Estou aqui num terrível dilema. Sinto-me mal educada e mal agradecida por não responder pessoalmente a cada um dos comentários. Mas entre hoje e ontem, aqui no Um Jeito Manso, juntaram-se dezasseis comentários a que ainda não respondi e, se começasse por lhes responder, como faço habitualmente, da maneira como estou não chegava aqui, ou seja, não escrevia nada.
Vocês podem não acreditar mas estou mesmo 'afanada'. Não sei se é da gripe (presumo que seja gripe porque ontem estava com febre e espirrava constantemente, com um pingo permanente, e hoje doem-me os músculos da barriga, deve ser de tanto ter espirrado, estou com o nariz tapado, dói-me a garganta e sinto-me um bocado combalida) ou se é do Ben-u-Ron. E podem rir-se porque ben-u-ron é coisa de criança, eu sei, mas a mim, como tomo tão pouca coisa, até os ben-u-rons me põem KO (mas a dose que estou a tomar não é de criança, é 1000 mg, atenção...!). Dá-me uma soneira tremenda, pesada, só me apetece ir para a cama. Isto das constipações ou gripes ou lá o que isto seja é uma porcaria de doença, não vale nada, eu também sei, mas, quando ataca, deita-nos um bocado abaixo. Em tempos a medicina de trabalho fazia uma circular para quem quisesse ir levar a vacina da gripe e eu levava. Agora já não existe isso e deixei de a levar. Mas, como raramente me constipava, achava que a vacina não fazia falta - e, se calhar, faz.
Ainda por cima, no meio desta gripe, ando cheia, cheia de trabalho e com mil outras coisas para fazer. Há alturas em que parece que se junta tudo.
Eu com vontade de estar calada, sossegada, encolhida, embrulhada numa manta, e a ter que estar em reuniões, a ter que despachar coisas que não acabam e telefonemas e mais telefonemas e compras para fazer e sei lá que mais e, em vez da mantinha agasalhante, não mais que uma fina écharpe em volta do pescoço. Que coisa.
Mas, pronto, não interessa, não vou estar aqui a maçar-vos com uma coisa destas. Mas o que queria dizer a todos os que deixaram um recadinho ou uma opinião nos comentários é que, se conseguir chegar acordada ao fim do texto, ainda vou tentar responder. Caso contrário, por favor, desculpem-me. Mas saibam que os li todos e que, como sempre, me sinto enternecida por receber a simpatia das vossas palavras.
*
No entanto, não posso deixar em branco o OE 2013 e a atitude de Vítor Gaspar ao longo deste processo.
Vítor Gaspar, o que, até agora, ainda não acertou uma, uma que seja Alguém me diz: teremos que aturar isto? |
O sujeito aplicou uma receita em 2011, quando tomaram posse, e depois reincidiu em força em 2012. Ao longo deste período foi apresentando orçamentos rectificativos que foram revelando que, uma a uma, todas as metas que se propunha atingir falhavam. De cada vez, aparecia-nos perplexo, mostrando estranheza nos maus resultados, confessando que não percebia porque subia o desemprego, porque não baixava o défice, porque faliam tantas empresas. Não percebia. E, não percebendo, nunca lhe ocorreu que a receita estivesse errada.
Era como se, estando eu com febre, a espirrar, com pingo e dores de garganta, tivesse o infortúnio de me aparecer pela frente um médico tresloucado que, com ar sapiente, me dissesse que eu deveria cortar o nariz, cortar a garganta e enfiar-me dia e noite dentro de uma banheira cheia de cubos de gelo. E, quando me visse, sem nariz e de goela aberta, roxa e congelada, meia morta, se mostrasse espantado, dizendo, com ar lunático, que não era previsível que isso me tivesse acontecido.
E agora, para 2013, evidenciando que o seu problema é bem mais grave do que parece, carrega na dose, carrega para além do que é humanamente razoável.
E aparece-nos a dizer que não há margem de manobra, que é aquilo ou o desastre.
E, quando lhe perguntam coisas concretas, finge que está a usar linguagem técnica para se enfiar num discurso vazio, com palavras metidas a eito, sem nexo, parvoíces que de técnico não têm nada. Pergunto-me se ninguém lhe dirá na cara que entre isto e o desastre, é preferível o desastre?
