Na ausência de temas da actualidade que me despertem interesse, foi uma expressão usada num comentário ao texto de ontem, o terceiro comentário, que me deu ideia do tema de hoje (e, se não viram, aconselho-os a irem lá ver porque é impagável).
Se estivéssemos no verão, poderiam dizer que isto que vão ler é conversa de silly season. Assim, como estamos no inverno, podem é dizer que estou com saudades do verão. Para já, por favor, apertem os cintos para não darem nenhum salto na cadeira.
我会告诉你,现在的名称是东方人,阴道,因此开始写它在中国。
(Se se derem ao trabalho de pegar nisto que acabei de escrever e traduzirem, obterão a seguinte frase: Vou dizer-lhe o nome agora, orientais, vaginal, e por isso começou a escrever em chinês).
Não perceberam...?! Não...?!
O Google não é uma fantástica ferramenta de tradução...?
Não perceberam...?! Não...?!
O Google não é uma fantástica ferramenta de tradução...?
A Origem do Mundo, 1866, de Gustave Courbet (a modelo não era seguramente um tigre branco) |
Bem, de facto o que queria dizer era: Vou falar-vos agora dos nomes que os orientais dão à vagina e, portanto, começo por escrever isto em chinês.
E vem isto a propósito de quê? Bem... é que vou transcrever um trecho de um livro em que se usam expressões que resultam de traduzir do chinês e não sei como foram feitas essas traduções. Se foram com o google, a coisa na origem poderia ser bem diferente.
Adiante.
Ao passo que a história vaginal no Ocidente se caracteriza - geralmente - pela falta de palavras, o mesmo não pode afirmar-se sobre as culturas orientais. Como revelam os antigos manuais sexuais da China, Índia e Japão, quando a imaginação de uma cultura dispara, isenta de noções repressivas da sexualidade, surge uma linguagem vaginal riquíssima.
Por exemplo, as palavras que descrevem os genitais femininos são, regra geral, denominações de beleza e de prazer, reflectindo uma sensação de delícia (...).
As flores de Georgia O'Keeffe |
Os termos vaginais chineses e taoístas incluem 'entrada da vida', 'lótus da sua sabedoria', 'gruta do amor', 'peónia desabrochada', 'casa do tesouro', 'coração interno' e 'portão celestial'.
Yoni, a palavra oriental para vagina, abrange igualmente os significados de útero, origem e fonte.
Além disso, o termo sânscrito bhaga, que significa útero ou yoni, significa riqueza, sorte e felicidade.
(...)
Mulher nua a dormir, 1862, Gustave Courbet (quase um tigre branco em baixo mas não em cima, nas axilas) |
No Ocidente, se não se soubesse, um olhar para séculos de pintura de mulheres nuas indicaria que estas não têm pêlos púbicos. Por algumas razões, os pêlos púbicos eram um problema no Ocidente - talvez por implicarem uma natureza sexual animal, que não se enquadrava nas noções preconcebidas e moralistas da sexualidade feminina.
Na China, em nítido contraste, pêlos púbicos abundantes e lascivos são sinal de paixão e sensualidade numa mulher, e os pêlos púbicos em forma de triângulo equilátero com um crescimento ascendente são tidos como sinal de beleza. Yinmao é o nome popular para os pêlos púbicos femininos; contudo, se uma mulher não tiver pêlos púbicos, é conhecida como 'tigre branco'.
Talvez como sinal de sentimentos positivos em relação aos pêlos púbicos, os termos chineses que os designam são particularmente poéticos. Expressões como 'erva fragrante', 'rosa negra', 'pêlos sagrados' e 'musgo' invocam uma sensação de algo macio, germinado e perfumado, e refectem o facto de a área coberta por pêlos púbicos conter glândulas odoríferas.
As flores íntimas e muito femininas de Georgia O'Keeffe |
Essas glândulas, espalhadas por toda a pele vulvar da mulher e que se acreditem que perfumem a púbis, em chinês, são designadas como 'terraço do sol', 'pedras mescladas' e 'jovenzinha'.
Na Índia, o termo sânscrito purnacandra, que significa lua cheia, designa igualmente as glândulas vaginais, que se crêem repletas do 'sumo do amor'. Desconhece-se a origem doa expressão vaginal 'pico do cogumelo púrpura'.
