In heaven tudo sabe melhor e, depois de uma árdua manhã de limpezas, varreduras e outros afazeres, tempo de ir para a cozinha, local de todas as alquimias.
Janela da cozinha |
Num tabuleiro de ir ao forno, faz-se uma cama de cebola cortada grosseiramente, um ou dois tomates, batata doce de preferência das amareladas/encarniçadas por dentro e batatas normais, em ambos os casos cortadas às rodelas grossas. Juntam-se umas folhas de louro, de preferência louro fresco.
Loureiro iluminado pelo sol da tarde |
Em cima colocam-se peitos de franco altos, abertos ao meio, e dentro dos quais coloquei farinheira e fatias de maçã (usei farinheira do Fundão e maçã Royal Gala mas quaisquer outras serviriam desde que fossem boas ). Temperei por cima com flor de sal e reguei com azeite virgem. Por cima coloquei mais rodelas de maçã e ramos frescos de alecrim (não os tendo, poder-se-á substituir por outra coisa qualquer que seja cheirosa e boa como salsa ou coentros - mas, podendo, recomendo o alecrim).
Alecrim florido e reluzente - vai para o tabuleiro assim mesmo, com florzinhas |
Antes tinha aquecido o forno a 250º mas, quando coloquei o tabuleiro, baixei para 180º. Ficou no forno cerca de uma hora, creio (vou espreitando, para ver quando é que está dourado).
Embora pudesse ter dispensado outro acompanhamento, ainda fiz um arroz: o dobro da água face à quantidade de arroz à qual juntei um pouco do molho que se formou no tabuleiro do forno, temperei com flor de sal e com meia maçã cortada aos cubinhos. Quando estava quase sem caldo à vista, tirei-o do fogão e levei-o a secar ao forno.
Acompanhámos com vinho tinto da região de Palmela.
Não posso juntar a fotografia do produto final porque já o comemos.
Huuummm.... Pela receita parecem-me apetitosos com os acompanhamentos e tudo. Tudo a preceito. A 'batata normal' antigamente dizia-se 'batata do reino' ou 'batata inglesa', não é? O vinhito da região de Palmela produto não despiciendo, não!
ResponderEliminarDisse no Ginjal que passaria por lá ou por aqui ainda no fim de semana. Bom, agora, pela hora, já é segunda-feira...
Beijos
Olinda
Olá Olinda,
ResponderEliminarEstava bom o petisco, estava (pelo menos foi apreciado), e as batatas levemente crocantes, douradas. E tudo com um ligeiro cheirinho a fumeiro que a farinheira dá.
E o tinto, levemente encorpado e perfumado, fez mesmo uma boa companhia.
Gosto de cozinhar e improvisar...
Obrigada pela visita, Olinda, chegou foi tarde... já não havia nada, o «franguinho já tinha 'marchado' todo.
Boa semana! Um beijinho, Olinda.
Cara UJM
ResponderEliminarObrigada pela gostosa receita e pelo acompanhamento musical… deveras sugestivo.
Para além da escrita também se dedica às alquimias! Como são completas as descendentes de Eva ..
No meu caso, mais do que qualquer espaço da casa a cozinha pertence-me é o meu domínio e é lá que tudo e todos vão desaguar e que tudo se mistura como num autêntico dispensatório (não sei se a palavra existe) leio jornais, revistas, escrevo as minhas notas à medida que me visitam a memória e a imaginação e cozinho. E cozinho com muito prazer … porque acredito que a felicidade também vem da comida. E para mim a grande cozinha é a cozinha de casa a que se faz com prazer e imaginação a que requer amor acompanhada da família e dos amigos. Como saboreei o seu prato, peitos de frango….
Gostaria que provasse o meu arroz de lampreia regado com um Douro (superior) da quinta da Canameira.
Leanor pela verdura
Querida Jeitinho:
ResponderEliminarSou pouco comilona, mas fiquei cheia de fome. Vou experimentar a receita, um dia destes.
Estou morta de sono e acho que vou tentar dormir uma sesta, coisa que nunca faço.
Beijinho
Maria
Olá Leonor pela Verdura, Dispenseira-Mor,
ResponderEliminarEntão também é feiticeira das culinárias, temperozinhos inventados na hora, e pequenos twists dados à receita mesmo que quase involuntariamente...!
Os meus filhos às vezes quase imploravam 'mãe, por favor, hoje nada de invenções, um arroz branco, do mais simples que há e um bife frito, simples, simples, pleeeeease...' e eu tinha pena e esforçava-me mas, à última hora, sem querer, distraía-me e lá fazia uma pequena mudança que os deixava doidos...
Arroz de lampreia, sabe?, nunca provei. Toda a gente me diz que é uma coisa de sabor ambíguo, não sei, nunca me deu para experimentar... Será mesmo assim tão bom? Dito por si, dessa forma, deve ser, fiquei curiosa.
Doura da Quinta da Canameira também nunca provei, nunca tinha ouvido falar. É ignorância a mais da minha parte, não?
Tenho que tentar colmatar estas falhas...
Um abraço, Leonor.
Mary,
ResponderEliminarEsta receita é fácil, económica, rápida e sai sempre bem. Experimente que vai ver que vai gostar.
Mas fiquei foi a pensar nisso de lhe ter dado sono sem ser habitual. Será alguma gripezita? Tenha cuidado, abife-se e abafe-se. Veja lá que acho que há para aí gripes terríveis. Dê notícias.
Um beijinho, Mary.
Digito aqui do Brasil. Também gosto de culinária. Queria saber o que vem a ser farinheira. Aqui seria um potinho para se guardar farinha,mas pelo jeito quer dizer algo que se come. Seria farinha de mandioca torrada?
ResponderEliminarAbraços,
Sônia
Olá Sonia vinda do Brasil,
ResponderEliminarFarinheira é um enchido muito saboroso, macio.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Farinheira (descrição)
http://2.bp.blogspot.com/-NPzrP5j2jxs/TxMc9_00-II/AAAAAAAAANo/4fop4TwhMZk/s1600/farinheira1.jpg (fotografia)
Dentro da pele, é uma pasta.
Pode comer-se cozida, grelhada, frita, ou tirando a pasta de dentro da pele misturada com ovos fritos.
Eu também a tirei da pele e usei a pasta para rechear as metades de peito de frango juntamente com tiras de maçã. Fica óptimo.
Espero que consiga encontrar aí no Brasil.
Bom apetite, Sónia.