quarta-feira, junho 22, 2011

O caso Fernando Nobre e a uma dúvida existencial sobre a razão da existência da Maçonaria e da Opus Dei no Portugal de hoje

Fiquei satisfeita com a eleição de Assunção Esteves para Presidente da Assembleia da República pois creio que é competente, acredito que vai desempenhar bem a sua função. O seu discurso foi uma coisa e tanto, uma peça que ficará na história daquela casa. Liberdade, Democracia, Justiça, Entrega, foram palavras que ela usou com mestria e com emoção e a que deu invulgar grandeza.

Felizmente acabou por se arranjar uma saída airosa para o vexame de ontem.


Ora hoje Eduardo Pitta refere a questão maçónica para enquadrar o assunto Fernando Nobre - e estas liaisons, que me causam alguma alergia, fizeram-me recordar um assunto que passo a relatar.

*

Quando eu andava a estudar, embora não fosse dada a grandes sessões de estudo e fosse fisicamente incapaz de ‘marrar’, tinhas notas relativamente altas e isso acontecia de forma consistente. Era também pessoa de convicções e, já nessa altura, tão assertiva como sou hoje (ou seja, de acordo com testes efectuados por profissionais, quase 100% assertiva).

Talvez por isso, na faculdade fui contactada, desafiada, convidada, etc, para aderir a todas as juventudes partidárias activas na época. Mas a minha cabeça sempre foi livre demais para poder comprometer-me com partidos, clubes, religiões e, reiteradamente, declinei. Por mais que tentassem aliciar-me, nunca nenhum argumento me convenceu.

Entretanto, quando estava no 3º da faculdade tive que mudar de alojamento e, enquanto andava à procura de alternativa, uma colega de curso com quem me dava medianamente, veio dizer-me que conhecia um sítio óptimo: uma professora universitária que tinha uma espécie de residência, uma moradia num local muito bom, com jardins, óptimos acessos, perto da faculdade, o melhor bairro de Lisboa. Uma maravilha.

Fui lá ver (acompanhada do meu namorado) e a dita professora estava à minha espera, já sabia algumas coisas de mim, muito simpática, tentando cativar-me. A casa era, de facto, muito boa e o preço uma agradável surpresa. Quando relatei em casa o achado, os meus pais acharam que ‘quando a esmola é grande, o pobre deve desconfiar’, e colocaram muitas reticências. Alguma coisa não batia certo, pelo que, à partida, sem mais, a decisão era negativa. Mas tanto insisti que, pelo sim, pelo não, a minha mãe lá se deslocou a Lisboa para vir avaliar, ela própria, a situação.

Lá estava, de novo, a referida dona da casa à nossa espera, muito atenciosa. Mostrou a casa de alto a baixo, tal como na vez anterior, até uma capelinha tinha (o que, de certa forma, tranquilizou a minha mãe), e uns óptimos quartos, com grandes janelas para o jardim, e uma cozinha que podíamos usar à vontade, e sala à disposição, uma localização que não podia ser melhor, podia ir a pé para a faculdade e, não menos importante, embora intrigante, um preço imbatível. A frequência, para além da professora, era constituída por umas quantas estudantes universitárias, talvez uma meia dúzia, não me lembro bem, e a minha mãe viu algumas, vieram cumprimentá-la, muito simpáticas, e a minha mãe ficou bem impressionada por ver, a meio da tarde, as raparigas em casa, na sala, a estudarem e todas muito gentis, muito bem educadas. Uma cena de filme.

Quando chegou a casa, a minha mãe conferenciou com o meu pai e depois comunicou-me: ‘Pois, sendo assim, de facto, não se vê nada de mal, parece bom demais para ser verdade mas, se é, então, está bem, podes mudar-te para lá’. E lá fui.

Havia regras, que me tinham sido comunicadas antes, do género aos dias de semana ter que se entrar até à meia-noite, o namorado não poder entrar senão para a sala e apenas até determinadas horas, coisas normais para a época.

E, de facto, eu estava ali muito melhor do que no sítio anterior. Só via vantagens.