Hoje um grupo de pessoas (pessoas civilizadas, gente séria e competente) comentava a actuação dele e todos diziam que o que ele estava a precisar era de um par de estalos. Nem mais: de um par de estalos. É que tanta parvoíce não se consegue aturar.
O arrazoado que lhe ouvi quando ontem vinha no carro, cheia de febre e a pensar que era eu que estava a delirar (quando era miúda, tinha anginas uma vez por ano e, tamanho era o febrão, que tinha delírios terríveis, gritava, assustada, não dizia coisa com coisa, ainda me lembro disso), quando lhe perguntaram sobre o engano assumido pelo FMI, foi de gargalhada.
O Gaspar-não-acerta-uma seria de gargalhada em qualquer lugar a sério Mas aqui, neste Governo de gargalhada, é ele quem manda e desmanda, e ainda goza como um perdido |
O Manuel Marques, que o imita fantasticamente, não conseguiria ter um discurso tão delirante, tão estúpido. O palavreado a fingir que era técnico, que coisa mais ridícula. Aquele homem numa empresa a sério seria trucidado - e muito justamente -, tamanhos e tão inconcebíveis são os disparates que diz e faz.
Salvo a respectiva distância, faz-me lembrar aquelas criaturas psicopatas que constroem todo um discurso assente numa realidade paralela, virtual, que acham que têm uma missão a cumprir. Um belo dia entram por uma escola ou por um parque e desatam a matar toda a gente, com frieza, talvez até com um esboço de sorriso no canto da boca. Quando, depois, entrevistam a vizinhança, toda a gente se mostra espantada, os assassinos são sempre gente afável, inteligente, sorriem, são simpáticos, levam uma vida normal.
Hoje ainda apanhei na TSF um bocado da entrevista de Carlos Vaz Marques a Clara Sanchéz. Um dos seus livros, 'Os Monstros também Amam', fala de um casal de nazis que parecia um simples casal de velhinhos simpáticos, amorosos.
Houve uma altura em que li vários livros sobre o nazismo e uma das coisas que mais me impressionava (e impressiona) era a natureza humana dos nazis. Depois de darem as mais tenebrosas ordens, depois de verem as pessoas feitas indignos esqueletos, depois de os mandar humilhar e matar, chegavam a casa, davam um beijinho na mulher e nas crianças, faziam umas festas no cão, sentavam-se a ouvir as meninas a tocarem piano, maridos e pais extremosos. Não se sentiam frios criminosos, sanguinários assassinos: não, sentiam que estavam a cumprir uma missão, que dizimar todas aquelas pessoas era apenas um dever que tinham que cumprir, que aquilo tinha que ser feito, que não havia margem para fazer outra coisa.
E, também nessa altura, muita, muita gente fingia não ver - muita gente que, com o seu silêncio, foi cúmplice de um bando de gente demente.
Mas, felizmente, por cá, os silenciosos são quase só alguns dos que se sentam nas bancadas do PSD.
Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Silva Lopes e outros vieram de novo a terreiro gritar bem alto que este orçamento é inexequível, que este orçamento dizima a economia, que este orçamento extingue a classe média e que, quando isso acontece, o dinheiro deixa de circular e que, quando o dinheiro deixa de circular, tudo pára. E Bagão Félix repetiu na TVI o que já tinha dito de manhã (e que eu aqui também já disse várias vezes): que a única receita possível para salvar o País passa, entre outras coisas, justamente, por reduzir impostos.
Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Silva Lopes e outros vieram de novo a terreiro gritar bem alto que este orçamento é inexequível, que este orçamento dizima a economia, que este orçamento extingue a classe média e que, quando isso acontece, o dinheiro deixa de circular e que, quando o dinheiro deixa de circular, tudo pára. E Bagão Félix repetiu na TVI o que já tinha dito de manhã (e que eu aqui também já disse várias vezes): que a única receita possível para salvar o País passa, entre outras coisas, justamente, por reduzir impostos.
Adriano Moreira - uma voz sábia e digna |
E Adriano Moreira veio dizer que em toda a sua longa vida nunca assistiu a um ataque destes e acrescentou que já se tinha atingido o ponto da fadiga fiscal, o ponto a partir do qual qualquer aumento se traduz em menos receita fiscal e o ponto a partir do qual a malha social se desfaz - pelo que novo aumento fiscal é impossível.
