As pessoas desclassificam-se quando se mostram não isentas, não objectivas, tendenciosas, manipuladoras (estou a aprender com o Lentão, enunciando palavras sinónimas ou afins para parecer que se referem a muitas coisas).
Como muito bem diz o nosso Presidente Marcelo, o mundo gira a grande velocidade e tudo ganha grandes proporções muito rapidamente, tão rapidamente quanto os mesmos factos caem no esquecimento e perdem relevância. Mas eu, como sou antiga e ainda não me deixei contaminar pelas sôfregas redes sociais, não me esqueço muito facilmente. E não me esqueço, nem perdoo, a vergonhosa campanha que Marcelo fez contra João Galamba.
Contudo, como, ao mesmo tempo, sou optimista e ingénua, ainda espero que Marcelo venha retratar-se em público, pedir desculpa pelo que fez e condenar a forma indecorosa como Galamba viu a casa revistada, bem como pedir desculpa pela pouca vergonha de o terem escutado ao longo de quatro anos. Poderá dizer que não foi por ordem dele ou que não sabia. Não colhe. Marcelo mete-se em tudo, tenta influenciar todos. Se faz campanhas públicas para apear ministros (e um primeiro-ministro), bem pode fazê-lo quando o cumprimento dos mais elementares princípios do Estado de Direito estão em causa. Apearam o pobre Galamba, humilharam-no, condenaram-no na praça pública.
Mas não foi só Galamba a ser crucificado por Marcelo. O que fez com a Ministra Constança Urbano de Sousa foi identicamente imoral, desumano e indesculpável. E também ainda não ouvi a Marcelo uma palavra de pedido de desculpas públicas.
E agora em que há ministros do seu Governo (sim, seu) a portarem-se vergonhosamente, ministros incompetentes, mentirosos e mal educados, não diz nada?
Nem no absurdo, caricato e estapafúrdio caso do Rangel vai deixar passar? Vai deixar que essa criatura (a ser verdade o que se lê em notícias não desmentidas) chame burros e camelos aos militares e diga que só fazem merda? Vai deixar que desacate e destrate altas patentes em frente a subordinados?
Não pode.
Marcelo desculpabilizador e solidário com o ministro do seu governo:
ResponderEliminar“Em declarações aos jornalistas, no fim de uma visita ao Museu do Design, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que a versão que lhe chegou foi que "houve equívocos" e que as autoridades militares que ouviu afastaram que houvesse "algum melindre ou alguma razão de queixa".E aquilo que me chegou, de um lado e de outro, corresponde a uma desdramatização e uma versão que se traduz desta maneira, para simplificar, e que eu aliás já vivi, já me aconteceu", disse.
O Presidente da República recordou situações que lhe aconteceram "duas ou três vezes na chegada de evacuados e de refugiados" à base aérea de Figo Maduro: "É eu dirigir-me porque tinha a informação que era um sítio, e eles saíam por outro sítio".
Marcelo Rebelo de Sousa realçou, depois, que "na altura era mais fácil, porque não havia o que existe já há algum tempo, que é uma separação, por razões de segurança, que nem mesmo com o Presidente a chegar lá é fácil de abrir, porque, se não tiver havido prevenção e não estiver tudo preparado, eu tenho de esperar pela abertura".
"Eu admito que tenha acontecido aquilo que já me incomodou algumas vezes, porque normalmente é noite, madrugada, em que se tem uma indicação dos serviços de apoio nossos de que é num sítio, depois não é nesse sítio, é noutro", sugeriu. (Rádio Renascença, site internet).
Se não fosse tão triste, daria vontade de rir.
Um ótimo fim de semana para a UJM e sua família
Filo
Marcelo só enganou em quem nele votou.
ResponderEliminarA mim nunca me enganou, razão pela qual nunca nele votei.
Este governo vai ser a vergonha nacional fruto da arrogância, da impreparação, e até, de falta de educação e de nível de um ministro, ao "alegadamente segundo noticias" ter chamado burros e camelos a altos representantes das Forças Armadas Portuguesas sem que o PR Marcelo se digne a não condenar publicamente este ato de irresponsável e mal educado ministro .
Esta direita vai ficar na história com o pior presidente da Republica na democracia, e, ou muito me engano, também com um dos piores governos da direita que passou pelo poder.