendes e descendentes, uma animação e uma alegria, neste domingo o dia foi de descanso, passeios, leituras.

E, de tarde, cinema - e sempre aqueles requisitos que sempre nos impomos: a coisa não deve ser nem uma xaropada, nem violenta, nem estúpida, nem maçadora. Tudo sopesado a escolha recaíu em Mavalita ou 'A Família'. 


A coisa prometia: produção de Martin Scorcese para interpretação a cargo de (entre outros) Robert De Niro, Michelle Pfeiffer, Tommy Lee Jones. 


A sinopse do filme era aliciante para uma tarde de domingo. Transcrevo:

Os Blake, ou melhor, os Manzoni, são uma família de mafiosos que, após decidirem colaborar com as autoridades, ficam ao abrigo do Programa de Protecção de Testemunhas. Apesar do enorme esforço do agente Stansfield para os manter vivos e afastados de sarilhos, parece que eles se esquecem com demasiada frequência que, no mundo normal, as regras são algo diferentes das que sempre se habituaram a seguir. É então que, numa derradeira tentativa de os inserir na sociedade, são enviados para uma pequena cidade na Normandia, França, onde terão de se adaptar não apenas a uma nova vida, mas também a uma cultura diferente da sua. Mas parece que Fred, Maggie e os filhos Belle e Warren teimam em recorrer a velhas estratégias de sobrevivência que chocam a todo o momento com a pacatez da sua nova cidade. Tudo se agrava quando os ex-companheiros de crime os encontram e decidem fazer justiça pelas próprias mãos.

Uma comédia negra, escrita e realizada pelo francês Luc Besson, que se inspira no romance de Tonino Benacquista. 



Uma Michelle Pfeiffer já com sinais da idade, sem disfarces mas sempre com muita graciosidade e piada. Um Robert de Niro cada vez com mais charme, cada vez com mais pinta, excelente, um Tommy Lee Jones também com um rosto marcado pelo tempo mas também com muita pinta, uma ternura (a cumplicidade entre aqueles dois é mesmo uma graça).

Há cenas de uma violência brutal, coisas da Máfia, aliás o filme arranca logo mostrando ao que vai, várias vezes me encolhi toda na cadeira, mas há cenas divertidas, o Robert de Niro, um mafioso encartado, dá-lhe para ser escritor e são momentos fantásticos os que mostram essa sua faceta, e há uns jovens malandrecos e com uma violência genética mas a quem olhamos com uma certa compreensão bem humorada. As peripécias da família a tentar enquadrar-se numa aldeia da Normandia são fantásticas.

Conclusão: saímos de lá muito bem dispostos, uma bela tarde de cinema. Que o filme esteja classificado para 12 anos e imensos miúdos a assistir é coisa que não consigo entender mas, enfim, esse é assunto que desde há muito me transcende.

Depois fomos comer uma queijada da Madeira e uma tartelette de maçã (e que, desabituados de lanchar e muito mais de comer doces, não conseguimos comer na íntegra pelo que trouxemos o resto para casa e nos serviu de sobremesa ao jantar). Belos bolinhos aqueles.


Mostro-vos o trailer legendado do filme mas as legendas aqui do youtube são do mais manhoso que existe. Se calhar mais valia colocar a versão não legendada não vá vocês ficarem mal impressionados mas, como tenho receio que alguns leitores não acompanhem bem o inglês falado, arrisco. No entanto, no cinema, a tradução é decente, podem crer.




*

Até já!

1 comentário:

  1. Três grandes actores. Que muito aprecio. Não vi o filme ainda. Quanto a Michelle Pfeiffer, está, ou melhor, continua excelente. É curioso, mas quando por acaso procuro um filme e se um desses actores aparece por lá, é receita para ver o filme.
    P.Rufino

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