sábado, janeiro 26, 2013

Na questão da RTP, o Paulo Portas ganhou e o Relvas foi derrotado? Talvez. Ou talvez não. Passarões como o Relvas nunca são derrotados. A esta hora já anda a fazer contactos para outra coisa qualquer. É que aquilo é o verdadeiro artista, aquilo mesmo só visto e ouvisto...! (E porque gosto de uma bela fofoca: o que andam o Paulo Portas e o António Costa a tramar? Andam para aí com conversetas...? Será...?)


O ministro Vai-Estudar-ó-Relvas apareceu ontem na RTP para anunciar a reestruturação da dita. Depois do João Duque e Companhia terem feito um estudo que foi para o galheiro, depois dele, Relvas, ter feito muitos contactos, e se o Relvas é bom nisso, em contactos, depois de entrevistas de António Borges em que anunciava cenários de concessão, depois de umas quantas reviravoltas e cambalhotas, depois de agora afinal é privatização a 49% e mais uns angolanos terem vindo que queriam a televisão pública portuguesa, então não haviam de querer?, depois do próprio Borges ter ontem também vindo dizer que a privatização estava mesmo para quase já, eis senão quando Paulo Portas, finalmente, conseguiu fazer valer a primeira ideia, e consegue que a RTP não se venda já. 

Claro que o Relvas deve ter logo pegado no telefone e ligado para os amigos a dizer eh pá não é já mas ainda vai ser melhor porque assim a gente limpa aquilo tudo e depois vende tudo limpinho e por tuta e meia - quem não conheça o Relvas que o compre.

E, assim, animado do melhor espírito que se possa imaginar, lá foi ele todo lampeiro armar-se em bom para a frente do José Pisca-o-Olho. Só viso e ouvisto.





Que iam reestruturar e que ia ser doloroso - e fez um ar de quem quer meter medo - e que aquilo custa muito dinheiro aos portugueses - e atirou com um número. E depois - e fez um ar muito responsável - que contava com a participação dos trabalhadores para a razia que quer fazer. 

E eu - que sou muito suspeita: não gosto dele, nunca gostei e nunca hei-de gostar - pergunto-me: como é possível um sujeito destes ainda ser ministro? Até na República dos Camarões com Bananas uma criatura destas já tinha sido posta a andar. 

Com a falta de aproveitamento escolar que sempre teve, saberá ele escrever o número que disse? Gostava de lhe pôr uma folha e uma caneta nas mãos e dizer, ora escreva lá aí o número que disse. E saberá ele como se chega ao número? Gostava de lhe perguntar: mas isso são custos ou são resultados? Ou é dívida? explique lá - era o explicas, sabe lá ele. E saberá ele se aquele número é suportado pelos impostos ou pela publicidade? E que direito tem uma criatura daquelas a impor o que quer que seja que implique redução da qualidade de serviço ou o desemprego de alguém - quando desde que é ministro já fez e desfez, disse e desdisse?

E é doloroso e quer que as pessoas participem? E ninguém lhe diz que se gosta de práticas de sado/masoch que participe ele e deixe os outros em paz? 

Que país é este em que ninguém impede que um incompetente destes que parece empeçonhar tudo em que toca ainda continue em funções num governo?

E o que leva uma pessoa como António Borges a ainda andar metido nestes carnavais? Magro, mal encarado, uma sombra do que foi, que deve ter dinheiro de sobra, que necessidade tem de andar envolvido nisto? Não consigo entender. Que uma pessoa se meta em missões complicadas, como tratar de leprosos em África, alfabetizar crianças nos campos de refugiados no meio de um cenário de guerra, eu percebo. Agora que uma pessoa se meta numa comissão ou grupo ou lá o que é, em que, a torto e a direito, deve ter que fazer fretes a toda a gente, a criaturas desqualificadas - que entre o Relvas, o Efromovich, os amigos angolanos e outros que tais, venha o diabo e escolha - isso não entendo mesmo. Há coisas mesmo muito estranhas.

