quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Olha eu: primeiro pinto a manta com aulas de etiqueta para o Relvas e coiso e tal e a seguir, como se não fosse nada comigo, armo-me em princesa. Mas aqui a UJM não é uma princesa qualquer, ah pois não. Não é que seja Dior (que eu cá sou mais Chanel), mas nas rebaldarias da princesa da Porta dos Fundos é que eu não me meto. Assim como assim, antes ser a princesa Miss Dior Blooming Bouquet.


Pois, no post abaixo tenho uma professora francesa, Mariele de seu nome, a ministrar uma aula de etiqueta para o senhor doutor empresário vai estudar ó e para quaisquer cães com pulgas que queiram aproveitar a minha boa vontade. Saber estar à mesa não é para qualquer um e eu, que sou umas mãos largas, não poupo nos ensinamentos para a nossa classe dirigente que, saída das jotas, não teve tempo para se instruir.

Bem que vos tinha avisado que, ao mudar de visual no UJM, estava aqui imbuída das melhores intenções, toda eu ecológica, higiénica, bem comportada - um miminho. E estou a cumprir, ou não estou?

Bem, mas isso é no post a seguir a este.

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Aqui, agora, a conversa é outra. Aqui a conversa tem a ver primeiro com uma jovem mulher branca como a neve, uma princesa com vida dupla como tantas que por aí há, com gostos especiais. A seguir derivo para uma menina também muito linda, uma menina muito perfumadinha e mergulhada numa romântica cama de rosas.

Nada disto tem a ver comigo, que eu nem sou parecida com a Princesa da Porta dos Fundos, nada, nada, nada (que é isso? anõezinhos...?!.... nada!), nem sequer com a Miss Blooming Bouquet, aqui interpretada por Natalie Portman, já que eu sou Chanel e ela é toda Dior. Mas, enfim, posso dar palco à concorrência.






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Mas deixemo-nos de coisas complicadas. É chegada a vez de falarmos de coisas leves. Perfumes bem cheirosos, um belo vestido cor de rosa (se eu me casasse outra vez e fosse vestida de noiva, queria ir assim tal e qual; não ia de branco a fingir que ainda era virgem, não é?), um semblante sonhador, um romance delicodoce em perspectiva, certamente o amor com que todas as meninas sonham, la vie en rose.


Miss Dior Blooming Bouquet - Making-of film


Natalie Portman durante as filmagens no interior da Casa Dior, na lendária escadaria do nº 30 da Avenue Montaigne.





E agora o resultado final: o filme. A realizadora é Sofia Copolla.

E eu amanhã vou ver como é o perfume, quem sabe não tenho uma agradável surpresa. Estou para aqui cheia de preconceitos e quem sabe não ponho uma gota disto e, acto contínuo, me vejo rodeada de cavalheiros a oferecerem-me rosas. Vou experimentar, nunca se sabe.




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Amanhã a ver se estou mais atinadinha para vos falar dos meus livros novos não vão vocês pensar que a ecologia varreu a minha sólida intelectualidade. Nada disso. Sou uma verdadeira académica, honoris causa na Lusófona versada sobretudo em Relações Internacionais, ora essa.

Bem. Adiante. Entre os meus livros novos tenho 'A herança perdida' de James Wood. Cada vez ando de pior boca no que a livros se refere, tudo me parece uma pincelada, uma frouxidão, uma sucessão de banalidades, um déjà-vu insuportável. Mas há excepções. Ler James Wood, por exemplo, é um prazer. Lê-lo a falar sobre livros, então, é o néctar decantadado. talvez amanhã transcreva um pouco para que, quem o não conheça, fique com uma ideia.

Mas a ver se vos falo também de José Sereto e vos transcrevo um dos seus poemas... do Carvalho.



José Sereto no seu dia de casamento com Maria do Carmo



'Se vou à praça, dizem no café:
- Olha, lá vai o nosso Rabelais,
o Zé Ximenes, águia da chalaça!'

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E agora, depois desta cena de princesas de toda e espécie, sigam, por favor, para a Mademoiselle Mariele, a professora de etiqueta que aqui deixo à disposição dos jotas com pulgas.


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Muito gostaria ainda de vos convidar a virem comigo até ao meu Ginjal e Lisboa onde hoje tenho mais um dos belos vídeos do Cine Povero. Desta vez Manuela de Freitas diz António Botto sobre música de Bernardo Sassetti. Uma beleza. Fala-se do que é importante na vida e eu, armada em parvinha, daquelas que não têm noção e se põem em bicos de pés ao pé de gente importante, digo também de minha justiça.

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E agora vou-me deitar. Continuo sob efeito do pequeno comprimido que tomei durante três noites. Um sono... Além disso amanhã tenho que me levantar mais cedo pois tenho um programão logo às primeiras horas do dia de trabalho. 


Desejo-vos, meus Caros leitores, uma bela quarta feira.

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2 comentários:

  1. demonstração do ditado popular "todo burro come palha, depende de como se dá" - https://www.youtube.com/watch?v=ydchCy5WF_I

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  2. "Mas a ver se vos falo também de José Sereto e vos transcrevo um dos seus poemas... do Carvalho."

    se gostou mesmo muito do poema pode ficar assim:

    "Mas a ver se vos falo também de José Sereto e vos transcrevo um dos seus poemas... do Car(v)alho."

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