quarta-feira, junho 01, 2011

Passos Coelho, o submisso vassalo - a saloice, a subserviência do tuga no seu pior, a pôr-se de joelhos à frente da troika e sem que ninguém lho tivesse pedido

Não, não tenho nenhuma embirração pessoal contra Passos Coelho mas quanto mais o vejo e ouço mais fico aterrada perante a possibilidade de ele vir a ser Primeiro Ministro.


Poderá acontecer a Portugal ainda mais isto: termos estes dois homens como Primeiro Ministro e como Presidente da Assembleia da República...?


Sócrates pode ter mil defeitos e tem, pode ter tido uma governação infeliz no seu último governo (esteve bem na primeira parte do 1º governo), pode até ter perdido o pé querendo, agora no fim, aguentar-se até estar já com um pé no precipício mas, bolas, tem postura de estado, tem dignidade, não nos envergonha para além do admissível.

Agora este PPC, que se porta como um rapazola, faz coisas que me envergonham e que fazem temer o pior.

Ontem veio insinuar que a troika gostaria que houvesse mudança de governo, dando a entender, com voz melosa de quem faz uma confidência, que, se o voto fosse no PSD, se estaria a fazer a vontade da troika.

Ora isto revela uma atitude que me revolve as entranhas.

Não apenas é uma mentira descabida, como é de uma parolice insuportável pensar que alguém engole uma parvoíce destas. Quer lá a troika saber de quem é que está no governo. O que a troika (e toda a gente de bom senso) quer é que haja estabilidade governativa e uma sólida base de apoio para se conseguir implementar o exigentíssimo plano de reformas. 


Mas, ainda mais grave, é este sujeitinho colocar-se na posição subserviente de aconselhar o povo a fazer a vontade a estrangeiros. É que isto revela a atitude dele. Não tem noção de patriotismo, não tem noção da figura ridícula em que se coloca subalternizando-se desta forma gratuita que me deixa humilhada.

Não é possível que Portugal desça tão baixo a ponto de vir a ter como Primeiro Ministro alguém que não se ensaiará nada em vender a dignidade portuguesa por um prato de lentilhas, quiçá até por um pires de caracóis.


5 comentários:

  1. Deixo-lhe este post, na expectativa de que lhe dê matéria para amanhã escrever um das suas mensagens... mas, desta vez, a bater neste não menos irritante e desonesto personagem, chamado Socrates.

    Cumprimentos
    Carlos J. Costa
    PS. E acredite que, fora de Portugal, Socrates não tem assim tanto prestígio.Alíás, se lida com estrangeiros, com parece que lida, sabe isso tão bem como eu. E também sabe que dirigentes de vários países se surpreendem como não houve ainda em Portugal um "watergate".


    QUARTA-FEIRA, 1 DE JUNHO DE 2011
    A parvoíce em sete passos
    Passo 1: Sócrates governou durante seis anos um país. Findo esses seis anos, o país teve de pedir ajuda ao FMI.
    Passo 2: Sócrates disse que o país não precisava de ajuda externa. O ministro das Finanças de Sócrates disse que, depois de Maio, não haveria dinheiro sequer para pagar salários.
    Passo 3: Sócrates disse que não governava com o FMI.
    Passo 4: Sócrates chamou o FMI.
    Passo 5: Sócrates candidatou-se para governar com o FMI.
    Passo 6: Sócrates gabou-se do acordo a que chegou com o FMI.
    Passo 7: Sócrates, que provocou a vinda do FMI, que chamou o FMI, que se gabou do acordo a que chegou com o FMI, passa a última semana da campanha eleitoral a tentar colar Passos ao FMI.

    Ou Sócrates é parvo ou está convencido de que os portugueses são parvos.
    Não há uma terceira hipótese.

    publicado por Alexandre Borges às 00:12
    http://31daarmada.blogs.sapo.pt/

    ResponderEliminar
  2. Ora bolas, Carlos, e eu que tinha acabado de escrever a resposta ao seu comentário de ontem, esperançada de lhe conseguir demonstrar que por piores que sejam os adversários de PPC, ele será sempre pior porque não tem o mínimo de estofo para o lugar que ocupa....

    ResponderEliminar
  3. packard em rodagemjunho 01, 2011

    Entrámos na fase do vale tudo. Argumenta-se com a subjectividade das opiniões de estrangeiros q, aliás, grosso modo, não fazem a mínima ideia da situação política portuguesa. Confinam-se, os estrangeiros, ao seu cantinho, como mto bem se percebe pelas políticas da senhora Merkel e do senhor Sarkozy. E até no mundo académico, por regra mais esclarecido e atento à realidade exterior, o mesmo desconheciimento. Com mais facilidade sabem quem é o Cristiano Ronaldo ou o Mourinho do q o Sócrates ou o Cavaco. Quer melhor do q o caso de uma ilustríssima académica americana pensar q para chegar a Lisboa tinha de fazer escala em Madrid? Ou me engano mto ou caminhamos para uma desgraça. Os mais pobres e os mais desprotegidos serão os primeiros a pagar. Seguir-se-á a classe média (como sempre, só q desta feita, mais!). Os ricos, esses, só irão engordar. Viu ontem os rasgados elogios do Dr. Balsemão ao pobre do PPC? O desmembramento da RTP e a partilha da publicidade... não ouve o sino a tocar? Vêm aí os lobos! (Desta vez é a sério).

    ResponderEliminar
  4. Também estou preocupada, Packard. E há uma rivalidade e uma agressividade que não prenuncia nada de bom para a fase muito difícil que se vai seguir.

    Há um radicalismo, um extremar de posições que acho preocupante.

    Tenho visto o que se passa no Aventar e é assustador. O País precisaria de uma convergência positiva em vez de uma rivalidade tribal.

    Depois do que se tem passado, que o PSD ganha as eleições haverá uma desforra que, nas mãos daqueles meninos, é uma coisa preocupante.

    Este clima não é bom.

    ResponderEliminar
  5. Sorry, Carlos, hoje não me deu para perder muito tempo com a tropa fandanga que anda por aí em campanha eleitoral. Hoje estou numa onda zen.

    ResponderEliminar