Já que hoje estou em dia de galhofa (confiram, por favor, o post abaixo onde falo do Gang dos Cotas na TVI e dum sonho hilariante do meu marido - e para saberem porque é que é hilariante terão que lhe perguntar a ele), se me permitem continuo no mesmo registo.
Claro que estou aqui na risota mas, cá para trás, no meu subconsciente, estou a pensar que não deveria falar em nada disto mas sim:
- nos pedidos de informações do Governo Português ao Facebook sobre 213 pessoas com contas nesta rede social, uma coisa que perturba até alguém como eu, que sou avessa ao Facebook. Mas, na volta, acontece o mesmo com os blogues pois sabe-se agora que a Google (e o blogger é da Google, tal como o Gmail) e a Microsoft (e praticamente não há computador que não tenha o Windows), tal como o Facebook estão completamente metidos neste esquema de espionagem. Além do mais, sabemos também agora que não trabalham para aquecer e que, portanto, têm sido remuneradas, e bem, pelos bons serviços de bufaria que prestam. Um mundo repelente este.
- na descoordenação de que a associação de bombeiros se queixa, dizendo que não faltam meios, falta é coordenação, falta é apoio. Dizem eles que os bombeiros dependem da caridade popular para terem o que comer e que não têm onde tomar banho, onde descansar. Que chegam a um ponto de exaustão total. Que as forças armadas deveriam ajudar, montar tendas de campanha, fornecer comida, chuveiros portáteis. Que os corpos de bombeiros que vêm de outras localidades deveriam integrar equipas em que estivessem bombeiros locais, conhecedores do terreno, para evitar situações como as que tiveram consequências fatais. E que todos sabem isto mas que ninguém faz nada. Pois. Uma desgraça.
- e nas mãos quentes dos americanos, doidinhos para carregar no gatilho (nos americanos e nos seus cãezinhos amestrados que vão para onde são mandados). A indústria de armamento tem muita força. Não sei se há ou não razões para carregarem sobre a Síria, não sei se não é mais uma daquelas tangas que inventam quando precisam de gastar stocks para reforçar a produção de armamento. Ou se não é também como a recente tanga de que tinham interceptado umas ameaças da treta através da espionagem electrónica para justificarem andarem a interceptar as comunicações e as redes sociais. Não sei se as forças governamentais sírias não andam de facto a usar armas químicas (aliás, acredito que andam), nem sei se entre os do governo e os rebeldes há escolha possível (visto de fora, parece-me que não), não sei nada - porque nisto nunca se sabe o que é verdade ou manipulação ou mentira descarada. O mundo foi tomado de assalto por gente perigosa. O mundo está todo ele um sítio perigoso. Supostamente há normativos que devem ser cumpridos em situações de intervenção internacional mas o que temos visto é que, quando se quer intervir, se necessário for aldraba-se, inventa-se e monta-se uma imensa teia de contra-informação em que ninguém sabe mais em que é que pode acreditar. Um nojo (que geralmente custa muitas vidas humanas).
Mas, meus Caros Leitores, perante tanta coisa irracional, sinto-me impotente. Falo, protesto, denuncio tanto quanto o meu ténue fio de voz pode ser ouvido - mas sei bem que pouco (ou nada) posso.
E, quando percebo isto com clareza, não me dá para cair de desânimo, dá-me é para esparveirar (ou esparvoar? não sei como se diz)
Por isso, tendo estado já no post anterior na maior diversão, agora, com vossa licença, vou continuar no mesmo registo.
Poderia falar-vos do novo look do Relvas, qualquer coisa entre um George Clooney e um chefe da Camorra: cabelinho à maneira, meio grisalho, barba de três dias, camisa escura debaixo de um blaser igualmente escuro, sorrisinho matreiro, todo ele malandreco.
Aquilo já é obra da Marta, já o recauchutou. Claro que a matéria prima não é das mais famosas pelo que o Relvas mais parece um George Clooney da Malveira (da Malveira de antigamente, do tempo dos saloios, se é que me estão a entender).
Ou podia falar de novo look da Teresa Guilherme, com menos 9 kg, tratamentos estéticos e sei lá que mais.
Mas não falo (dos tratamentos e da dieta que a Teresa Guilherme fez), não vão vocês ir atrás da conversa, porem-se a fazer o que ela fez, e ainda ficarem iguais a ela. É que eu gosto muito de vocês.
