segunda-feira, abril 23, 2012

O Mundo dos Vivos e Levantar o Céu, os labirintos da sabedoria - os novos livros de Pedro Mexia e de José Mattoso (ao som dos Divino Sospiro e de Violeta Parra); e ainda, de bónus, Jacque Fresco que aqui vem explicar porque é que 'esta merda tem que acabar'


Geralmente sento-me aqui, página em branco pela frente, e, sem pensar, começo a escrever. As palavras descem até ao teclado através de uma ligação directa entre o cérebro e os dedos (isto é, sem preparação mental prévia e, depois, sem moderação, sem filtros, sem censura interna).

Hoje isso não está a acontecer e, sendo coisa inédita, disso vos dou conta.

A razão deste bloqueio é dupla. A primeira é que acho que deveria, antes, falar das eleições francesas. Apesar de François Hollande ser uma criatura pouco carismática, quero porque quero que ele ganhe, especialmente  para ver se alguém desequilibra a preponderância alemã que anda a inquinar toda a Europa. Deveria - mas estou com outra ideia na cabeça. A segunda razão prende-se, justamente, com essa ideia:  quero falar de dois livros que adquiri a semana passada. Na minha cabeça os autores têm personalidades que, em alguns pontos, se tocam mas, depois, se tentar fundamentar com um mínimo de racionalidade, não encontro justificação cabal. Pego nos dois livros, tento encontra-lhes pontos de intersecção que o demonstrem e o escasso tempo de que disponho não me permite desenvolver um estudo aturado que possa dar razão à minha ideia.

Talvez a ideia se baseie apenas na minha intuição, coisa que uso em abundância e que desculpo depois de ter estudado que a intuição é apenas uma antecipação do raciocínio lógico, um short cut.

Bom, mas vamos aos factos.

Música, por favor


Divino Sospiro - A quel leggiadro volto (ou molto?) de F. A. de Almeyda


O Mundo dos Vivos de Pedro Mexia e Levantar o Céu de José Mattoso
(sobre algumas das minhas écharpes primaveris -
- e não torçam o nariz se faz favor porque não é pecado gostar muito de écharpes... )


Pedro Mexia e José Mattoso. Têm tudo a ver um com o outro? Pelo menos, alguma coisa? E o que poderei invocar para defender esta tese...? Ou será mais prudente nem tocar nisso e passar directamente aos dois livros...?

*

Pedro Mexia (n. 1972) é licenciado em Direito, é jornalista, crítico literário, escritor de crónicas e poesias (mas também teatro, letra de música, etc), autor de blogues conceituados, um dos quais tem presença aí ao lado sob o cognome que lhe atribuí de 'A labiríntica biblioteca, isto é, a vida' e que se refere a Lei Seca (ultimamente em onda minimalista), é participante em programas de rádio, televisão, é figura muito presente em encontros, debates de cariz literário, etc. 


As suas intervenções revelam sempre competência, estudo, maturação sobre o tema sobre o qual se pronuncia. 

E a sua escrita demonstra uma permanente busca pela honestidade em estado puro, uma compreensão total da verdade que se imagina imaculada, frequentemente tendo implícita uma decepção, um desencanto, uma melancolia.

Apetece dizer-lhe mil vezes que não há verdades absolutas, que não há honestidades imaculadas, que não há afectos impolutos - que busca, pois, o inexistente. Mas isso seria uma intrusão na sua intimidade e não é isso que aqui pretendo fazer. 

Mas o que acho é que na sua escrita está implícita uma procura pela pureza, pela limpidez, pela verdade e, nisso, acho que há em Pedro Mexia uma ascese que se lhe tornou intrínseca. Uma ascese talvez laica, não faço ideia, nem isso é relevante. Mas não me custaria nada imaginá-lo em isolamento, estudando, escrevendo, meditando.

Este livro, 'O mundo dos vivos' tem prefácio de outro escritor que muito admiro e que tem assento permanente aqui no Um jeito manso, Manuel António Pina.

