sexta-feira, novembro 16, 2012

Os deputados da maioria chocaram, chocaram e, ao fim de muitos dias, e com algum aparato, apareceram a dar explicações frouxas e nós constatamos que, afinal, não nasceu nenhum pinto. A sobretaxa fica em 3.5% e aumentam a sobretaxa em mais 2.5% para quem ganha mais de 250.000€ por ano. O que é isto? Nada. Nada. Nada. Incompetência? Cobardia? Estupidez? Quem quiser que escolha. Vão arrasar o país. Isto no dia em que se soube que cerca de 1.500 criaturas nomeadas pelo Governo receberam o subsídio de férias numa altura em que o mesmo foi sonegado a todos os trabalhadores da Administração Pública. Iniquidade? Pouca vergonha? Desrespeito pelos portugueses? Quem quiser que escolha. Sobre o OE 2013, diz Nicolau Santos: Para o precipício! Em frente, marche!


A palavra a Nicolau Santos, hoje no Expresso online,


Nicolau Santos, keynesiano, graças a Deus



O aumento brutal de impostos contemplado no Orçamento do Estado para 2013 será o xeque-mate à esperança da recuperação da economia portuguesa por muitos anos.

Milhares de empresas serão lançadas na falência, o desemprego vai continuar a sua escalada, milhões de cidadãos deixarão de pagar ao fisco por falta de capacidade - e, contradição das contradições, a dívida externa será cada vez mais difícil de pagar e o défice orçamental continuará longissimo dos objetivos fixados.

Não acredita? Segundo dados da CMA DataVision, o risco de incumprimento da dívida nacional num horizonte de cinco anos continua a subir desde 19 de outubro e Portugal conserva o 5.º lugar no "clube" dos 10 países com mais alto risco de bancarrota.

A agência Bloomberg já coloca em causa a própria análise sobre a sustentabilidade da dívida portuguesa realizada pelo Fundo Monetário Internacional na 5ª revisão regular do plano de ajustamento.

O agravamento do contexto externo, com a entrada oficial em recessão da zona euro no terceiro trimestre deste ano, também não abre perspetivas optimistas. E os mercados da dívida sinalizam cada vez mais que a sua perspetiva sobre o futuro da economia portuguesa e do próprio ajustamento é tudo menos otimista.

Ninguém acredita que a recessão fique apenas em 1% no próximo ano, base no qual está construído o OE/2013. E do FMI às Nações Unidas, passando pela União Europeia, adensam-se as dúvidas e as críticas a um ajustamento em 2013 que virá em 80% do aumento dos impostos.

Mas perante tudo isto, o que faz o Governo e o ministro das Finanças em particular? Como o sargento que confia cegamente no que está a fazer, manda os soldados continuar a marchar, apesar de ser evidente o precipício no qual todos vão cair.

Devem-se manter todos os cortes na despesa e ir mais além, onde for possível. Mas, por favor, deixem a economia respirar! Não aumentem a carga fiscal sobre os contribuintes individuais e coletivos! 

O Orçamento do Estado para 2013 é, do ponto de vista fiscal, o precipício em que vão morrer milhões de contribuintes. Por isso, só há uma maneira de parar esta carnificina: é não aprovando o OE/2013. Porque depois da sua aprovação, não haverá recuo e a mortandade de empresas e contribuintes será uma realidade, que tornará o país por longos anos num cemitério da esperança de qualquer vida digna neste retângulo à beira-mar plantado.     


6 comentários:

  1. Desde que o "deles" esteja seguro, continue-se a matar o resto!
    receberem os subsídios, bem como toda a restante ostentação em todos os campos, não é pouca vergonha, é gozar descaradamente com o povo e mostrar quem manda. Porque essa é a verdade: mandam, continuam a mandar e ninguém que assim não quer pode fazer nada!
    De que valeram as manifestações, as greves, o que se escreve em jornais e afins o que se diz...?
    Não vale de nada. Continuam a avançar directamente para o fim, sem ninguém poder impedir? Quem manda? Mandam "eles"!

    Sinto-me revoltada, mas não quero tornar-me amarga.
    Um beijinho

    ResponderEliminar
  2. Assim que li a expressão xeque-mate , veio-me logo à ideia que o lugar desta gentalha é mesmo no xadrez.
    :)

    ResponderEliminar
  3. Isabel,

    Sente-se a sua revolta em cada palavra que diz. E é compreensível. Estamos a ser desgovernados, empobrecidos para nada, o país está cada vez pior. Revoltante. Gente sem princípios.

    Não sei como é que isto vai acabar. Mas tem que acabar!

    Um beijinho, Isabel.

    ResponderEliminar
  4. jrd,

    Boa ideia. No xadrez. Ao lado do Duarte Lima. Estão bem uns para os outros. Ou com o Vale e Azevedo.

    Um abraço, jrd!

    ResponderEliminar
  5. Olá,
    Estamos todos muito revoltados porque já quase perdemos o fio à meada com tantas taxas, sobretaxas, faz, desfaz, etc. É vergonhoso que estas criaturas (1.500) nomeadas pelo Governo tenham recebido subsídio de férias.
    Uns são filhos e outros enteados! Este Governo não tem moral nenhuma, esperemos que isto termine rápido, antes que alguém perca a cabeça...
    Um grande beijinho e vamos acreditar num mundo melhor!!!
    ME

    ResponderEliminar
  6. Olá Maria Eduardo,

    O que mais choca é a falta de moral e de ética. e é também pensar que é gente com poucas qualificações já que grande parte dos assessores que contrataram é pouco mais que gaiatagem. e, por outro lado, sub aproveitam as pessoas que estão nos ministérios com pouco que fazer. Faz-me muita impressão isto.

    Mas, enfim, adiante.

    Um beijinho, Maria Eduardo!

    ResponderEliminar