É a mesma dúvida que tenho em relação a Paulo Portas. Não me esqueço de uma vez, na AR, quando o Relvas lhe estava a dizer um segredinho, a pressa com que Portas se afastou, como se tivesse medo que a baba do Relvas lhe sujasse o fato ou, então, como se o hálito do Relvas fosse fétido, um nojento bafo de onça. Percebi-o muito bem, eu também me afastaria à força toda. O que não percebo é como é que o ex-jornalista Paulo Portas consegue conviver com gente desta raça... Ser conivente com as políticas e as práticas desta gente... Como? Porquê? A troco de quê, senhores?





PS: Quanto ao que se passa no PS, não consigo ainda pronunciar-me. Sempre achei que o Tozé não tem punch, falta-lhe garra, carisma, energia. Sempre achei que António Costa daria um melhor líder socialista. Mas, enfim, na altura António Costa não o quis e o Tozé lá tem vindo a fazer o melhor que pode. Mas claro que o que ele pode não é muito e só assim se explica que, perante uma governação tão desastrada, incompetente e calamitosa, o PS não tenha disparado, mas disparado a sério, nas sondagens. 

Mas agora que esta crise vem mesmo a calhar ao Passos, Relvas e Gaspar, lá isso vem. Portanto, o que espero é que, no PS, tudo se clarifique rapidamente, a bem do País. 

*

Para quem aterrou agora aqui sem antes ter visto o post anterior, informo que, depois de ter lido esta conversa sobre pessoas pouco interessantes, é tempo de arejar a cabeça e nada melhor do que um pequeno filme com a Irina Shayk Aveiro num vídeo super educativo. Por isso, sugiro que desça um pouco mais porque vale a pena. E é para o menino e para a menina!

E por aqui me fico. A todos desejo um belo sábado!

7 comentários:

  1. Subscrevo o texto deste seu post.
    Penso que o Paulo Portas "gosta
    muito de estar em Governos" e então
    ser Ministro dos Negócios Estrangeiros muito...muito...
    Portanto...
    Beijinho
    Bom fim de semana.
    Irene Alves

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  2. O Portas faz crer que ganhou o que não quer ganhar e o Relvas só vai perder quando o jogo acabar, se até lá não der o "chuto" certeiro.
    E depois quem vier atrás que feche as portas se tiver dinheiro para mudar a fechadura.

    Bom final de sábado

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  3. Sobre a RTP: estamos a viver uma encenação. Preparadaa a três, bem, ou mal combinada, entre Passos, Relvas e Portas, com Borges a dar uma ajuda. Como diz e bem, Relvas não perdeu, simplesmente adiou, para uma ocasião melhor, quer de negócio, quer, se calhar, política. Ninguém de bom senso acreditará que Passos Coelho, que muito deve a Relvas, daí ter-lhe feito o convite para integrar este “extraordinário” governo e não o tendo despedido por ocasião do “canudo” a fingir, com as tais equivalências, o deixe “cair” agora, ou seja, o deixe sair diminuído perante o “inimigo” interno, Portas. Nada disso. A RTP, mesmo contrariando a posição do PR, para o qual o PSD de Passos se está completamente a marimbar, irá, a breve trecho, ser privatizada, mal privatizada, mas será...a não ser que suceda algo inesperado, que não estou a ver o quê. E Relvas há-de arranjar forma de aquilo não poder voltar a ser do Estado, como ameaça o pobre do Tó Zé, “quando for governo”. Passos e Relvas deram esta “abébia” a Portas, e ele (PP) sabe que é isso mesmo, para fingir que tudo vai bem no governo, que Portas e o seu CDS têm peso na coligação, etc. Deram-lhe tempo, tão só, porque precisam de tempo, para que o negócio seja bem fechado. E Portas, que foi jornalista e ainda por cima do “Indy” talvez tenha tentado, à sua maneira, vender a ideia de que houve vitória. Nem de Pirro. Aquele general, à época, não conseguiu mais do que uns “empates tecnico-militares” que o desgastaram, ao ponto de ter desistido de continuar a combater as tropas romanas da altura, que, cedo ou tarde, o aniquiliariam, a ele Pirro e ao seu exército. No caso de Portas, ele sabe que a coisa está por um fio. E Borges, para quem o ouviu, não deixou dúvidas. E, meus senhores, com a generosa permissão dos jornalistas, andamos a brincar e a tentar enganar o grande público, sobre isto, da RTP. Relvas, um cabotino, de sorriso alvar, que nem sequer português sabe falar(!) vai levar a sua a bom termo. E Portas, ali irá continuando, de humilhação, em humilhação. É que depois deste “sucesso do regresso aos mercados”, com espumante e tudo, não vejo como o CDS venha a tirar o tapete ao PSD e sair de cena, sem ficar muito “danificado”. Vão continuar juntos, para o melhor e o pior. Para nosso mal! Uma lástima. Quanto ao futuro, com este Zé Tó, ou Tó Zé, não vamos lá. A lado nenhum! Apesar de Portas estar a fazer de muleta para este ordinário governo, concordo que há difenças substanciais entre ele e uns “pirus obscenos” que ali estão, como o Relvas do FaceBook, o Dr. Ouvisto, o abominável Borges magro, o “Carlos Moelas”, Passos, etc. Digo-lhe uma coisa, estimada UJM, se um dia, por exemplo, num restaurante qualquer, estes estafermos que atrás enumero, o Moelas, o Reles, o Gaspacho, o Pé-de-Cabra, o Magro, se sentam ali na mesa ao lado, chamo o gerente e peço para que me mudem de mesa, pois não estou para respirar o ar fétido, como diz do Relvas, que deles imana! Esta gentinha mete asco!
    P.Rufino

