Hoje Louçã esteve muito bem. Sóbrio, seguro, tranquilo, claro na exposição, movendo-se com grande à vontade num terreno que lhe é muito favorável, o da economia.
Por outro lado, Passos Coelho esteve, como de costume, apático, mediano, fraco.
Saliento dois momentos em que acho que Louçã esteve especialmente bem: quando repreendeu secamente Passos Coelho dizendo-lhe que Sócrates nao estava ali e que, portanto, não deveriam falar dele e quando, sobre o Programa de Novas Oportunidades - que elogiou rasgadamente - explicou a Passos Coelho que se acha que deve ser feita auditoria é porque ainda desconhece os dados e, se desconhece, não deve difamar o programa.
Mas Louçã esteve também muito bem quando recordou a Passos Coelho que os desempregados não são pessoas que vivam de expedientes mas sim pessoas a quem faltou o emprego e que o subsídio de desemprego é um 'seguro' a que têm direito porque, quando trabalhavam, descontaram para o constituir.
Esteve também bem quando explicou que com juros da ordem dos 5.5% dificilmente Portugal voltará a levantar a cabeça. E tem razão, Louçã, pois a taxa de juro suportável não deverá ultrapassar a taxa de crescimento da economia acrescida da taxa de inflação. Ou seja, acima dos 3 e picos, dificilmente se conseguirá pagar os juros, ou seja, será despesa a acrescer à despesa, e a dívida a aumentar. É certo que, mais cedo ou mais tarde (a menos que Portugal desate a crescer à força toda), alguma coisa terá que ser reajustada como, por exemplo, a taxa de juro.
Claro que, ao longo das várias aulas que Louçã teve oportunidade de dar, Passos Coelho piscou os olhos, engoliu em seco e não consigo lembrar-me de alguma coisa que ele tenha dito.
Não convence ninguém este Pedrocas (nos debates perde sempre e, quando é apanhado desprevenido, só diz parvoíces; no outro dia, ao falar de Fernando Nogueira, o que lhe ocorreu dizer do senhor foi: "Ainda fuma e fuma bem...!", olha o elogio que lhe ocorreu...).
Louçã, por outro lado, com estes debates e em especial com o de hoje, é bem capaz de fixar o eleitorado que andava com vontade de se amigar com outro partido.
mas um tipo, q em nome do segundo maior partido político ainda há dias assinou o memorando de entendimento não pode vir agora dar o dito por não dito. as instituições internacionais não vão achar muita graça.
ResponderEliminarSabe lá ele o que diz...
ResponderEliminarE acha que alguém o leva a sério, aqui ou lá fora?
Cá para mim, o Durão Barroso, lá em Bruxelas, já os deve ter avisado do que a casa gasta.
pois tem razão, não é de levar a sério. já viu esta miséria?!
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