De vez em quando diziam-me que ia lá jantar um padre amigo e convidavam-me a ficar a jantar lá ou, não querendo, a ir depois de jantar para a conversa que era giríssima, um padre desempoeirado, e um dia a conversa era sobre o aborto, outro sobre já não me lembro o quê, mas sei que a coisa era temática (o que me intrigava um pouco) mas eu declinava sempre porque, na altura, namorava intensamente e não desperdiçava um minuto que fosse, nem sequer a matutar nas coisas. Depois percebi que, afinal, o padre ia lá fazer a missa, que era habitué da casa e muito amigo da professora. Um dia veio ter comigo, que então eu é que era a tal menina fugidia, que andava desejando de me conhecer, que gostava de ter poder ter oportunidade para falar comigo. E eu sem perceber bem os sorrisos delas todas, como se fossem todos muito íntimos, como se antes o tema já tivesse sido objecto de conversa. Lembro-me que registei mas não pensei mais no assunto.

Outras vezes, iam todas passar o fim de semana a um sítio muito giro e queriam que eu fosse. Depois começaram a falar-me em retiros, em sítios lindos, e que eu ia adorar e eu, na maior inocência, perguntava se o meu namorado podia ir e, claro, não podia e eu, que então nem pensar.

Depois, aos poucos, comecei a reparar que parece que só eu é que namorava e que, a nível de vestuário, as minhas vizinhas de quartos, seguiam um padrão muito homogéneo. Saias pelo joelho, camisas ou blusas pelo pescoço. Eu concluia que era gente muito bem comportadinha, beatas, marronas, coisa assim, nada demais e, quando as descrevia, ao falar com amigos ou família, imitava-as, a vozinha singela, as blusas sem decote, descrevendo os convites que me faziam para ficar a jantar com o padre ou para ir meditar ao fim de semana. Pensava que, por coincidência, as últimas representantes de uma realidade rural do século anterior, tinham desaguado ali. Nunca me ocorreu algo mais.

Passados talvez uns dois ou três meses, não me lembro, estava eu já eu a deitar-me, ouvi tocar à campainha.

Reacção dentro da casa: nenhuma.

A campainha tocava cada vez mais insistentemente e eu não ouvia a professora, nem ninguém, a ir abrir a porta. Abri a porta do quarto, espreitei. Ninguém, silêncio. Fui bater à porta do lado. A rapariga que lá estava, abriu a porta e disse que era a A., uma colega de quaro, que estava a chegar atrasada mas que as ordens eram rigorosas, ninguém podia entrar depois da meia-noite. Eu argumentei que não se ia deixar a nossa colega no meio da rua àquela hora, quase 1 da manhã e a outra, friamente, respondeu que ordens são ordens e fechou-se no quarto.

Subi as escadas, fui ter com a professora. Estava de roupão e disse-me a mesma coisa.

Entretanto, lá fora, a outra, coitada, tocava e tocava, já quase em contínuo. Já inquieta com aquilo, eu disse à professora, ‘Se não lhe abre a porta, abro eu’. Seca, a professora respondeu-me ‘Está proibida de o fazer’. Tentei convencê-la ‘Abra-lhe a porta, peça-lhe explicações, avise-a de que não haverá segunda vez, o que quiser, mas não a deixe ficar na rua, é desumano, é absurdo’. Seca, fria, respondeu-me ‘ Já disse que ninguém lhe abre a porta, para ela aprender’ e, com uma agressividade que eu não lhe conhecia, disse-me em tom ameaçador ‘Livre-se de lhe ir abrir a porta’. E virou-me as costas.

Desci as escadas, furiosa, as outras todas fechadas nos respectivos quartos - por dentro eu ia pensando, revoltada, ‘Olhem-me estas estúpidas, tão boazinhas que são e agora não se importam de deixar a amiga na rua, de noite’ - e, como é óbvio, fui abrir a porta à minha colega.

Ela estava a chorar, agradeceu-me muito e avisou-me ‘Estás feita’. Descansei-a, ‘Ah, não estou, não, está descansada’.

Depois voltei para o quarto, fiz a mala e fui dormir.

No dia seguinte, quando me levantei já a professora tinha saído, dava aulas cedo e, além disso, a faculdade dela era do outro lado da cidade. Deixei-lhe um papel lacónico, dinheiro e as chaves e nunca mais lá pus os pés.

