domingo, julho 30, 2023

Rolo de carne com batatinhas de forno, com algumas oportunidades de melhoria

 

Já contei a história ao adormecer, já dormem. Desta fez o enredo decorreu num barco à vela, festa de anos num barco à vela. E eu, história contada e eles adormecidos, aterrei aqui no sofá e adormeci também. 

Acordei agora para contar como foi.

Logo que os fomos buscar, vi logo que havia coisa. Estavam zangados, um com o outro. Ela dizia que ficava na cama habitual e ele, o mano do meio, dizia que era ele que lá ia dormir. O mais novo disse que tanto se lhe dava. Mas os mais crescidos, picados, picados.

Cá chegados, achei que o melhor seria resolver logo isso senão o tema ia infectar o ambiente em permanência. 

Ela, de qualquer forma, mal chegou, abriu a sua mala e instalou-se no quarto do costume, incluindo colocando roupa no roupeiro. Teimosinha...

Resolvi que a cama 'dela' era a nº 1 e uma das outras a cama nº 2. Escreveu uns papelinhos e tiraram à sorte. Azar, saiu-lhe mesmo a cama nº 2. Ficou numa infelicidade.

Sugeri ao irmão que tivesse um gesto: abdicasse da vitória que tinha conseguido. Hesitou mas concordou.

Sugeri então que ela agradecesse ao irmão. Contrariada lá deixou cair um obrigada quase inaudível. Sugeri que desse um beijinho. Contrariada, deu-lhe um pseudo-beijo no cabelo. Disse-lhe que não valia. Lá deu, então, um breve beijo na cara do irmão.

Mas aí operou-se um milagre: ficaram amigos. Acho que ele ficou contente por ter sido superior e por a irmã lhe ter agradecido e ela ficou contente porque conseguiu o que quis e porque o irmão lhe fez a vontade. 

Portanto, o dia decorreu com eles na maior pacificação.

O mais novo, nem aí. Não se mete nas guerras dos mais velhos.

Para o jantar fiz rolo de carne. Como gosto é de improvisar, improvisei. Mas depois há sempre qualquer coisa que poderia ter ficado melhor.

Vou contar como fiz:

No talho escolhi 1 kg de carne de vaca e 1 kg de carne de porco. E pedi para ser contemplado meio chouriço de carne, sem a pele de fora. Pedi para moer em conjunto.

Acabei por não usar tudo. Talvez tenha usado 80%. Mas fiz a contar com o jantar e que sobrasse um bocado.

Numa frigideira coloquei azeite, uma cebola bem grande picada, meio alho francês grande cortado às rodelas e um bocado de salsa. Frigiu. Quando já estava tudo mole, juntei uma embalagem dupla de bacon migado. Ficou a fritar em lume brando e tapada. Depois passei para um copo misturador e com a varinha triturei grosseiramente. Tive este cuidado porque os miúdos embirram com cebola ou alho francês. Assim ficou um paté.

Num tabuleiro muito grande, o maior que tenho, coloquei um rectângulo de papel castanho, de cozinhar. Em cima coloquei pão ralado.

Entretanto, numa tigela muito grande misturei a carne com três ovos inteiros, um pouco de pão ralado, pouco, e um pouco de sal. Misturei tudo bem. Forrei um tabuleiro grande com essa carne moída. Alisei. Depois virei o tabuleiro sobre o papel com pão ralado. Ficou um rectângulo de preparado de carne. Barrei com o paté (cebola, algo francês, salsa e bacon). Ao comprido, ao meio, pus uma fiada alta e grossa de queijo ralado. 

Então, com cuidado, enrolei. 

Ficou um rolão grande e gordo, forrado com o dito papel. Até aí tudo bem. O pior é que me tinha esquecido do fio. Ainda pensei usar linha mas não ia dar pois o rolo era enorme demais para ir lá com linha de costura. Ficou assim, apenas enrolado no papel. E esperei que assim se mantivesse.

Antes tinha ligado o forno no máximo.

Coloquei lá o tabuleiro com o forno e baixei para os 160º.

Lá ficou umas 2 horas. Podia ter ficado menos. Não encontrámos pilha para o termómetro de interiores que o meu filho me deu e que, segundo ele diz, é infalível. Pensávamos que tínhamos pilha para ele e afinal são diferentes.

Para acompanhamento fiz massas frescas para uns e batatinhas no forno para outros.

As batatas fiz assim: 

Lavei-as bem, com pele. Cortei-as aos bocados e cozi com um pouco de sal. Quando estavam quase, tirei-as e coloquei-as no tabuleiro ao lado do rolo, cobertas com um fio de azeite e orégãos.

Fiz também salada de alface.

Balanço. 

O sabor estava bem bom. Mas estava um pouco seco. Mas o pior é que o papel cedeu um bocado e, portanto, o rolo abriu-se um bocado, ficou um cilindro meio desmanchado. Por isso, se fizerem, acautelem: passar um cordel de culinária em volta do papel para o suster. E bastará talvez hora e tal. Mas convém usar o tal termómetro. Acho que se estiver a 65º lá dentro, está no ponto.

E foi isto.

Comeram e gostaram e isso é o mais importante.

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Um bom dia de domingo

Saúde. Alegria. Paz.

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