Vi ontem a entrevista do José Gomes Ferreira, personagem de que não sou fã, ao José Luís Carneiro.
Sabe-se da muito pouca simpatia que o Ferreira tem por tudo que lhe cheire a PS, da antipatia que revela quando entrevista essa malta e das ideias muito liberais que defende relativamente à economia. Curiosamente, na entrevista de ontem começou com o ataque habitual, mais ou menos disfarçado, de quando lhe aparece alguém de esquerda à frente e, aos poucos, foi suavizando a atitude acabando, digo eu, por mostrar alguma simpatia pelo José Luís Carneiro.
Após dizer que a entrevista tinha sido muito interessante, convidou-o para nova entrevista para abordarem assuntos que não tinham tido tempo para tratar.
De facto, o José Luís Carneiro foi firme, de bom trato, respondeu claramente às questões que lhe foram colocadas, demonstrou não apenas um conhecimento profundo e pormenorizado dos vários sectores como também saber discutir e analisar aspetos bastante técnicos como quando o Zé Gomes tentou entalá-lo relativamente ao orçamento. Foi sucinto, justificou as opções que toma e também os objetivos de algumas políticas do anterior governo PS. Foi coerente e será seguramente uma pessoa honesta que gosta de servir a coisa pública e não servir-se da coisa pública em proveito próprio.
Gostei bastante da forma como respondeu e da solidez dos argumentos, tal como já tinha gostado da forma como esteve na entrevista deu ao Vítor Gonçalves.
O José Luís Carneiro já foi presidente de uma autarquia e membro de vários governos, o que dá uma tarimba que o Montenegro, que não passou de deputado, não tem. Já chega de gajos de extrema direita a berrarem na televisão contra os mais frágeis e a mentirem com quantos dentes têm, como Ventura. Também já basta de pantomineiros a prometerem isto e aquilo e não cumprirem com o prometido como o Montenegro. Sendo certo que o eleitorado hoje o que quer é promessas e estilos "reguilas", não sei se apreciará a forma calma, segura, conhecedora e honesta como o José Luís Carneiro está na política.
Espero bem que sim!
Veremos.
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Nota:
A ministra da Saúde, seguramente seguindo orientações do PM, andou a dar dinheiro aos médicos como se não houvesse amanhã tentando, assim, tapar o sol com uma peneira. Quando o governo percebeu que era impossível continuar a gastar á tripa forra armou-se em forte e decretou que os valores tinham que baixar. Os senhores doutores tarefeiros não gostaram. Entende-se, ninguém gosta que lhe paguem menos pelo mesmo trabalho. A ministra, seguindo a política do governo, que é da responsabilidade do Montenegro, não tomou uma única medida que tenha contribuído para melhorar o SNS. No entanto, admito que tenha cumprido o seu objetivo principal e do PM, dar cabo do SNS. Foram tão radicais que, com os aumentos e condições que deram aos médicos, arriscam-se também a constipar os privados.
Pois a mim o Carneiro causa-me brotoeja. Os verdadeiros socialistas admiram os corajosos, os que não têm medo, vergonha ou pruridos em assumir os valores de esquerda em que seria suposto firmar-se o PS . Choninhas como o Carneiro, que com o meu votos nunca será primeiro ministro, como o Seguro que também não será por mim que será Presidente da Repúblicas e blasés como o Sousa Pinto estão no PS por acaso ou por engano.
ResponderEliminarRespondo eu e se o meu marido depois quiser acrescentar ou alterar alguma coisa, o dirá. O que eu digo é que valentões como o Pedro Nuno, impulsivos e inconsequentes, podem agradar muito à malta que vai atrás de ilusões mas não vão a lado nenhum, como se viu. O José Luís Carneiro é muito bem preparado, é determinado, tem a cabeça no sítio e é aquela esquerda democrática, arejada e humanista de que o país e o mundo precisa. O Sousa Pinto é um fulano culto, inteligente, heterodoxo. O PS só tem a ganhar em absorver opiniões como as dele.
EliminarQuanto ao Seguro é outra conversa....
Pedro Nuno Santos é genuino, tem valores e ideiais e coragem de se mostrar como é. Ele sim representa o PS de que já me orgulhei.
ResponderEliminarEsse saiu-me um flop do tamanho do mundo. Como é que ele conseguiu passar a ideia de leader, de determinado e carismático, é que me espanta. Até eu embarquei na crença.
EliminarNo final chega-se à conclusão de que provavelmente nem o pai o quer não vá ele levar a empresa à falência.
Mais uns tempos e abre um comes e bebes com a Mariana e a Joana.
A genuidade, os valores e os ideiais do PS não são compatíveis com o javardar das coisas do Estado tais como indeminizações autorizadas na ordem dos 500.000€ por whats app. O dinheiro também é meu e não gosto que o javardem à tripa forra porque se acha nesse direito. Pois eu acho que não tem esse direito. O PNS que javarde a conta bancária dele.
ResponderEliminar"javardar" é o que o Exmo. Anónimo faz ao comentar ao estilo "Chega".
EliminarSó para me situar. Este José Gomes Ferreira, não é aquela sumidade da economia e não só, que juntamente com os Costas, os J.V.Pereiras, os B.Ferrões, as Ângelas Silvas etc. etc. etc. etc. etc. etc. que afundaram a SIC, levando o Balsemão a vender aos Italianos Berlusconi?! Cheira-me que o prazo validade para muita gente no grupo Balsemão está no fio da navalha.
ResponderEliminarJá agora. Quanto ás posições dos Anónimos e também da UJM, mostra bem a riqueza do PS . Só um grande partido se autocensura, e autocritica. O PS sempre me lembrou uma rotunda onde o transito entra porta que quer, e sai quando entende, sem que para tal peça autorização a ninguém, e isso satisfaz-me. Já agora, sou por convicção, da ala esquerda da esquerda do PS. E já agora, voto no partido há mais de quarenta anos, e penso continuar, com uma exceção para estas presidenciais, vou votar Almirante Gouveia e Melo. O PS faz um erro politico tremendo não apoiar clara ou disfarçadamente o Almirante.
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