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  4. Olá Irene Alves,

    Também me parece que o Paulo Portas acima de tudo gosta de ser ministro. Depois de ter sido tão crítico do poder quando estava no Independente, agora parece não conseguir passar sem ele. Eu tinha esperança que ele um dia percebesse que está a fazer mal ao país em dar suporte ao Passos Coelho mas começo a ver que isso dificilmente vai acontecer. É pena.

    Um beijinho, Irene, e um bom domingo!

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  5. Olá jrd,

    O Portas... não o percebo. Se anda a falar com o António Costa talvez seja para alguma coisa. Mas não sei. Não sei qual é a o Portas. Apesar de estar, politicamente, muito longe de mim e de achar que vende a alma ao diabo com muita facilidade, apesar de tudo, não o acho nada que se pareça com a troupe do Coelho e Relvas. Acho-o inteligente e bem educado e isso é importante.

    Quanto ao Relvas é um vencedor como o são todos os fura-vidas sem escrúpulos. Ganha sempre pois em tudo ele vê uma oportunidade para se mover.

    Que país este que permite um relvas no governo...

    Um bom domingo, jrd!

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  6. Olá P. Rufino,

    É isso que diz. Tudo. O Relvas e o Passos são um par de jarras inseparáveis. São muitas cumplicidades ao longo de muitos anos. O Relvas pode fazer porcaria atrás de porcaria que o Passos lá estará sempre para o agarrar.

    Quanto ao Paulo Portas afeiçoou-se ao poder. Dá ideia que o que quer é ser ministro, seja lá quem for o primeiro ministro. E que se danem os princípios, os correlegionários de partido ou os eleitores. Uma desilusão contínua.

    Agora quanto ao Tozé é que é outro problema que ali está.

    Eu até percebo que o Cavaco não soubesse o que fazer se destituísse este governo. É que o PS mais exigente não se revê no Tozé. Não tem chama e isso faz falta a um político. Meteu-se-lhe na cabeça que tem que ter ar de estadista e, por isso, nem se lembra de ser oposição a sério. Vamos ver se esta crise interna vai dar em alguma coisa. O António Costa é quem vai ter a última palavra. Ou não... porque o Tozé tem o aparelho na mão.

    A ver vamos, como dizia o ceguinho.

    E, entretanto, a dívida aumenta, o desemprego aumenta, as empresas fecham, o comércio fecha, os jovens emigram e a segurança social desequilibra-se cada vez mais... e este é o drama.

    Mas, enfim, já é domingo...! Com os seus dois amigos de 4 patas, agora devem ser uns passeios bem animados....

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  7. É muito triste toda a "história" que tem estado e está subjacente às privatizações que nos estão a impor.
    Que tempos estes de homens com linhas de horizonte feitas de cifrões!!!
    Olha-se à esquerda,à direita e o que se vê?
    Como mobilizar o nosso capital de esperança quando o panorama é constrangedor e ultrapassa fronteiras.
    Boa semana.
    Maria Ana

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