*
[Cá para mim aquela da 'jovenzinha e, especialmente, esta do 'pico do cogumelo púrpura' são calinadas do tradutor da google...]
*
Este trecho foi extraído do livro A História da V - Abrindo a Caixa de Pandora da autoria de Catherine Blackledge da Editora Lua de Papel e traduzida por Maria Emília Ferros Moura. A autora é Doutorada em Ciências e é presença regular em talk shows e programas de rádio em Inglaterra. Goza de sólida reputação como jornalista científica. Penso que escuso de dizer que é um livro sobre a vagina.
Comprei este livro apenas há dias e, por isso, ainda apenas o folheei mas é capaz de ser interessante. Um dia destes volto a ele mas, nesse dia, para além dos cintos tragam também suspensórios.
*
E, por hoje, nada mais. Gostaria ainda de vos convidar a visitar-me no meu Ginjal e Lisboa. Hoje, por lá, falo de uma certa menina do mar e regresso aos meus tempos de longas tranças e belos dias de verão na Figueirinha. Quem puxou por mim foi a Maria Andresen que hoje se estreou por aquelas bandas. A música é um novo momento feliz e tão feliz ele é que vos peço mesmo para irem ver. Uma alegria contagiante, mesmo. Maria Bethania e Rita Lee num fantástico momento de fruição.
*
E só espero que esta sexta feira seja para vós um dia também muito feliz.
*
Mostrou-me a'entrada da vida',
O 'lótus da sua sabedoria'.
Um dia, que já achava perdida,
A chama que no meu corpo ardia.
E pegando-me na mão trémula,
Ardente, quase a suplicar,
Conduziu-a como uma flâmula
Pousando-a sobre o altar.
E ali, em fervorosa prece,
Ajoelhado, a rezar,
Roguei a santa 'peónia'
Que me ajudasse a pecar.
Vejo então, com grande espanto
Abrir-se, o 'portão celestial'.
Cresce-me de pronto o encanto.
Inunda-me o transcendental.
Oh paraíso terreno,
Recanto espiritual.
'gruta do amor' eterno,
Refrescante manancial.
Mato em ti a sede velha
de travessias do deserto
Sorvo esse mel de abelha
Que escorre de pote aberto.
E desabrochas, então
Demonstras o teu fulgor
Em ti, já ruge o vulcão
Que reclama outro pendor.
Feroz luta ali travámos.
Chaves de pernas e braços.
Usando as armas que achámos,
Com elas tomámos os espaços.
Por fim, veio a apoteose
Elegia à 'casa do tesouro'.
Despedi-me em grande pose
Enquanto o seu 'coração interno'
Assegurava, "parecias-me um touro"
Eu pensava: Que quentinho vai, este Inverno...
*
Mostrou-me a'entrada da vida',
O 'lótus da sua sabedoria'.
Um dia, que já achava perdida,
A chama que no meu corpo ardia.
E pegando-me na mão trémula,
Ardente, quase a suplicar,
Conduziu-a como uma flâmula
Pousando-a sobre o altar.
E ali, em fervorosa prece,
Ajoelhado, a rezar,
Roguei a santa 'peónia'
Que me ajudasse a pecar.
Vejo então, com grande espanto
Abrir-se, o 'portão celestial'.
Cresce-me de pronto o encanto.
Inunda-me o transcendental.
Oh paraíso terreno,
Recanto espiritual.
'gruta do amor' eterno,
Refrescante manancial.
Mato em ti a sede velha
de travessias do deserto
Sorvo esse mel de abelha
Que escorre de pote aberto.
E desabrochas, então
Demonstras o teu fulgor
Em ti, já ruge o vulcão
Que reclama outro pendor.
Feroz luta ali travámos.
Chaves de pernas e braços.
Usando as armas que achámos,
Com elas tomámos os espaços.
Por fim, veio a apoteose
Elegia à 'casa do tesouro'.
Despedi-me em grande pose
Enquanto o seu 'coração interno'
Assegurava, "parecias-me um touro"
Eu pensava: Que quentinho vai, este Inverno...