Entretanto, continuam a vir a público os relatórios do FMI que apontam para os riscos dos ajustamentos rápidos, feitos sem se apostar no crescimento económico, e que têm por base a desvalorização interna. Ou seja, alertam para o disparate que é tudo, tal e qual, o que se está fazer em Portugal.
No meio disto continuamos a assistir a palhaçadas atrás de palhaçadas.
O sujeito acha-se e a verdade é que chegou onde está porque votaram nele (parece impossível mas é verdade) |
A primeira foi o Relvas ter ido ao Parlamento com o Gaspar falar com os deputados. Não sei se foi com todos ou apenas com os da maioria. O que sei é que vi o Relvas com aquele ar velhaco (um Leitor usou esta expressão uma vez e acho que é a expressão certa), dizendo ladinices, tentando desfazer o 'mau astral' que tinha baixado na AR com as palavras do Gaspar ao desvalorizar a intervenção dos deputados. E, então, gente credível como aquela dupla, o Gaspar-não-acerta-uma e o Vai-estudar-ó-Relvas, saem de lá a dizer que afinal há margem, os deputados que encontrem lá uns trocos para ver se conseguem calibrar os impostos. Ridículo. Mau demais. Quase fico ainda mais doente só de ouvir coisas destas ditas por aquele sujeito.
E os das Distritais do PSD, gente esperta, certamente, ouvem as explicações e as calibrações do Gaspar e vêm dizer que agora perceberam, se é isto, então está bem. Incompetentes. Cúmplices dos crimes que o Gaspar tem vindo a perpretar.
Deve fazer parte da estratégia de comunicação poupar o Passos Coelho. Por estes últimos dias de desvario não o tenho visto.
Presumo que deve ser mais um que não deve estar a perceber bem o que se anda a passar. Também não admira, a inteligência é a que se lhe conhece e, além disso, também já desaderiu da realidade há muito tempo.
E o CDS no meio disto? Pois... Do que sabe, falam bem e vê-se que estão a caminho de se fazerem uns homenzinhos o Adolfo Mesquita Nunes e o João Almeida. De resto, o que se ouve são palavras ocas. Paulo Portas deve andar a avaliar o que lhe é mais conveniente, deve encenar, fingir, empolar, e ora deve fazer de polícia bom, ora de polícia mau, mas, de resto, do que se sabe, mantém-se igual a si próprio. Faz de conta que é o que não é e preocupa-se, essencialmente, com a imagem e com a forma como a há-de disfarçar junto da opinião pública através de malabarismos com as palavras.
Quem, no CDS, se tem portado bem é aquele que já, em tempos, aqui me mereceu um elogio.
Quem, no CDS, se tem portado bem é aquele que já, em tempos, aqui me mereceu um elogio.
José Manuel Rodrigues, vice-presidente do CDS, um homem de convicções, um homem frontal e, não menos importante, um homem com muita pinta, diria mesmo: um belo homem |
José Manuel Rodrigues, vice-presidente do CDS, é um homem de peito feito, de convicções.
Poderia transcrever várias das suas afirmações mas vou transcrever apenas uma porque este texto já vai longo, longo.
«Este Orçamento, se for aplicado, terá consequências gravíssimas na economia portuguesa, com o consequente aumento do desemprego e é, portanto, discordando deste Orçamento que o CDS-Madeira entende que CDS nacional não pode aprovar este Orçamento e, no limite, deve chumbar este Orçamento na Assembleia da República, tirando daí, sem medos, todas as consequências politicas dessa sua decisão»
Mas, se quiserem ler mais, vejam, por exemplo, aqui.
Mais valia que Paulo Portas pedisse emprego ao Viegas - aquele que foi contratado para acabar de vez com a Cultura - para ir representar para o Teatro D. Maria II e deixasse o lugar de líder do CDS para José Manuel Rodrigues. É que é chegada a hora de gente inteira, com coluna vertebral, gente capaz de olhar nos olhos aqueles a quem foram feitas promessas, gente com coerência, com amor ao País.
Chega de artistas, de farsantes, de aprendizes, de imbecis, de gananciosos, de gente sem escrúpulos, de gente sem ética, sem cultura, sem experiência, sem inteligência. Chega.
Chega de artistas, de farsantes, de aprendizes, de imbecis, de gananciosos, de gente sem escrúpulos, de gente sem ética, sem cultura, sem experiência, sem inteligência. Chega.