Diz Manuel António Pina que se aprende com Pedro Mexia acerca de vários assuntos, entre os quais da conturbada e incansável arte da vida, da complexa, e não raro sórdida, natureza dos homens e das sociedades humanas. E acrescenta: e aprende-se com inesperado prazer.

Assim é, de facto. 

Este livro é uma edição Tinta da China (como sempre, uma bela edição) e reúne crónicas publicadas originalmente no suplemento P2 do Público entre Abril de 2007 e Dezembro de 2010 e no suplemento Actual do Expresso entre Maio de 2011 e Março de 2012.

Os temas são, pois, o mais variados possível, desde episódios ou referências a Lindsay Lohan, a Dominique Strauss-Kahn, passando por Leonard Cohen, Milan Kundera ou Kate McCann.

Penso que é notória a evolução, cada vez o acho mais introspectivo. E cada vez mais a análise melancólica, racional, pura.

Pela oportunidade do tema, transcrevo alguns excertos da crónica Sarko: É bom que Sarkozy tenha ultrapassado a hipocrisia habitual dos políticos franceses, mas não considero um avanço civilizacional ver um presidente da França que discute o tema da 'felicidade' com os jornalistas, como se fosse uma costureirinha. Gosto de o ver acompanhado daquela mulher esbelta, altiva, enigmática, de feições salientes e olhos azuis felinos, mas preferia um pouco mais de contenção.


(...) Outsider pelo percurso político, Sarkozy é também um outsider pelo feitio. Enérgico e frenético, chama-lhe Speedy Sarko. A própria mãe admitiu: 'Nicolas é um fox-terrier que corre por todo o lado a ladrar'. Mas essa hiperactividade só é interessante quando resulta em acções concretas. E Sarkozy tem estado mais virado para a necessidade de agradar do que para a urgência de decidir. Tornou-se titubeante e inconsistente e ninguém o elegeu para isso.

******

Se a música do Divino Sospiro já acabou, então, esta agora, por favor

Violeta Parra - Gracias a la vida


Passo agora para José Mattoso.



José Mattoso (1933) é historiador, professor e investigador especializado em história medieval portuguesa.

Foi monge durante 22 anos, Frei José de Santa Escolástica Mattoso, vivendo na Abadia de Singeverga. Em 1970 voltou à vida laica. Casou duas vezes. Tem numerosa obra publicada, sempre de irrepreensível qualidade. Alguns dos livros conheceram inusitados êxitos editoriais. Recebeu já vários prémios e distinções, entre as quais o Prémio Pessoa. 

As suas intervenções são sempre claras, lúcidas, inequívocas. Tem uma voz própria, uma opinião que se faz ouvir sempre que a ocasião o justifique.

Ouvi-o há dias numa entrevista. Dizia que agora quer, sobretudo, reflectir, meditar. O mundo mundano, as vozes ruidosas e vazias incomodam-no. O fluxo dos seus pensamentos requer a quietude.

O livro de que estou aqui hoje a falar, 'Levantar o céu', saíu agora, e é uma edição Temas e Debates/Círculo de Leitores, com uma capa muito bonita, contendo uma iluminura da autoria da monja e mística alemã Hildegarda de Bingen.

Na introdução, José Mattoso explica o título. Levantar o céu é o nome que os mestres de chi kung (uma variante de tai chi) dão a um dos seus principais exercícios. Consiste, fisicamente, em levantar os braços em arco com as palmas das mãos apontadas uma para a outra e viradas para cima, isto é, para o 'Céu'. (...) Na cultura chinesa, Céu (yiang) designa aquilo que vem do alto, que dá força e energia, que constitui o princípio activo da vida, que anima a realidade espiritual da existência. Opõe-se à Terra (yin), isto é, àquilo que vem de baixo, que resiste à força e à acção, que constitui o princípio passivo da vida, que representa a realidade material da existência.