[Fantástico poema da autoria de Bartolomeu num comentário aqui abaixo]
Mostrou-me a'entrada da vida',
ResponderEliminarO 'lótus da sua sabedoria'.
Um dia, que já achava perdida,
A chama que no meu corpo ardia.
E pegando-me na mão trémula,
Ardente, quase a suplicar,
Conduziu-a como uma flâmula
Pousando-a sobre o altar.
E ali, em fervorosa prece,
Ajoelhado, a rezar,
Roguei a santa 'peónia'
Que me ajudasse a pecar.
Vejo então, com grande espanto
Abrir-se, o 'portão celestial'.
Cresce-me de pronto o encanto.
Inunda-me o transcendental.
Oh paraíso terreno,
Recanto espiritual.
'gruta do amor' eterno,
Refrescante manancial.
Mato em ti a sede velha
de travessias do deserto
Sorvo esse mel de abelha
Que escorre de pote aberto.
E desabrochas, então
Demonstras o teu fulgor
Em ti, já ruge o vulcão
Que reclama outro pendor.
Feroz luta ali travámos.
Chaves de pernas e braços.
Usando as armas que achámos,
Com elas tomámos os espaços.
Por fim, veio a apoteose
Elegia à 'casa do tesouro'.
Despedi-me em grande pose
Enquanto o seu 'coração interno'
Assegurava, "parecias-me um touro"
Eu pensava: Que quentinho vai, este Inverno...
;))))))
Olá UJM!
ResponderEliminarO comentário seguinte foi, por lapso meu, colocado no "post" de ontem mas como se verá era um comentário ao "post" de hoje!Aqui está a repetição:
Todos os temas devem ser tratados e podem ser tratados de várias formas mais ou menos engalanados, floridos, sentidos , poéticos, coloridos , mitificados etc etc,
Para contraste com o seu muito interessante e inesperado texto veja este:
"A vagina é um tubo músculo-membranáceo mediano, que superiormente insere-se no contorno da parte média da cérvix do útero e para baixo atravessa o diafragma urogenital para se abrir no pudendo feminino, cujo orifício chama-se óstio da vagina.
É o órgão copulador da mulher.
A vagina apresenta duas paredes, uma anterior e outra posterior, as quais permanecem acoladas na maior parte de sua extensão, representando uma cavidade virtual.
Superiormente a vagina se comporta como um tubo cilíndrico para envolver a porção vaginal da cérvix uterina, e inferiormente ela se achata transversalmente para coincidir com o pudendo feminino.
A cúpula da vagina é representada por um recesso que circunda a parte mais alta da porção vaginal da cérvix, recebendo a denominação de fórnix da vagina.
Em virtude de o útero estar normalmente em anteroversão, a parte anterior da vagina é curta e a posterior mais longa, do que resulta que a região posterior do fórnix vai mais alto ou mais profunda.
Na mulher virgem, o óstio da vagina é obturado parcialmente por um diafragma mucoso, denominado hímen.
Estruturalmente a vagina é constituída por uma túnica fibrosa, que envolve uma túnica muscular (fibras musculares lisas) e interiormente é revestida por uma túnica mucosa.
Toda superfície mucosa é pregueada transversalmente, pregas essas conhecidas por rugas vaginais."
Chato não é?? Nem sempre o rigor cientifico é atractivo e fonte de quaisquer elucubrações estéticas,belas as pinturas da Georgia O'Keeffe que eu não conhecia, comportamentais, meramente sexuais ou até mesmo pornográficas!
E com este contraste, que talvez dê que pensar, me vou de abalada!!
