sábado, março 12, 2011

No dia da manifestação inorgânica, Jel, Falâncio e Amigos da Luta, professores e Mário Nogueira e Pedro Barroso, a Tourada e a Geração à Rasca - e eu in heaven a desejar que o Japão recupere do tsunami de tragédia em que mergulhou

Jel, Falâncio e demais Amigos da Luta, directamente do PREC para animar a Geração à Rasca

Liguei a televisão e ouvi 'O povo unido jamais será vencido!', depois o Fernando Tordo a cantar a Tourada, depois vi o Pedro Barroso, inflamado, a clamar pela democracia, tenho ideia de que vi também umas pessoas a cantarem uma cantiga da Tonicha, avenida abaixo lá ia a manif, 'o povo unido jamais será vencido!' e parece que estava a ver imagens do tempo do PREC.

Alguma coisa não bate certo nisto. Que saudosismo é este? Esta gente toda que se manifesta, quer o quê? Querem voltar atrás no tempo? Em vez de quererem fazer um tempo novo, diferente, querem voltar para trás? Mas que coisa é esta? Não viram que o resultado não foi grande coisa....?!

Vi entrevistas a jovens e não há uma ideia nova, não há uma proposta, uma solução, só há reclamações. Os organizadores - que, com as formações académicas extraordinárias que têm não se percebe como é que ninguém lhes dá emprego... 'estudos da paz'... francamente, com a saída profissional que isso tem é mesmo má vontade dos empresários e do Sócrates - não são capazes de referir uma única ideia de futuro.

E, claro, lá andaram o Jel e o Falâncio a animar a malta e já nem percebo se são os personagens que sairam do Prec ou se são eles próprios que não passam daquilo. Mas também não interessa.

O triste disto tudo é que as pessoas andam descontentes e preocupadas e com razão mas mobilizam-se em torno de coisa nenhuma.

A seguir vi a reportagem do encontro de professores - que já nem se sabe o que querem agora - com o insuportável, maçador, demagogo, fala-barato Mário Nogueira. Que mau serviço esta criatura presta ao ensino e ao País!

Por isso, tenho muita pena, mas Mário Nogueira, Pedro Barroso, o povo unido jamais será vencido, Tourada e cantigas da Tonicha tudo junto no mesmo dia é xaropada a mais. Decididamente não é disto que Portugal precisa. 

Por isso, assim como assim, fico-me here in heaven:

O céu esteve assim, quase irreal.


Os ramos da figueira ainda nus mas tão bonitos


A madressilva começa a florir e tanto que eu gosto tanto dela


E a beleza elegante da flor do pessegueiro?

Tem uma harmonia que me faz lembrar as composições florais japonesas e por isso, como um tributo solidário pela tragédia sem tamanho que aconteceu no Japão, aqui a deixo.

(São malfadados os dias 11, twin towers, atocha, isto).

Há coisas de uma dimensão excessiva e, perante o que aconteceu, dificilmente poderemos dizer que foi um Act of God (expressão que, nos clausulados contratuais, se utiliza para designar os casos de force majeure em que não se cumprem as obrigações contratualizadas por sucederem fenómenos da natureza que impossibilitem o seu cumprimento). Deus, se existe, não determinaria um desastre daquela magnitude.

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