sexta-feira, setembro 23, 2011

Bento Red Shoes: os alemães estão doidos, os fotógrafos não o largam. Uma verdadeira pop star.


Estão a fazer sensação. Os media andam doidos. Toda a gente quer ver. Juro. Não são Louboutins: são ainda melhores. Os outros só têm a sola encarnada e estes são todos, todinhos.


Dá para acreditar? Não são lindos? Onde arranjará ele sapatos tão fashion? Os alemães andam passados com isto. Acho que vai virar moda, mesmo. Nem sei se não tente arranjar já uns para o sector masculino da minha família. Iam adorar, oh oh.


Acham que é conversa minha? Que isto são manipulações que a esta hora da noite me deu para fazer? Então vejam lá.



Sob o signo da celeuma e sob muitos protestos (ah, a mancha larvar e sórdida da pedofilia), Ratzinger foi à Alemanha para apelar ao perdão, para lembrar as virtudes da religião e, como todo o filho que volta ao seu torrão natal, fez questão de mostrar que progrediu na vida e caprichou na toilette, nomeadamente nos sapatos.

Mas eu que sou opiniosa, e que dou opiniões a torto e a direito, daqui envio o meu conselho a Bento XVI: não quererá usar algo mais discreto, uns sapatinhos brancos apenas com um apontamento encarnado? Por exemplo, este modelito:


Estes nem são muito altos, são fresquinhos, parecem-me muito apropriados. Não são mais apropriados? Ou será que o Bento Red Shoes vai achar muito desmaiados, muito sem gracinha nenhuma?


PS: E do rouge sigam para o bleu. Desçam, por favor, ali está-se bem.

[Hoje estava com a ideia de vos falar do crash das bolsas (por cá, o afundanço foi da ordem dos 5%, uma desgraça, uma ruína), do abanão que todo o sistema financeiro está a sofrer cá e por todo o lado, das medidas americanas a fazerem uma corrente de ar danado por todo o mundo, do desequilíbrio tectónico a que estamos a assistir com as placas financeiras a (des)ajeitarem-se, com as assimetrias sociais a acentuarem-se, os ricos na América a verem a sua riqueza a crescer a dois dígitos enquanto les autres cada vez mais pobres, a recessão a avançar, com a Europa a parecer desintegrar-se, todos reféns uns dos outros, uma união de faz de conta, da criancice que é esta governação (cá, na Europa, por todo o lado) - mas olhem, cheguei tarde a casa, e, ao pôr-me agora aqui a escrever, não me puxou para as coisas desagradáveis. Se os meus amigos não gostam dos meus nonsenses (... mas isto dos sapatinhos encarnados do Papa estarem a fazer uma sensação é mesmo verdade, ouviram?) não me levem a mal mas, sabem, tem dias que só me apetece rir disto tudo e fazer de conta que temos razão para estarmos na boa. Sou uma alienada, é o que é.]

[E agora, que já estava a acabar, lembrei-me de outra coisa do além que vi nas notícias: então não é que, numa morgue nova na Turquia, vão instalar uns sensores electrónicos para que, quando os mortos acordarem, toque um alarme? E puseram uns fechos fáceis de abrir por dentro, para quando os mortos quiserem sair, não darem com uma porta que só abre do lado de fora - e ouçam: acham que estou a passar-me? que isto é invenção minha? Não: é verdade mesmo. O que significa que hoje, sem estes sensores e sem estas portas de abertura fácil, os mortos quando acordam não conseguem sair, nem ninguém dá por eles e não lhes resta outra solução senão morrer de vez. Triste. Espero bem que por cá adoptem esta tecnologia. Ai, minha vida...]


E não vos empato mais, vão lá então mergulhar no azul, it's Chanel time.

8 comentários:

  1. Ah-ham..., os sapatos encarnados fazem parte do guarda-roupa papal.
    Estes são Prada (não brinco), e Bento XVI gosta especialmente deles (continuo sem brincar).
    Assim, decidiu adoptar o seu uso, que João Paulo II havia descartado, optando pelo alvo calcar.
    Mas, como as cores dos bispos e cardeais, é do protocolo e etiqueta do Vaticano.
    E Prada é uma casa italiana.
    :)

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  2. Imaginei que sim mas imaginava que fosse algo mais discreto, para passar mais despercebido.

    As coisas que a Margarida sabe...

    Prada? os sapatos do Papa Bento XVI são Prada? Estou perplexa. Não fazia ideia, que coisa espantosa.

    Nunca tinha reparado neste pormenor e provavelmente porque João Paulo II usava-os branquinhos, discretos.

    Mas pronto, entre etiqueta, protocolo e gosto, há sempre um toque pessoal e, sem dúvida, estes Prada Red Shoes dão no olho.

    Gracias pela explicação. Agora vou passar a estar de olho para ver se são sempre assim ou se às vezes os usa diferentes.

    Bom fim de semana!

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  3. Desculpe, sra editora,
    estamos a falar aqui de quê?

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  4. (a palavra papa é uma cacofonia entre o ridículo e o infantil que, a não ser sentida, perpetua a menoridade)

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  5. Pirata,

    Isto é um potpourri, um papier mâché, uma sopa de pedra: começa com 'O Papa calça Prada' (coisa que apenas sobre através do comentário da Margarida), passa por uma morgue em que os mortos que ressuscitarem podem sair na boa, e termina com uma referência aos assuntos do dia que me preocupavam.

    Acha que deveria ter dividido em posts separados para que pudesse percebê-los melhor? Ou seja, acha que não fiz um cuidado trabalho de edição...?

    Seja condescendente, Pirata...!

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  6. Ó jeitinho manso, mas são Prada, claro, isto é vermelho.
    Sempre achei esta "picolla nota" do Santo Padre uma delícia. Que ele me perdoe, mas sapatinhos daqueles não magoam pés a ninguém. E agora faziam-me cá um jeito!

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  7. Pois é, Helena, já aqui o reconheci, depois da Margarida me alertar para isso que deveria ter dado o título ao post 'O Papa calça Prada', que eu não sabia nada disso, nem que deviam ser encarnados, nem que ele tinha escolhido Prada.

    Mas parecem macios, sim, devem dar um belo andar, descansado. Eu que, durante o dia, ando sempre de saltos altos e que só anseio por chegar a casa para os tirar dos pés, bem precisava de uns assim, confortáveis, chiques.

    Para as minhas caminhadas diárias, em vez de ténis da Decathlon, olha se passo a andar de Prada, toda fashion...

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  8. Jeitinho nem pense nisso. Sapatinhos daqueles levam o equivalente à nossa contribuição para a Troika este Natal.
    Falei em Natal?! Devo estar louca. Dia 25 ou noite de 24 de Dezembro 2011/2012/2013/2014/2015 deixaram de existir no calendário económico financeiro. Talvez lá para 2016 possa fazer a sua caminhada descalça. É óptimo!

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