terça-feira, junho 25, 2024

As muitas Meryls
-- com orégãos e com um animal-mistério a despropósito

 

Não me lembro se a primeira vez que a vi foi no Kramer vs Kramer ou se foi em A amante do tenente francês. Sei que, desde sempre, fiquei fascinada com a sua capacidade de encarnar personagens, sempre com uma intensidade tal que parece que ela é os personagens que representa. Mas, ao mesmo tempo, parece haver nela uma leveza extraordinária, uma graça, uma espontaneidade. Podem ser exigências díspares, pode ser necessário ser o oposto do que foi na última vez mas, em todos os seus papéis, ela está inteira, de corpo e alma.

E agora que estou a escrever, lembrei-me do The deer hunter (que em Portugal acho que era 'O caçador') que creio que também foi dos primeiros. Ou em Manhattan?

Lembrar-me-ei sempre dela no pungente A escolha de Sofia ou no terno e romântico As pontes de Madison County ou no maravilhoso Africa minha ou no divertido O Diabo veste Prada. Ou a fazer a incrível Margaret Thatcher na Dama de Ferro.

E noutros.

Além disso, Meryl Streep, 75 anos feitos esta semana, não é apenas um nome grande do cinema (e também canta...): ela tem sabido usar o seu prestígio para divulgar causas como a da democracia e da cidadania informada ou a dos direitos das mulheres no cinema e não só.

O vídeo abaixo mostra-a em diversas actuações e numa gostosa entrevista.

(Dá para pôr legendas, claro, mas, neste caso apenas daquelas geradas automaticamente o que, já se sabe que, por vezes, são sai lá muito bem)

Meryl Streep: "The Many Meryls" | 60 Minutes Archive


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Enquanto ando, não resisto a ir apanhando mais uns pezinhos de orégãos. Tão bonitos. Hoje até me lembrei de que se um dia voltar a casar-me poderei levar, como bouquet, um molho de orégãos (e, no copo de água, servia caracóis, claro).


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Já agora um mistério. O meu marido, quando andou a caminhar de manhã, encontrou outra vez um esquilo. Estava a andar. Por aí, começa a ser normal. Mas diz que, quando ia a passar ao pé de uma casinha de arrumos que temos cá em cima, não muito longe da casa, ouviu um barulho e, quando se virou, viu o vulto de um bicho grande que se enfiou no meio dos arbustos. Diz que lhe pareceu maior que esquilo ou gato mas não conseguiu perceber o que era.

Foi numa altura em que o nosso cãobeludo de guarda estava em casa pelo que não houve perseguições. 

Resta saber, pois, que bicharada por aqui anda. 

Hoje, por exemplo, estava a cozinhar e no tronco da figueira que está à frente da janela passeava-se um animal que parecia vindo dos Galápagos, nem sei se seria lagarto, se big lagartixa esbranquiçada e escamosa com umas patas de impor respeito. Ou, quando ia lá em baixo, senti o que me faz arrepiar, uma bicha a rabiar no chão, ondulando: uma cobra.

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Dias felizes

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