Um abraço
Ora aí está um tema que nos pode levar a inúmeras abordagens. Na verdade, os nomes, uns mais outros menos brejeiros, com que se dignou chamar a vagina são tantos que daria um pequeno dicionário de bolso. “Piegas” para mim constituí uma surpresa, até porque induz-nos em erro, porque nos faz desviar de outras e mais aliciantes “funções”. Mas, enfim, “Idalina” lá saberá o porquê de semelhante designação. Já a questão dos pêlos púbicos, ao que depreendi de leituras, a ver com conceitos quer de beleza, quer morais, mais coisa menos coisa. Na Antiguidade Clássica, quer na Grécia, quer mais tarde em Roma, as mulheres, designadamente das classes mais abastadas, de uma forma geral, apresentavam-se de preferência de vagina rapada. Os mancebos e os homens mais velhos não apreciavam, chamemos-lhe assim, “grandes matas”, porque consideravam tal não só pouco higiénico, como menos belo. E a beleza feminina tinha um papel importante. Assim sendo, não é por acaso que nas estátuas de mulheres, o seu sexo não apresentava os tais pêlos púbicos. Na verdade, na vida real, as mulheres, sempre que o podiam fazer, rapavam-se. Já o mesmo não sucedia com os homens, o que aliás pode ser igualmente constatado no nu das esculturas masculinas. E um homem rapado era sinal de uma certa feminilidade. Nero, cuja bissexualidade era conhecida, chegou a rapar-se todo. Aliás, quando igualmente cortou a barba que deixara crescer, contratou, para celebrar, a mais famosa pantomineira da época (a Pantomina era uma arte muito apreciada então), Aelia Catella, de 80 anos (não fez a coisa por menos). E Calígula (hoje deu-me para os maus Imperadores, porque os houve excelentes) deliciava-se a ser ele próprio a arrancar á mão, ou com uma pinça, os pêlos púbicos das suas amantes, entre as quais se contavam as irmãs, sobretudo uma delas, a bela Drusilla. Quanto a Courbet, teve problemas com esse seu quadro, como é sabido. Há várias representações do nu feminino em várias épocas (acho por exemplo muito sensual a “Angelique” de Ingres, no Louvre). É interessante verificar como o nu feminino foi mais expansivo, digamos, na pintura renascentista e barroca italiana do que na espanhola. E também aí, o sexo feminino apresenta-se – quase - sempre sem pêlos. Depois da Antiguidade Clássica, ou já no fim do Império, cristão e a seguir, na Idade Média, com igual influência da Igreja e da moral cristã, a prática das mulheres se raparem caiu em desuso, como caiu a sua (e dos homens) higiene corporal, pelas mesmas razões de ordem moral (“só se lavava a alma”). Curiosamente, hoje (Sec. XXI) ao que se vai sabendo, vagina “felpuda é de mau gosto”. Enfim, gostos são gostos. Tenho um amigo que tem uma fetiche por vaginas femininas imensamente peludas (“o que vai sendo muito raro, uma dificuldade meu caro”, queixa-se-me). E a terminar, há quem tenha medo de vaginas. Uma curta história, igualmente autêntica: um dia, num Seminário a que tive de ir em Praga, uma cidade lindíssima! estava lá um outro português, que ali trabalhava e com quem partilhei a minha participação ali. Tinha um ar seminarista, o pobre. Decidi meter-me com ele: “Ouça lá, oh fulano, você aqui em Praga não deve ter sossego, com tanta beldade por aí espalhada – olhe, a começar pelas “hostess”, é cada brasa! As suas noites devem ser idênticas ás das Mil e Uma Noites, hem? E ele, aparvalhado: “Ui, na-não, na-nada disso. Sabe, é que elas – cá para mim – devem estar cheiinhas, mas cheinhas de sida!” E, como que a querer relevar tão negra ameaça ao seu pénis, unia os dedos da mãozita e fazia-me gestos a explicitar o perigo vaginal que existia, na sua cabeça, em Praga. Dei-lhe um conselho, de amigo: “Olhe, não prove hoje não, que um dia quando quiser provar já lhe vai faltar força e desejo para tal! Siga este meu conselho e não desperdice prazeres da vida!” E ficou ali a olhar, atarantado, ainda com os deditos juntos, que nem um tolo. Cá para mim, perdeu-se um bom padreca, tivesse o marau seguido aquela vocação.
ResponderEliminarP.Rufino
Um post muito interessante que
ResponderEliminarprovocou um comentário também
interessante. O mote: a vagina.
Mas deu, um excelente post.
Bom fim de semana.
Bj.
Irene Alves
Bartolomeu,
ResponderEliminarBig, big, big smile :))))))))))))))))))))))
Estou sem palavras. Fantástico. Já lá coloquei em cima, em lugar mais do que merecido!
Parabéns!