Por isso, vou antes falar do Sr. Walter Gray, um valente. Estando a ser entrevistado, no domingo passado, dia 25 de Agosto, pela jornalista Lori Welbourne, eis que ela, inopinadamente se despe e, de mamocas ao léu (e ó que mamocas, pelo que nos é dado perceber), continua a entrevista querendo saber o que acha ele de as mulheres poderem praticar livremente o topless. Walter Gray começa por ficar pasmado mas depois, noblesse oblige, prossegue com muita segurança. Muita pinta.
Gostava de ver como se portaria o excelso Medina Carreira perante uma Judite nas mesmas circunstâncias. Ou o Passos Coelho perante uma Fátima Campos Ferreira em topless. Ou o Sócrates perante uma sempre tão embevecida e super-produzida Cristina Esteves a tirar o soutien... Será que eles tinham o savoir faire do Sr. Gray? E será que elas eram mulheres para levar o Dia do Topless assim tão a peito?
Ora vejam, por favor, o vídeo:
Is it legal to be topless here?
***
No entanto, se alguma das jornalistas aceitar o desafio, basta serem como são e basta a reportagem ser normal. Ou seja, não é requerida nenhuma produção especial. É que, nestas coisas, parece que os portugueses tendem a exagerar na dose. Ora vejam, por favor, como saíu exagerado este anúncio de 1998, feito em Portugal, ao produto VibraSpot. Um exagero. Não gostaríamos nada de ver nenhuma das nossas jornalistas num frenesim desenfreado em frente aos senhores entrevistados. Basta que sejam discretas e profissionais como a Lori.
*
E por aqui me fico antes que me alargue.
Relembro que, para verem os Cotas e para saberem porque acordou o meu marido a rir à gargalhada por uma vez na vida, desçam, por favor, até ao post seguinte (ele vai fuzilar-me, fica sempre todo arreliado por eu o meter aqui no meio desta minha confusão mas paciência, veio mesmo a propósito).
E tenham, meus Caros leitores, uma gloriosa quarta feira!!!!!
acho que escolheram bem a entrevistadora,(se fosse uma que saísse ao Pai, não tinha impacto).Em relação à espionagem,para navegar na net podem usar a rede Tor - https://www.torproject.org/, e em relação a sistemas operativos alternativos, a escolha é mato, mas a tendência parece ser Ubuntu - http://ubuntu-pt.org/
ResponderEliminaré que o windows 8 pelos vistos já vem preparado para sacar informação - http://www.revista.espiritolivre.org/governo-alemao-da-aviso-para-que-usuarios-nao-utilizem-o-windows-8
ou seja há altenartivas, não digo impossível mas dá para dificultar
Mas... só o entrevistado é que a viu sem soutien... eu também queria ver...
ResponderEliminarMas que divertida essa entrevista em que a Lori Welbourne tira o soutien perante Waletr Gray. Não conhecia o episódio.
ResponderEliminarE que classe, apesar da surpressa inial, a de Gray.
Na verdade, se Judite de Sousa, ou Cristina Esteves fizessem o mesmo, pagava para ver. Julgo porém que Marcelo era capaz de se sair razoavelmente bem da surpresa, menos bem Sócratres e ao pobre do Medina dar-lhe-ia um AVC.
E porque não aproveitar as Autáquicas para se iniciar um tipo de entrevista do género?
Agora, a calma e classe de Lori no episódio, a sua naturalidade é igualmente de realçar.
Este seu Blogue é o máximo! Você, estimada UJM, surpreende-nos de forma inusitada mas divertidíssima. Tem humor e gosto de pessoas com humor. E inteligentes e cultas, como é o seu caso, se me é permitido dizer isto, com todo o respeito que tenho por si.
Cordialidade!
P.Rufino
Cara UJM
ResponderEliminarO que você me tem feito rir... Mas o que é que aconteceu à Teresa para além de perder 9 Kg? Amanhã vou mais cedinho para a SIC e fico a saber o essencial.
Caro P. Rufino
E não é que desta vez estou consigo?! Se fizerem uma petição, eu assino.
Mas de caminho podiam pôr uns pivots de tronco ao léu. Era óptimo, ninguém os ouviria. E a quem dava o AVC, era a nós, mulheres!
Minha cara
ResponderEliminarMais uma vez fui ultrapassada. Ia dar a notícia da MMG e oop's, já aqui estava!
Dos outros amores, niente. Tudo velho. Mas a minha Rosa volta sábado e, com ela, a Hola!
Helena, olá,
ResponderEliminarNão se prenda por isso, se lhe apetece falar nisto da MMG fale. Até porque quem a lê lá no seu canto é muito, muito mais do que os meus amigos aqui do UJM. Além disso, muitas vezes nem é a notícia em si, mas sim, a forma como os factos são observados.
Um abraço, Helena!