domingo, dezembro 16, 2012

A Leitora Fantástica descobriu: é Ovídio e a sua Arte de Amar (Ars Amatoria)


Está desvendado o mistério!



A autora de A Matéria dos Livros na sua fase de Leitora Fantástica


A Leitora Fantástica, autora d' A Matéria dos Livros que sempre visito, voltou a acertar. O autor dos poemas em itálico nos últimos textos que publiquei é, de facto, Ovídio e os excertos pertencem à obra Arte de Amar



Ovídio e a Ars Amatoria


Ovídio, poeta romano, nascido 43 anos antes de Cristo e que viveu 63 anos, escreveu Ars Amatoria sobre o qual transcrevo da Wikipedia:

A Arte de Amar ("Ars Amatoria", em latim) é uma série de três livros do poeta romano Ovídio.

Escrita em versos, tem como tema a arte da sedução. 

Os primeiros dois volumes da série, escritos entre 1 a.C. e 1 d.C., falam 'sobre conquistar os corações das mulheres' e 'como manter a amada', respectivamente. 

O terceiro livro, dirigido às mulheres e ensinando-as como atrair os homens, foi escrito depois. 

A publicação da Arte de Amar pode ter sido ao menos em parte responsável por Ovídio ter sido banido de Roma pelo imperador Augusto. A celebração do amor extraconjugal pode ter sido tomada como uma afronta intolerável a um regime que promovia os 'valores da família'. Para o leitor moderno, parte do interesse no poema está nos vívidos registos da vida quotidiana da Roma Antiga.


O livro, que recomendo, do qual extraí aqueles excertos é uma edição da Biblioteca Editores Independentes, com tradução, introdução e notas de Carlos Ascenso André e custa a módica quantia de 6€ - ou seja, o preço, neste caso, não pode ser considerado factor dissuasório.

Começa assim:


Se alguém das nossas gentes não conhece a arte de amar,
    leia este canto; e, depois de o ter lido, entregue-se com sabedoria ao amor.


e é assim que acaba (antes da conclusão):


E não permitas que a luz invada o quarto a toda a largura da janela;
   é melhor que no teu corpo muita coisa fique às escuras.


Parabéns, Leitora, e muito obrigada pelas suas leituras sempre tão atentas.

4 comentários:

  1. Obrigada pelo reconhecimento, mas o desafio não era muito difícil! Para quem soubesse da existência desta obra, as pistas eram claras.

    Os antigos já disseram quase tudo...

    Vou acompanhando a sua história triste, desta mulher que desfia as suas perdas. Mas não serão tristes todas as histórias sobre o tempo que passou? Não serão filhos da melancolia todos os balanços da vida? Não vêm tantas vezes responder àquela pergunta bíblica "Ubi sunt?" [os bens da vida]?

    Bom domingo e melhor segunda-feira!

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  2. Olá Mary,

    Está de volta! Que bom!

    Um abraço, Mary.

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  3. Olá Leitora,

    Fui deixando as pistas, claro. Mas só as quem as lesse e quem soubesse da obra, como diz, as perceberia. Foi o seu caso.

    Quanto aos balanços de vida, nem sempre se revestem de melancolia. Muitas vezes são muito favoráveis, muitos felizes, em que até as partes menos boas são suavizadas.

    Esta mulher, talvez porque está sozinha, olha para trás e pensa que viveu um permanente estado de ilusão e isso entristece-a. Percebo-a.

    Vamos ver como evolui.

    Um abraço, leitora, e uma bela semana para si!

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