*
E, pronto, já não consigo escrever mais porque já passa da 1:30 da manhã e eu estou feita num oito. Já não consigo ir responder aos comentários. Sinto-me tão mal com isso. A ver se amanhã não tenho tanto para dizer para ver se consigo responder-vos, meus Queridos Leitores. Não levem a mal, é que já não consigo mesmo. Nem vou conseguir passar os olhos pelo que escrevi - relevem, por favor, gralhas de qualquer espécie, está bem?
*
Apesar do meu estado - e só tenho amanhã para me pôr boa porque na quinta feira entro em 'digressão' (e, durante uns diazitos, sou bem capaz de ter que estar longe de vocês) - já estive no meu outro blogue, o Ginjal e Lisboa. Hoje as minhas palavras, em vertigem, atiraram-se da Boca do Vento e caíram num poço tal como as do poema de José Bento. A música é ainda de Franz Biber.
Gostaria de também vos ter por lá (mas, se calhar, já estou a abusar).
Gostaria de também vos ter por lá (mas, se calhar, já estou a abusar).
*
Finalmente: tenham, meus Caros Leitores, um belo dia. Saúde, felicidade e energia para lutar é o que vos desejo!
Diagnóstico da maleite: Gasparite Aguda!
ResponderEliminar:)))
E não faz mal que não 'responda' individualmente, uma colectiva assim, vale por muito! :)
Aquela écharpe (?) parece a rodilha palestina...
as melhoras!
Olá jeitinho,
ResponderEliminaré só para lhe desejar as melhoras.
Beijinho Ana
Que grande poste no sentido lato da palavra. Li-o sem receio de ser contagiado pela sua gripe e mesmo que fosse teria valido a pena.
ResponderEliminarBoas melhoras
:)
Caro UJM,
ResponderEliminarVenho ao seu blog de vez em quando, gosto do que leio e como expõe o que pensa de forma clara e sucinta e, principalmente, sem papas na língua.
O que está a acontecer neste pais, na nossa pátria, é triste, vergonhoso e, principalmente, perigoso.
Isto é muito mais do que a incompetência de um governo, isto é o pronúncio de morte do nosso sistema político. Em trinta anos, veja-se bem, trinta anos, o FMI visitou-nos 3 vezes, e já se fala num segundo resgate. Por incrível que pareça, enquanto povo, não aprendemos absolutamente nada com o nosso passado. As 2 repúblicas (sim duas) e um regime totalitário de quase 40 anos, não serviram a absolutamente para nada. Os políticos continuam embrulhados nas suas quezílias partidárias, completamente alheados da realidade nacional. Esta “terceira” republica é o descalabro. Os sinais estão aí para quem os quiser ver e ouvir. Em todas as eleições o vencedor é sempre o mesmo, e não me estou a referir ao PSD, PS, PCP, CDS e outros…. A Abstenção atinge sempre valores vencedores, tendo nalguns casos a maioria absoluta.
A corrupção a falta de valores morais, de ética e profissionalismo são dramáticos. Nós chegamos onde chegámos pela pura incapacidade dos nossos governantes dos últimos 30 anos. As condições macroeconómicas, nos últimos 20 anos, para um desenvolvimento económico sustentável nunca foram tão favoráveis e mesmo assim conseguimos desperdiçar.
Este país é governado por políticos de fachada, incultos impreparados que subiram na hirarquia partidária, e por um conjunto de consultoras (os meninos dos modelos) pagos a peso de ouro. Só para terem uma ideia…… qualquer quadro média dessas consultoras (Mackenzies, BCG, PWC , Roland Berger, AT kearny etc…) ganha entre 100 a 150 mil euros ano….
Não acreditam, viram o “Prós e Contras” de segunda-feira? Quem estava à esquerda do Sr. Deputado do Governo? Quem era o único a defender o OE? Há pois é…..consultora….
Ou seja, ninguém sabe o que anda a fazer.
Como já foi referido inúmeras vezes, falta uma visão estratégica para o País. A prioridade tem de ser de pôr o pais a crescer. Bolas, isto está nos livros…. Contenção de custos, tem de haver sempre, mas centremo-nos nos investimentos produtivos. Nós sabemos fazer, então vamos criar condições para que quem sabe venha para Portugal.
O orçamento não é uma politica, mas um instrumento de uma estratégia…..
