Breaking News
Passos Coelho: se for parar ao desemprego, duvido que o patrão da Sicasal o queira empregar. Para fazer o quê? Não sabe fazer nada. Só bolos. Mas na Sicasal é mais chouriços. |
No dia em que se sabe que, em Portugal, o risco de bancarrota sobe para mais de 42%, no dia em que a taxa de desemprego em Portugal sobe para 15,8% no terceiro trimestre, no dia em que se soube que a economia portuguesa acentua contracção no terceiro trimestre, etc, etc, olhamos para as imagens na televisão e vemos um País que começa a dar mostras de saturação.
A CGTP tem na sua estrutura mecanismos de segurança que impedem que, nas suas acções de rua, haja violência. Por esse motivo, a CGTP é um indispensável aliado dos governos pois canaliza o descontentamento dos trabalhadores para acções pacíficas, controladas e preparadas em conjunto com as forças policiais (e só um governo constituído por gente pouco informada é que não sabe isso e não trata com respeito esta forte organização sindical).
O pior é quando o descontentamento começa a saltar fora do controlo. Foi o que aconteceu hoje ao fim da tarde, mal acabou a manifestação organizada pela CGTP.
Em frente da escadaria da Assembleia da República, supostamente a casa dos representantes do Povo |
Tenha sido ou não despoletada por agentes à paisana como se ouviu referir, por provocadores' ou seja por quem for, é uma amostra do que começa a fermentar. Há uma raiva, uma raiva muito justificada, pois o pior que pode acontecer num país é deixar de haver esperança no futuro. Um País que expulsa os seus jovens, maltrata os mais velhos, retira a segurança e a confiança dos cidadãos no Estado, destrói a classe média e atira para a miséria grande parte da população, é um País infeliz, um país que gera revolta e violência.
Mas Passos Coelho não percebe isso. A sua capacidade de assimilação dos factos é muito limitada tal como se tem constatado. Por isso, se não é rapidamente demitido, é de temer o pior.
Quanto à capacidade de intervenção de Cavaco Silva, estamos conversados.
*
Uma palavra sobre a Greve Geral. A greve é um direito e penaliza quem a faz. Para trabalhadores com salários baixos, perder um dia de salário é uma perda importante. É preciso coragem e abnegação para abdicar dos seus rendimentos para protestar, tentando conseguir alguma melhoria nas suas condições ou tentando demonstrar o seu descontentamento.
Por isso é preciso respeitar quem a faz.
Dito isto, quero dizer-vos que não fiz greve. Sou um bocado purista e, como tal, entendo que a greve é uma manifestação de desagrado face à entidade patronal - numa greve tenta penalizar-se o patrão por não atender às necessidades e aspirações dos seus empregados. Ora eu não tenho razões para protestar contra o meu patrão. Já o mesmo não se aplicaria se o meu patrão fosse o Estado.
*
E, com isto, para já encerro o expediente e vou jantar. Mais logo, voltarei com outros temas (acho eu). Até já.
No meio de uma greve geral, o nosso homem em Belém aparece (de novo) para nos dizer – e sublinhar - que está a trabalhar. Outros, aqueles que fazem parte das estatísticas oficiais (porque o número real é maior) dos tais 16%de desempregados, não têm essa sorte, esse privilégio.
ResponderEliminarO nosso homem em Belém nunca foi capaz de dizer uma palavra de conforto para com aqueles, os desempregados.
Todavia, optou agora por vir dar lições de responsabilidade a quem, no seu direito constitucional, decidiu fazer greve.
A situação social começa, aos poucos, a “descambar” – não me refiro aos actos, isolados, de violência.
Mas, à impaciência política de muitos que são vítimas desta famigerada austeridade.
Um dia, ou cai o governo, ou temos sarilho a sério.
E Belém, nessa altura, irá assobiar para o lado?
Triste país este!
E, o que me dana, esta gente irresponsável, Passos, Gaspar, Relvas, Portas, Moedas, Borges, etc, uma vez expulsos do Poder, irão para os seus paraísos dourados, a rirem-se de nós todos.
P.Rufino
Olá P. Rufino,
ResponderEliminarÉ que eu nem percebo bem o sentido daquilo que o Cavaco anda a fazer e a dizer. Começo a ter sérias dúvidas sobre o que se está a passar com ele. Ou anda aí a tramar alguma e ainda nos surpreende ou, então, encostou às boxes. Parece que já não consegue dizer nada de muito coerente.
A que propósito veio aquilo hoje? Que estava a trabalhar hoje...? Mas então haveria de estar a fazer o quê? A fazer greve? O PR a fazer greve? Faz sentido? Não sei, não estou a perceber... Não apenas não fez sentido, como dito da forma que foi, soa desagradável.
Quanto aos outros, o Relvas vai trabalhar para alguma firma angolana ou brasileira, isso está mais que visto. O gaspar volta para Bruxelas, pago por nós, para andar lá a roçar o rabo pelos gabinetes, a ver se aprende a tabuada e a ver se aprende a fazer contas. Sobre o Borges prefiro não falar (acho que percebe porquê). Quanto ao Moedas e ao Passos, não lhes auguro grande futuro. Talvez o Passos fique em casa a fazer queijadas para vender nas pastelarias de Massamá e o outro, o Moedas, não sei, ainda não vi que ele tivesse jeito para alguma coisa.
Mas, agora voltando às coisas sérias: é preocupante isto. O ambiente da sociedade a degradar-se e o Governo incapaz de perceber e de mudar as políticas. E o Cavaco incapaz de agir. Estamos fritos (como dizia ontem o Leitor dbo, num esforço de contenção verbal).
Boa noite, P. Rufino! Espero que o seu filho tenha chegado bem e que estejam a matar saudades.
O Passos Coelho quis comparar a salsicha Portuguesa com a bratwurst da Dorothea.
ResponderEliminar:)
Talvez para na próxima visita lhe levar uma encomenda. Mas não posso alongar-me nesta resposta porque a língua portuguesa é traiçoeira e ainda me prega alguma partida.
ResponderEliminarUm smile também para si, :)