tag:blogger.com,1999:blog-1689308864760630423.post1760100055726478125..comments2024-03-29T08:45:32.447+00:00Comments on UM JEITO MANSO: Ricardo Salgado, Henrique Granadeiro, Carlos Costa, Passos Coelho e todos os outros que por aí andam a ver se nos engravidam pela porta dos fundos, não precisam de ensinamento ou então aprendem uns com os outros. Já Gregório Duvivier não aprende de maneira nenhuma. Mas, enfim, como poeta inventa trens para os Astescas e isso é de louvarUm Jeito Mansohttp://www.blogger.com/profile/07972211819998630794noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-1689308864760630423.post-65450137409597916832014-08-12T11:01:51.523+01:002014-08-12T11:01:51.523+01:00Essa do “engravidar pela porta dos fundos” (bem ap...Essa do “engravidar pela porta dos fundos” (bem apanhada!), recordou-me as reacções ao aparecimento e sobretudo do alastrar da sífilis a partir do Séc. XV e, designadamente, a partir do Séc. XVI. Supostamente, terá sido trazida pelas tropas espanholas que tinham regressado do Novo Mundo e ali contraído a doença, ou por ocasião dos confrontos entre as tropas francesas (de Carlos VII) e napolitanas, onde se encontravam soldados espanhóis a apoiar os napolitanos, que teriam estado nas Américas. Enfim, para o caso, isto agora pouco importa. A verdade é que a sífilis (“syphilus”, que significava “o que gosta de porcos”) assustou muitos homens que, quando mantinham relações sexuais, quer com suas mulheres, quer com as prostitutas, ou outras que não as suas mulheres preferiam praticar sexo anal (por vezes à força, segundo relatos de queixas à época), o que levou as autoridades civis e religiosas (a Igreja tinha então uma grande influência e poder não esqueçamos) a penalizar esse tipo de atitudes, designando o acto como “sexo em vaso impróprio”. Na opinião daquelas autoridades, em particular da Igreja, só existia um “vaso” adequado, na mulher, para que um homem praticasse sexo (e mesmo assim, só na “natural posição submissa”, a mulher por baixo, o homem por cima, já que a mulher era considerada inferior, assim pensava a Santa Madre Igreja). Curiosamente, numa altura em que a Igreja teve um sem número de Papas pederastas, sendo o mais destacado Júlio II (a quem muito a arte renascentista deve, destacando-se, por ex. a obra de Michelangelo). Mas, foi devido à sífilis, que, ao que consta, devemos a ideia do preservativo, inicialmente, sobretudo em França, fabricado com intestino de carneiro, a que se chamava, não sei se por graça, “capote”, ou “redingote anglaise” (que vinha do termo inglês “riding coat”, literalmente, “manto de cavalgar”). Não eram muito eficazes na altura, pois rompiam-se por vezes. Uma chatice! Mas, também aqui, alguns representantes da Igreja viram nessa invenção um meio para os homens poderem praticar relações sexuais “em vaso impróprio”, neste caso por permitir uma “mais higiénica” relação no tal “vaso impróprio”. O grande sedutor dessa época, Giocomo Casanova, foi um dos seus maiores utilizadores, segundo parece (que pagaria enormes somas de dinheiro, visto esse preservativo ser relativamente caro e porque ele “seria um grande praticante do bom sexo, em qualquer vaso”). Enfim, histórias patuscas da História.<br />P.Rufino<br /><br /><br />Anonymousnoreply@blogger.com