Que este governo já não serve, já não tenho dúvidas, no entanto, não estou seguro que o próximo que vier seja diferente…. Se for, isso sim, seria uma excepção à nossa história e talvez a ultima oportunidade desta nossa 3ª república.
As melhoras! (Não se deixe contagiar pelas infecções "impostas"! Ataque os ben-u-rons.)
ResponderEliminarUm beijinho
Amiga:
ResponderEliminarIsso não será alergia ao Gaspar?
Está melhorsinha? Espero que sim.
Abraço grande e desejo de melhoras.
Mary
Como vai amiga?
ResponderEliminarEspero que bem melhor porque faz muita falta em muitos lados.
Também nunca levo a vacina porque o meu marido, que teima em levá-la, fica sempre engripado depois de a tomar, o que parece que é natural. Por acaso apanhou-a há 8 dias e pela primeira vez não teve qualquer reação. Não sei se é da vacina ou dele que já não reage depois de todos os dias ficar tontinho com tudo o que se passa no nosso país.
Não é para menos. Já viu os jornais de hoje que dizem que a Segurança Social só tem dinheiro para 7 anos de reformas?
Temos de mudar isto nem que seja à moda antiga. Eles estão grudados nas cadeiras e ninguém os tira de lá.
E não veem, não ouvem, estão autistas face à verdade e acham que estão a fazer muito bem.
Como é que se vai dar conta disto?
Grande beijinho e rápidas melhoras
Teresa
Olá Margarida,
ResponderEliminarJá aproveitei a sua ideia da resposta colectiva e agradeci assim no post abaixo e a alguns comentários do post relativo aos filmes. Do mal o menos.
Logo que li o seu mail fartei-me de rir. Olhe que chamar rodilha palestina a uma écharpe (ou lá o que seja) Armani é quase uma blasfémia...
Eu não sou nada dada a marcas ou vaidosices mas tenho uma coisa com os fatos Armani. Há uns quatro ou cinco anos o meu marido aventurou-se a oferecer-me um presente da lavra integral dele. Foi com a minha filha como adviser e, pelos meus anos, apareceu-me com um caso espectacular, uma caixa enorme, e de lá de dentro sai um maravilhoso fato de calça e casaco Armani. eu nem queria acreditar. à minha volta estavam os meus filhos até assustados não fosse eu ter alguma reacção que estragasse a surpresa que o meu marido me tinha querido fazer. O meu filho dizia, 'Ai, ai... a mãe a esta hora deve estar a pensar ... mas quanto é que isto custou?... ai, ai.... prepara-te pai...'. Mas não. Nem piei. Estava tão estupefacta com aquele presente inesperado, e tão lindo. Cai que é uma maravilha, um tecido, um corte, uma coisa... E ainda está como novo, intemporal.
Mas tem razão, esta é parecida com aquelas palestinas. Tenho uma, comprei-a em Paris há montes de anos, ainda não havia cá. E eu gostava. Nem sei que é feito dela.
Um beijinho, Margarida e olhe, não sei se é mau sinal para o Gaspar, porque parece que já estou a vencer a dita gasparite...
Olá Ana,
ResponderEliminarMuito obrigada. Respondo aqui àquilo da menina ali em cima de que não gostou muito.
Eu gosto de coisas que não são muito óbvias, em que fica alguma dúvida no ar. Aquela menina não se percebe bem qual é a dela, se é marota, se é mazinha, se caíu e está com dói-dói, se é uma inocente, se está desconfiada... Ou seja, pode ser qualquer coisa. E eu acho que isso se aplica aqui bem. Uns dias estou danada para a brincadeira, outras vezes estou varada de fúria, outras estou zen, etc. E queria que os tons do blogue puxassem às cores de Outubro, cores de vinho, cores quentes, fortes.
Mas fica já registada a reclamação. Para a próxima vez que mudar vou ver se desencanto uma imagem mais 'normal'.
Um beijinho, Ana!
Olá jrd,
ResponderEliminarMuito obrigada. A gripe está quase boa. Às tantas era só uma constipação. Mas folgo saber que não ficou contagiado que isto, nesta altura de susto, o que menos faz falta é andarmos também doentes.
Obrigada, jrd!
Caro Anónimo,
ResponderEliminarEm primeiro lugar um esclarecimento: não sei se foi lapso de escrita ou se pensa mesmo que o autor de UJM é homem. Não senhor, sou uma mulher.