Decorrido algum tempo, falei no nome desse professora e alguém exclamou, ‘Essa?! Então, mas essa é a chefe das mulheres da Opus Dei em Portugal. Tem uma casa de raparigas da Opus Dei na L.’.

Fiquei passada. Não queria acreditar. E essa pessoa continuou, ‘São muito selectivos, recrutam jovens entre os melhores alunos universitários, quase que lhes fazem lavagem ao cérebro com retiros, encontros com padres, missas lá em casa, coisas do género’. Eu perplexa.

Fui confirmar com pessoas mais ou menos ligadas ao meio e assim era, toda a gente sabia, pelos vistos toda a gente menos eu.

E ainda é. Googlei antes de escrever isto e lá me aparece ainda tudo.


Opus Dei


Ou seja, fui arregimentada sem saber e, durante algum tempo, vivi sem saber numa moradia da Opus Dei - e ainda hoje me interrogo porque agiram desta forma, sem me dizerem nada, que planos é que teriam para mim.

Organizações assim, coisas meio secretas, tudo isso me causa estranheza, me causa aversão.

Opus Dei ou Maçonaria não entendo a justificação nos tempos de hoje, em sociedades livres, não entendo como se sujeitam a essas práticas e rituais, não entendo.


Vejo na net os nomes ligados à maçonaria e fico incrédula, concentram-se à volta do PS e do PSD, mas não só: António Costa (que não por acaso disse que, se fosse deputado, votava em Fernando Nobre), Emidío Rangel, Henrique Monteiro (cuja crónica no Expresso, esta semana, não por acaso, era um elogio e um apelo ao voto em a Fernando Nobre), e José Nuno Martins, António Nunes, os famosos Miguel Relvas e Isaltino Morais, João Soares, etc, etc, e custa-me a imaginá-los de avental, de cabeça tapada, em ridículos rituais.

Porquê? Alguém consegue explicar-me?

Para agirem como grupos de pressão, grupos de influência? Mas, para isso, tem que haver secretismo, rituais?

Não percebo.

10 comentários:

  1. Olá,

    Confesso que tropecei no seu Blog por acaso.
    Talvez como tudo neste mundo.
    Sem saber, nos mais pequenos e íntimos actos, acabamos por abrir, indefinidamente portas atrás de portas.
    Por vezes entramos em casas de amigos, outras em residências da Opus Dei, por outras em Lojas Maçónicas.
    Poucos de nós conseguiremos justificar com actos pré-reflectidos as nossas escolhas e estádios presentes.
    Se calhar, e por isso mesmo, é que nem fazendo sentido para nós próprios ( apesar de continuamente os justificarmos) acabam por fazer ainda menos sentido para os outros.

    Sabes ( permite-me que te trate por tu, porque na Humanidade esse deveria ser o único tratamento admissivel), todas as escolhas são possiveis e legitimas.

    Com apenas duas excepções: Que depois de entrar possa sair. Que não prejudique o outro nas suas escolhas.

    Não estranhes assim as opções de cada um.

    Há lugar no mundo para todos e todas. E ainda bem.

    Só não há lugar para aqueles que nos fecham a porta de noite, e nos deixam ao frio só porque não pisamos as mesmas pedras da calçada.

    Pedro Horta
    Maçon concerteza.

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  2. Caro Pedro Horta,

    Gostei muito de ler o seu comentário (até porque está muito bem escrito).

    Contudo, repare que o que escrevi não explicita uma crítica mas, sim, uma perplexidade.

    Não percebo mesmo. Pessoas que tenho por esclarecidas, 'open-minded', que necessidade têm de se juntar em associações secretas, com rituais que, a mim, me parecem absurdos, deslocados no tempo?

    A sociedade hoje é aberta, livre. Porquê então associações que encerram preceitos que mais parecem adequados a épocas de obscurantismo, de liberdades vigiadas?

    Vejo que ostenta o estatuto de maçon com orgulho e tamém não sei como é que isso se compagina com a ideia de caras tapadas, sessões que, a mim, mais me parecem espíritas.

    Tudo isto é para mim um conjunto de coisas que nõ se percebem, dá ideia que já não fazem sentido.

    E de que tratam nas reuniões? Lugares disponíveis? Influências a mover?

