tag:blogger.com,1999:blog-1689308864760630423.post8585975832217633665..comments2024-03-29T08:45:32.447+00:00Comments on UM JEITO MANSO: Notícias da beira-Tejo -- com rosas dentro [2º post de 3]Um Jeito Mansohttp://www.blogger.com/profile/07972211819998630794noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-1689308864760630423.post-27716960529270430652015-06-14T00:43:39.278+01:002015-06-14T00:43:39.278+01:00Obrigada pela gentileza. É um prazer vir espreitar...Obrigada pela gentileza. É um prazer vir espreitar. Bom domingo.Rosa Pintohttps://www.blogger.com/profile/11817307568241452525noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1689308864760630423.post-27546158051839054922015-06-14T00:11:50.042+01:002015-06-14T00:11:50.042+01:00Olá Rosa Pinto,
Muito obrigada. Belo poema. Já co...Olá Rosa Pinto,<br /><br />Muito obrigada. Belo poema. Já coloquei parte dele no próprio texto.<br /><br />Já no outro dia era para lhe ter dito que tinha ficado contente por voltar a saber de si. Muito lhe agradeço não apenas a visita mas também a simpatia por aqui deixar sempre uma palavra ou um poema a propósito.<br /><br />Um bom domingo para si, Rosa Pinto!Um Jeito Mansohttps://www.blogger.com/profile/00085282895465903375noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1689308864760630423.post-86892597242726481102015-06-13T23:41:38.219+01:002015-06-13T23:41:38.219+01:00Poema da Memória
Havia no meu tempo um rio chamad...Poema da Memória<br /><br />Havia no meu tempo um rio chamado Tejo <br />que se estendia ao Sol na linha do horizonte. <br />Ia de ponta a ponta, e aos seus olhos parecia <br />exactamente um espelho <br />porque, do que sabia, <br />só um espelho com isso se parecia. <br /><br />De joelhos no banco, o busto inteiriçado, <br />só tinha olhos para o rio distante, <br />os olhos do animal embalsamado <br />mas vivo <br />na vítrea fixidez dos olhos penetrantes. <br />Diria o rio que havia no seu tempo <br />um recorte quadrado, ao longe, na linha do horizonte, <br />onde dois grandes olhos, <br />grandes e ávidos, fixos e pasmados, <br />o fitavam sem tréguas nem cansaço. <br />Eram dois olhos grandes, <br />olhos de bicho atento <br />que espera apenas por amor de esperar. <br /><br />E por que não galgar sobre os telhados, <br />os telhados vermelhos <br />das casas baixas com varandas verdes <br />e nas varandas verdes, sardinheiras? <br />Ai se fosse o da história que voava <br />com asas grandes, grandes, flutuantes, <br />e poisava onde bem lhe apetecia, <br />e espreitava pelos vidros das janelas <br />das casas baixas com varandas verdes! <br />Ai que bom seria! <br />Espreitar não, que é feio, <br />mas ir até ao longe e tocar nele, <br />e nele ver os seus olhos repetidos, <br />grandes e húmidos, vorazes e inocentes. <br />Como seria bom! <br /><br />Descaem-se-me as pálpebras e, com isso, <br />(tão simples isso) <br />não há olhos, nem rio, nem varandas, nem nada. <br /><br />António Gedeão, in 'Poemas Póstumos' Rosa Pintohttps://www.blogger.com/profile/11817307568241452525noreply@blogger.com