Depois o que escreveu. Subscrevo completamente.
Ao ler o que escreveu quase me parece uma pessoa que conheço muito bem, com quem trabalhei durante uns bons anos e por quem tenho grande admiração. Uma pessoa que, quando entrava numa sala e via a mesa cheia de miudagem dos ditos consultores, dizia baixinho, com ar de gozo, que se tinha esquecido de trazer os rebuçados.
Quem ganha o que diz, e é verdade, são os partners, os que se resguardam para os contactos e que ficam nos gabinetes. Depois, para o terreno, avança a miudagem, geralmente jovens formatados, que trabalham horas a fio e que, agora, já não ganham assim tão bem.
Mas dada a debilidade (intelectual, académica, etc) de grande parte dos dirigentes (na administração pública, nas empresas, para além, claro, do governo), quem manda e desmanda são os consultores.
E as teorias que vão difundido são as que estão na moda, as que convêm, o que calha. Sou muito céptica em relação ao valor acrescentado efectivo da maior parte da consultoria que se pratica no País.
Se não fosse quase 1 da manhã e não quisesse tentar ainda escrever qualquer coisa hoje gostava de falar mais sobre o seu interessante texto. Mas vá parecendo e falando. Gostei.
E se, por um acaso extraordinário, for mesmo o senhor que se esquecia dos rebuçados, diga que eu ia gostar de saber.
Obrigada!
Caro (a) UJM,
EliminarEstava a referir-me ao Genero do nome do blog e não à sua, muito apreciada, Autora. Em qualquer dos casos, não que isso tenha muito inferesse, digo eu. Eu gosto do que escreve, de como escreve e, principalmente, das opiniões, sem medo, sem meias palavras que expõe.
Penso que poderia ser um pouco mais ambiciosa...... ou então lanço-lhe eu um desafio..... já pensou em lançar um movimento civíco
Olá Leitora de A Matéria dos Livros!
ResponderEliminarJá estou melhor, obrigada. Os ben-u-rons são mesmo um medicamento milagroso. Será que também combatem os impostos? Mas como? Será que se os tomar em doses homeopáticas ganho poderes de im(p)unidade...?
Um beijinho, Leitora e obrigada!
Olá Mary!
ResponderEliminarObrigada. melhorei substancialmente. A minha filha hoje estava muito admirada, 'Oh mãe, tu que não és nada de te queixares e de falares de doenças, puseste-te para ali a queixares-te, nem parecia teu'. Pois foi, a porcaria da constipação deixou-me abananada.
Mas hoje já estou melhor. Agora tenho a pele do nariz a cair de tanto que me assoei. Mas isso é pormenor.
Já estou a vencer a batalha contra a alergia ao Gaspar, é o que é.
Obrigada, Mary, e um beijinho!
Olá Teresa-Teté,
ResponderEliminarMuito obrigada. Às tantas como tenho andado muito resguardada pois durante 2 meses não fiz as minhas caminhadas diárias (e agora ainda não as faço sempre, e, quando faço, é menos tempo) perdi algumas defesas. Não sei. Mas foi só no domingo à noite, na 2ª, na 3ª e hoje sinto que já estou no rescaldo. Menos mal.
Quanto às pensões, já é 1 da manhã e ainda estou nos comentários mas a ver se encontro energia para escrever um pouco sobre isso.
Isto de um país se entregar nas mãos de um bando de incompetentes é uma tragédia.
Um beijinho, Teresa-Teté!
Olá jeitinho,
ResponderEliminarjá me fez rir, não é reclamação é gosto pessoal, e gostos não se descutem, nem os meus nem os da jeitinho. Só achei a menina agressiva, má não sei, desconfortavel,talvez.
Mas as cores Adorei!!!
Beijinho Ana
Ana, olá,
ResponderEliminarAgora ri-me eu com o que escreveu.
(Então e não acha que se o Passos Coelho ou o Paulo Portas lerem o que eu escrevo também não vão achar que eu sou uma menina agressiva, desconfortável...?)
Um beijinho, Ana, e reclame sempre que eu gosto de tudo, saudações e reclamações - a sério!
Olá jeitinho,
ResponderEliminarEsses "cromos" deviam era aprender com o que escreve e nunca reclamar.
Beijinho Ana
sim...é uma excelente ideia...criar um movimento civico.eu reouve a ideia e ainda bem que a li...
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