    Não entenda como provocação: é curiosidade mesmo porque esta é a ideia que os leigos, como eu, têm.

    Quanto à Opus Dei imagino eu que os intuitos sejam idênticos aos da Maçonaria (fraternidade, igualdade de oportunidades, etc) mas tendo uma matriz católica e não agnóstica (como presumo que seja o caso da maçonaria)

    Quer contribuir para esclarecer estas dúvidas?


    PS: Não leve a mal, não retribuo o tratamento por tu apenas porque tenho dificuldade em tratar por tu as pessoas que não conheço.


    JM

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  3. Este blog surgiu-me no google depois de procurar a relação de Fernando Nobre com a Maçonaria e, estranhamente, tive uma sensação de déja vu, porque em tempos fui sondado pela Maçonaria e, também, por uma comunidade cristã de base que procurava elementos que agitassem algum marasmo social que se viveu no pós 25 de Abril.
    Confesso que me intrigou a insistência de Nobre em figurar no círculo do poder a qualquer preço.
    Também me espantou o comentário do director do expresso, Henrique Monteiro, sobre Nobre, afirmando que ele era um indivíduo controverso porque não estava preso a nenhum interesse corporativo ou ideológico.
    Estará o Henrique Monteiro a falar verdade?
    Sinceramente, porque razão tanto a Maçonaria como a Opus Dei têm necessidade de colocar bastiões orientados na elite que rodeia o poder?
    Será que a palavra destes senhores só vale o que vale?
    Teríamos aqui assunto para desenvolver quase infinitamente...no entanto, tratando-se de homens que querem dominar outros homens, interrogo-me porque razão mascaram os seus interesses com palavras sábias e cheias de plenitude fazendo lembrar espécies de troikas de antanho...!
    Por outro lado, surge no horizonte o grupo de Bielderberg, que por sinal, também representa uma elite que tem interesses muito particulares à escala mundial.
    Curioso, sem dúvida.
    Em jeito de conclusão, vou percebendo que há coisas que devem permanecer escondidas apesar da explosão que a liberdade de expressão desencadeou o que me leva a intuír que com ou sem liberdade, estes senhores, continuarão a conduzir os seus objectivos como querem e passando à esmagadora maioria dos comuns mortais antênticos atestados de insanidade mental como se fossem os senhores do princípio e do fim.
    Haverá, por acaso, alguém com conhecimentos que esteja disposto a discutir tudo isto abertamente???
    Da minha parte, fica manifesto o desejo.
    Manuel Faria

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  4. Pois é, Caro Manuel Faria, eu também gostava que alguém me explicasse que mundo subterrâneo é este, onde dá ideia que grande parte das decisões relevantes se toma. E porque se passa tudo isso rodead de rituais, secretismos.
    E porque é que há pessoas destas organizações um pouco por todo o lado como se fossem escolhidos a dedo.

    E quanto ao Bilderberg, que dizer dos que lá vão e que, por obra e graça, a seguir aparecem em primeiros ministros?

    E que dizer das escolhas deste ano?! Fiquei espantada especialmente com o elemento feminino.

    Estou consigo: se alguém da Maçonaria ou Opus Dei quiser contribuir para esclarecer estas dúvidas, tem aqui uma tribuma à disposição.

    Volte sempre, Manuel Faria.

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  5. JM.

    Há uma frase antiga, dita num julgamento de Maçons ( como saberás desde sempre que há pessoas que são julgadas só por serem Maçons), que afirma que a questão do segredo maçonico só será resolvido pelos profanos, quando eles próprios receberem a iniciação.

    Ao que consta, os ditos juizes foram iniciados e nada descobriram na Maçonaria que ofendesse o quer que fosse.

    Quer isto dizer que, por muito que te contasse, ficarias sempre na dúvida se o estava a dizer veladamente, parcialmente ou até recorrendo à mais vil das mentiras.

    Por outro lado, seria sempre a minha posição sobre as coisas. E como na Maçonaria não há verdades absolutas, nem versões oficiais....

    Ficaríamos na mesma.

    Digo-te apenas que é um caminho. Uma escola, uma opção.

