sexta-feira, outubro 04, 2013

Valter Hugo Mãe na capa da revista Ler. Lá dentro 12 páginas de entrevista com a mesma criatura. A capa do Jornal de Letras...? Valter Hugo Mãe. No outro dia na televisão? Valter Hugo Mãe. ... Entro na FNAC e para onde me vire... Valter Hugo Mãe. Mas o que é isto, senhores? Está tudo doido? Este país ensandeceu ou quê? De uma coisa estou eu certa: Valter Hugo Mãe está para a literatura como o Passos Coelho para a política. E que me caia aqui no colo um cão com pulgas se estiver errada.


Francisco José Viegas num momento de ternura com o seu Valtinho,
esse Fofinho

Claro está que não vou comprar a revista Ler, não faço parte do grupo de masoquistas de que Cavaco Silva tanto se queixa. 


Ma-so-quis-ta é o que é toda a gente que consuma o valtinho às colheradas. Ma-so-quis-ta.  

In-sus-ten-tá-vel é o que é esta overdose de um prato tão requentado como o piroso do Valtino. Não se aguenta.

Fartinha da cara deste fulano, fartinha. Está em todo o lado. 

Assim vão estes tempos. Predomina o absurdo. Mas um absurdo sem glamour, sem graça, um absurdo pindérico.

Deve ser isto a decadência: uma total ausência de exigência, de critério. Vale tudo. Tudo. À frente do Governo um Passos Coelho, e em tudo o que é jornal ou revista ou canal de televisão (órgãos de comunicação social que deviam respeitar a literatura e a arte) o Valtinho. Já vale tudo. A mediocridade a ocupar todo o espaço como uma mancha de óleo.



Valtinho (ou Valty)
um artista que gostava de ser escritor
mas que é apenas um sujeito que vai nu
Em relação a este sujeito, o Valter, interrogo-me: mas ninguém vê que a criatura vai nua, senhores?


Eu, como não sou masoquista e prezo a sustentabilidade, só me apetece mandar uns quantos para reciclagem: cacos coelho, valtinho, cavaco, todos os pseudo críticos literários que estendem a passadeira vermelha a tudo o que é nulidade, a todas as universidades de verão que formam jotas e amigos dos agiotas, albuquercas, portas aos pentas, menezes e isaltinos, searas e cães com pulgas, e mais uns quantos. 


Tudo para reciclagem. Tudo para compostar, reciclar, o que quiserem desde que seja longe de mim. Bolas para isto.


Leio um excerto do que deve estar no interior da revista e a única coisa que me ocorre para caracterizar o que leio é que é uma pomada. Ora vejam (destaques meus):

Eu achava que ia morrer virgem, que era tão feio que nunca ninguém me tocaria, achava que nunca arranjaria emprego, que levaria milénios para aprender a fazer alguma coisa, nunca procurei uma editora para editar nada, pensei sempre que escrevia para me ajudar a pensar melhor e sobretudo para fugir da burrice, para não ser tão estúpido e tão alheio à inteligência.
Achava que morreria cedo, que nunca conseguiria entrar na tropa porque não era robusto o suficiente. Com 18 anos devia pesar 42 quilos, era só ossos e tudo me magoava, tinha sete ou oito gripes terríveis por ano, caía de cama constantemente. Acabei o liceu era um aluno imberbe e não sabia nada, não tinha gostado nada do liceu. A minha vida só começou a fazer sentido mais tarde.
Na universidade quis namorar com uma cachopa que me dizia que só namoraria comigo pelo meu lado interior, porque eu era tão feio. E ela também era feia e eu não tinha coragem de dizer. Hoje se a apanhasse... Eu só me candidatei porque achei que ela era tão estrupício quanto eu e estaria à altura. Esta não me vai dizer não porque, coitada.
Obviamente tinha de esperar muito tempo para construir uma autoestima qualquer e sobretudo para me curar. É preciso muitos livros para me curar. Ao Lobo Antunes, que eu saiba, nunca lhe faltaram umas cachopas. Era lindo, teve mulheres lindíssimas. Sempre cobicei muito a beleza.




E mais não digo para não parecer que até eu estou a publicitar o estrupício - e citei. Quem quiser saber a minha opinião sobre a criatura que queria fugir à burrice (e citei de novo - e só não acrescento que queria mas não conseguiu porque o sucesso que está a ter só prova que burra sou eu) é clicar aqui e aqui.

E adiante.

*

[Nota: Cheguei ao fim e ainda nenhum cão com pulgas me caíu no colo. Logo...]

3 comentários:

  1. "Ao Lobo Antunes, que eu saiba, nunca lhe faltaram umas cachopas. Era lindo, teve mulheres lindíssimas. Sempre cobicei muito a beleza.".Estou de acordo consigo, que tipo de escritor é este que diz que o Lobo Antunes é bonito, só faltava dizer que tem uma pila de 50 cm, se bem que pela imagem da capa até parece-))

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  2. Tanta crítica à pessoa e zero de crítica à obra, sem informação concreta sobre a mesma.
    É tão inteligente e superior, que se vê na necessidade de achincalhar para se sentir melhor.
    Não me interessa se publica ou não o comentário, como já deve ter entendido, penas me interessa dizer-lhe que, mais cedo ou mais tarde, lhe cairá um cão com pulgas no colo.

    E mais uma coisa: atenção à língua portuguesa, que nem a devida pontuação sabe fazer.

    Daniela Martins
    Braga

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  3. Pois é... os cães com pulgas não devem gostar das cadelas com raiva. Por isso não lhe cairá nunca um no colo (desta vez).

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