Tencionava ter-lhe escrito há cerca de uma semana, quando li a boa nova. Porém, não o tinha feito ainda por falta de tempo que me permitisse dizer-lhe alguma coisa mais do que “Parabéns!”. De facto, gostaria de dar-lhe nota de como entendo tão bem a imensa alegria que está a sentir pela chegada à sua vida de um novo menininho. Tem motivos para estar mesmo muito feliz! Sabe, é que eu acho que o nascimento destes menininhos nos preenche a alma com um tal arroubo, que quase nos estremece. Talvez porque eles são uma espécie de presente que Deus nos dá para compensar um espaço de saudade que a passagem do tempo vai provocando na nossa vida: é que, aqueles que já foram ‘os nossos menininhos’, cresceram e o sentimentos de realização que advém de vê-los adultos e gente de bem, mistura-se, inevitavelmente, com a nostalgia de já não serem, apenas, os nossos pequeninos. Então, é como se estes novos menininhos nos trouxessem memórias vivas e palpáveis dos nossos meninos, ora matulões. E, assim, é-nos dado, outra vez, o privilégio de sentirmos uns bracinhos pequeninos e fofinhos, à volta do nosso pescoço, e de termos, de novo, no nosso colo criaturinhas que amamos por direito próprio – e amamo-los mesmo muito, porque eles são, a um só tempo, a luz dos nossos olhos e a luz da luz dos nossos olhos. E, assim, quando achávamos que, naquele cantinho mais doce do coração ocupado pelos pais deles, nunca entraria ninguém, estes novos pequeninos chegam e, ao primeiro olhar, ao primeiro bocejo (são tão engraçadinhos os bebés quando bocejam!) apaixonam-nos e pronto… alojam-se lá e espalham-se sem cerimónia, tornando-se no lugar geométrico da nossa existência: enchem-nos o coração, enchem-nos a alma, enchem-nos a casa, e passam a dar à nossa Vida um sentido que, antes da sua chegada, não notávamos que lhe faltasse, mas que, depois de os termos cá, nos parece impossível que, alguma vez, tivéssemos achado que, sem eles, a nossa vida pudesse estar completa… Que desfrute do seu menininho e o veja muito feliz e equilibrado, a crescer em estatura, em sabedoria e em graça…
Magnólia, fiquei contente por ler o seu comentário. Já estranhava a sua ausência, já me perguntava se estaria tudo bem consigo.
O seu comentário descreve na perfeição o que sinto. É isso mesmo, é a alegria-maior, é a alegria dupla porque somos nós que estamos felizes porque estamos de pleno direito e porque vemos felizes e realizados aqueles a quem mais queremos.
Ainda hoje, ao fim da tarde, estivemos todos juntos e não há felicidade maior que os bebés passarem de colo em colo e todos lhes querermos pegar, é o cheirinho e a macieza, é a ternura partilhada; e o mais crescidinho que (que tem pouco mais de 2 anos e meio) a brincar no meio de nós e, no fim, quando me despedia, a dizer-me, compenetrado, para surpresa de todos pela frase tão bem construida 'Olha,não esquechas de votá amanhã'. E eu derreto-me toda com os meus amores grandes e os meus amores pequeninos, e enterneço-me com os grandes, há pouco tempo ainda pequenos, há pouco tempo ainda adolescentes e agora já tão adultos, que enchem os filhos e sobrinhos de mimos.
Fotografo-os de mil ângulos e brinco com eles e nunca me canso porque cada palavra, cada expressão, cada descoberta, cada gesto são únicos e especiais.
Ou seja, como vê, as suas palavras poderiam ser exactamente as minhas.
Tencionava ter-lhe escrito há cerca de uma semana, quando li a boa nova. Porém, não o tinha feito ainda por falta de tempo que me permitisse dizer-lhe alguma coisa mais do que “Parabéns!”.
ResponderEliminarDe facto, gostaria de dar-lhe nota de como entendo tão bem a imensa alegria que está a sentir pela chegada à sua vida de um novo menininho. Tem motivos para estar mesmo muito feliz! Sabe, é que eu acho que o nascimento destes menininhos nos preenche a alma com um tal arroubo, que quase nos estremece. Talvez porque eles são uma espécie de presente que Deus nos dá para compensar um espaço de saudade que a passagem do tempo vai provocando na nossa vida: é que, aqueles que já foram ‘os nossos menininhos’, cresceram e o sentimentos de realização que advém de vê-los adultos e gente de bem, mistura-se, inevitavelmente, com a nostalgia de já não serem, apenas, os nossos pequeninos. Então, é como se estes novos menininhos nos trouxessem memórias vivas e palpáveis dos nossos meninos, ora matulões. E, assim, é-nos dado, outra vez, o privilégio de sentirmos uns bracinhos pequeninos e fofinhos, à volta do nosso pescoço, e de termos, de novo, no nosso colo criaturinhas que amamos por direito próprio – e amamo-los mesmo muito, porque eles são, a um só tempo, a luz dos nossos olhos e a luz da luz dos nossos olhos.
E, assim, quando achávamos que, naquele cantinho mais doce do coração ocupado pelos pais deles, nunca entraria ninguém, estes novos pequeninos chegam e, ao primeiro olhar, ao primeiro bocejo (são tão engraçadinhos os bebés quando bocejam!) apaixonam-nos e pronto… alojam-se lá e espalham-se sem cerimónia, tornando-se no lugar geométrico da nossa existência: enchem-nos o coração, enchem-nos a alma, enchem-nos a casa, e passam a dar à nossa Vida um sentido que, antes da sua chegada, não notávamos que lhe faltasse, mas que, depois de os termos cá, nos parece impossível que, alguma vez, tivéssemos achado que, sem eles, a nossa vida pudesse estar completa…
Que desfrute do seu menininho e o veja muito feliz e equilibrado, a crescer em estatura, em sabedoria e em graça…
Magnólia, fiquei contente por ler o seu comentário. Já estranhava a sua ausência, já me perguntava se estaria tudo bem consigo.
ResponderEliminarO seu comentário descreve na perfeição o que sinto. É isso mesmo, é a alegria-maior, é a alegria dupla porque somos nós que estamos felizes porque estamos de pleno direito e porque vemos felizes e realizados aqueles a quem mais queremos.
Ainda hoje, ao fim da tarde, estivemos todos juntos e não há felicidade maior que os bebés passarem de colo em colo e todos lhes querermos pegar, é o cheirinho e a macieza, é a ternura partilhada; e o mais crescidinho que (que tem pouco mais de 2 anos e meio) a brincar no meio de nós e, no fim, quando me despedia, a dizer-me, compenetrado, para surpresa de todos pela frase tão bem construida 'Olha,não esquechas de votá amanhã'. E eu derreto-me toda com os meus amores grandes e os meus amores pequeninos, e enterneço-me com os grandes, há pouco tempo ainda pequenos, há pouco tempo ainda adolescentes e agora já tão adultos, que enchem os filhos e sobrinhos de mimos.
Fotografo-os de mil ângulos e brinco com eles e nunca me canso porque cada palavra, cada expressão, cada descoberta, cada gesto são únicos e especiais.
Ou seja, como vê, as suas palavras poderiam ser exactamente as minhas.
Muito obrigada.
Volte sempre.