Admito que este poste é para ser lido em movimento (alusão ao cintos...). Já os suspensórios são adereços demasiado yuppies para o meu gosto.
ResponderEliminar:)
Olá Joaquim,
ResponderEliminarRetiro uma palavra do texto anatómico para exprimir a minha reacção face ao tecto, tão exaustivo e, de certa forma, desengraçado: fórnix...!
Teve graça o seu texto como contraponto aos termos poético/carinhosos do excerto que transcrevi. De facto, e fica aqui mais do que provado que há múltiplas leituras sobre a mesma realidade e todas eventualmente ajustadas.
Quanto a Georgia O'Keeffe é uma pintora de que aqui já muitas vezes falei e cuja obra e vida admiro bastante. Algumas das suas flores, todas com uma coloração belíssima, são claramente alusivas mas, como se vê pela amostra, não são nada chocantes (eu, pelo menos, é o que acho).
Um abraço!
Olá P. Rufino,
ResponderEliminarO meu texto, desencadeado pelo seu comentário do outro dia, é um pequeno excerto de um livro bastante exaustivo. Claro que tive o cuidado de apenas seleccionar uma parte muito inócua pois, tal como lá se referem os poéticos termos orientais, há também as múltiplas expressões do mais vernáculo que há, algumas das quais muito divertidas. Mas não me arrisquei a transcrever essa parte.
Mas há lá também a evolução ao longo da história. Muito interessante. Ainda vou pensar se divulgo aqui algumas curiosidades, coisas de que não fazia ideia. Tenho que ver se o faço ou não pois não quero que possa parecer chocante.
O que aqui nos contou hoje é muito interessante, não sabia e gostei de saber. Estou certa que os Leitores também gostarão de ler. A quantidade de coisas que sabe...
E a história do cuidadoso seminarista é outra história divertida, boa para a rapaziada do Estado de Graça interpretar. Essa das meninas cheiinhas de sida é o máximo. É que cheiinhas de sida é bem pior do que com um bocadinho de sida. É que para lidar com essas cheeinhas nem sei que protecção haveria...
Haja alegria e gosto pela vida!
Bom sábado!
Olá Irene Alves,
ResponderEliminarGosto de escrever sobre o que me ocorre, sem reservas, sem receios, sem falsos pudores. Tanto falo de política, de pintura, de poesia, de culinária: é o que calha.
Ontem deu-me para isto depois de ter lido um dos comentários. E depois ilustrei o texto com obras muito conhecidas e que, em meu entender, mostram a multiplicidade de visões sobre o que as palavras diziam.
Fico contente que tenha gostado.
Um beijinho!
Olá jrd,
ResponderEliminarEntão se não gosta de se ver com suspensórios e prefere ver estes temas em movimento, para a próxima vez que o tema venha à baila o que posso sugerir é talvez também o uso daquelas máscaras de oxigénio que estão por cima de nós nos aviões. Apenas para um just in case...
:)
Um bom sábado e um abraço, jrd!
Cara Jeitinho
ResponderEliminarOra aqui está como se pode falar de tudo, sem tabus nem complexos.
O quadro de Courbet é belíssimo. Mas, para mim, o que ele tem de mais impressionante é a total entrega que um corpo - neste caso feminino, mas há nus masculinos surpreendentes - pode assumir, não para ser possuído...mas para ser pintado. Soberbo!
Olá Helena,
ResponderEliminarDe facto não sou dada nem a tabus nem a complexos. Neste caso, então, é uma parte do nosso corpo que merece respeito e consideração e não tabus ou complexos que é o que não falta por todo o lado.
E, como se vê, é também tema que inspira pintores, poetas. E de diversas maneiras...!
Concordo consigo, 'A origem do Mundo' de Courbet é uma obra extraordinária, a todos os títulos, tanto mais que não é obra de agora mas de um tempo tão cheio de tabus. Mesmo o nome dado ao quadro é extraordinário.
Um abraço, Helena, e bom fim de semana!
PS: Depois do cozido à portuguesa, espero que tenha mesmo arranjado um cantinho para o bife. Não sabia que ainda existia esse restaurante e que ainda se lá servem bifes. Uma tia minha morava mesmo em frente, num apartamento num último andar (sem elevador!) que tinha uma vista fantástica.