    Possivelmente das mais livres, mais adogmáticas e mais coesas do ponto de vista da estrutura do seu pensamento, pese embora não haja um só ser no mundo que tenha a certeza sobre o que ela é ou deixa de ser.

    Não nos reunimos para decidir os destinos do mundo. Não nos reunimos para escolher lugares. Não nos reunimos para dividir alcavalas.

    Não posso, como compreenderás JM, ser julgado pelo caminho que meia dúzia de pessoas tenham optado.... Não comprometo o benfica pelas actividades criminosas de algum seu ex-dirigente, não comprometo as polícias pelos excesso de alguns dos seus agentes, não posso...

    Porquê secreto? Bem...em boa verdade não é secreto. Apenas discreto. Nada me impede de me afirmar como tal.

    No entanto compreende que a Maçonaria se organiza, de acordo com um método ritualistico e iniciático. Isso implica que apenas tem acesso ao ritual de determinado grau, aquele que nele foi iniciado.

    Mas também só têm acesso ao Conselho de Ministros quem foi nomeado Ministro ou um ou outro Secretário de Estado...

    Só têm acesso às reuniões da conferência episcopal os Bispos...

    Não é por aí....Não te preocupes.

    São caminhos. Apenas caminhos.

    (E é verdade...ninguém anda de cara tapada....)

    E um dia que os queiras percorrer....basta bater à porta...ela está aberta para todos aqueles que são livres e de bons costumes.


    PS - Afinal....o Fernando Nobre foi ou não foi eleito?

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  6. Caro Pedro,

    Obrigada pela resposta. Intrigante resposta, convenhamos.

    Percebo a lógica subjacente ao que diz mas há diferenças entre os exemplos que cita e a Maçonaria. Sabe-se quais as resoluções que emanam do Conselho de Ministros ou da Conferência Episcopal enquanto nada sai para fora do que se trata nas reuniões da Maçonaria.

    É apenas um clube em que amigos se encontram e cavaqueiam? Do que se sabe, não me parece.

    E não lhe é estranho a si, que supostamente tem uma vida normal, entrar em reuniões cheias de rituais? Em que se cumprimentam com cortesias do tipo 'Saúde e Fraternidade'?

    É que o espanto que isto me causa não é apenas o não perceber para que serve, de que tratam lá, mas também como é que uma realidade que me parace ultrapassada na forma (talvez mais que o conteúdo... até porque não sei qual o conteúdo) se enquadra numa vivência normal, com pessoas normais, com profissões normais, sem cortesias, sem rituais.

    Mas, ok, se não pode explicar, paciência, agradeço a gentileza da resposta e já percebi que se quiser saber mais, terei que lá ir bater à porta.

    Pena.

    Cumprimentos e, já agora, Saúde, Paz e Fraternidade para si e para todos os que me lêem.

    JM

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  7. JM,

    Ainda cá volto.... Se o secretismo é-lhe estranho, distante e suspeito....porque assina com JM e não nos permite saber que em é?

    Ou será que que escrever poemas e tirar fotografias livremente pode ser incómodo em determinados meios?

    Ou será que nos permite ser ainda mais livre na nossa busca do belo e do perfeito?

    PS- Agradeço a sua visita no meu blog. E permita-me aqui deixar expresso o meu agrado pela sua escrita e pelas suas fotografias.

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  8. Caro Pedro Horta,

    A sua questão é pertinente e, aliás, tinha-me ocorrido que me talvez falasse nisso.

    Quando escrevo aqui, não tenho interesse em que se atribua o que escrevo a mim em particular, que não sou ninguém relevante em termos públicos. São apenas opiniões, ideias, fotografias, imagens que me ocorrem, a mim como ser anónimo no meio da multidão imensa que é a blogosfera.

    Nada de mais mas tem razão, sinto-me mais livre assim.

    Obrigada pelas suas palavras de apreço. Gosto de saber que quem me visita, se sente bem por aqui.

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  9. bem por acaso escrevo sobre esses temas não entro procuro ir muito longe porque quero que o meu blog continue on por mais um tempo mas se ajudar visite e leia e talvez consiga perceber porque motivo existem certas "ordens secretas" e quais os seus propósitos. http://ecosdosilencio.bloguepessoal.com/

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  10. Obriga, Anónimo, irei ver para vers e consigo perceber.

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