Mais à frente, José Mattoso continua: A harmonia e a paz são, é claro, situações precárias, vulneráveis, provisórias. Na nossa época parecem mais ameaçadas que nunca. Muitos fenómenos do mundo actual produzem efeitos que, se não forem corrigidos por acções de sentido contrário, ameaçam a sobrevivência da humanidade. Os mais graves resultam, em última análise, do excesso de poder nas mãos de uma pequena minoria de homens. Directa ou indirectamente, comandam as técnicas e utilizam-nas para acumular mais poder, indiferentes às consequências descontroladas do seu uso irracional.


Ao preparar-se para agradecer aos mestres e companheiros espirituais com quem aprendeu a meditar sobre o mistério da Humanidade, José Mattoso recorda a canção de acção de graças à Vida que ouviu pela primeira a Joan Baez mas que, refere, pertence a Violeta Parra. E acrescenta: agora, cada vez mais perto do fim da minha caminhada na vida, só posso, olhando para trás, dar graças por tudo o que ela me deu, ou que Deus me deu por seu intermédio.

Bem, não vou continuar porque todo o livro é muito interessante. Transcrevo de novo as palavras do autor, para apresentar o seu conteúdo: Os textos aqui reunidos foram escritos ao sabor de solicitações variadas, a que tentei responder na medida das minhas possibilidades e segundo as minhas convicções pessoais. Uns são mais 'cívicos', outros mais espirituais; uns inspirados no senso comum, outros na mensagem evangélica; uns recorrem à História, outros a princípios intemporais. Qualquer que seja a linguagem e o pensamento que os inspira, pretendem todos contribuir em alguma coisa para 'levantar o céu'.


*

Em tempos de fogos fátuos, Pedro Mexia ou José Mattoso são duas pessoas que pensam em profundidade e que não se limitam a papaguear o que a vox populi espera. Com percursos de vida muito diferentes, com obras muito distintas, e, obviamente, em estágios de maturidade distantes, são contudo pessoas para quem a honestidade e a verdade são conceitos concretos e inalienáveis e isso reflecte-se nas palavras que pronunciam.

*

E muito a propósito das palavras de José Mattoso, um vídeo interessantíssimo que, em boa hora, um Leitor me enviou e a quem daqui agradeço a simpatia

Jacque Fresco, lider do projecto Venus

Esta merda tem que acabar  (pardon my french...)

*****

Hoje lá no meu Ginjal e Lisboa as minhas palavras vestem-se de gaivotas e voam em torno de um poema de Sophia, ao som de Renée Fleming interpretando a Casta Diva que, assim, abre a semana dedicada a Bellini. Gostava de vos ver por lá.

*  **  *

E tenham, meus Caros, uma belíssima semana!

13 comentários:

  1. Amiga,
    Não é muito meu costume, debruçar-me, sobre a política externa.
    Acontece que, para mim, França é a minha 2ª Pátria. O país das grandes mudanças, da liberdade, das artes.
    A divisa deles: "Liberté, Egalité, Fraternité" tem muito do que eu sinto.
    Fiquei contente por o François Hollsnde ter batido o Sarkozy, mas depois reparei que a diferença é diminuta. Está tudo nas mãos da Le Pen, o que é um perigo.
    Veremos.
    Falando de livros. Não gosto do Pedro Mexia. Fez uma crítica no Jornal das Letras, a um livro de um amigo meu, escrito durante a dura luta, que travou contra dois cancros, levando a coisa a brincar.
    Ora, o senhor Pedro Mexia, fez do livro, uma apreciação fria, dura, despida de qualquer sentimento.
    Teve direito a resposta, aqui, no meu blogue. Sei que não a deve ter lido, mas o meu amigo, que tinha ficado triste com a leitura dele, adorou. Ele insultou alguém, que esperou a morte, de cara descoberta, sem medo, com uma coragem ímpar. Não consigo perdoar ao Pedro Mexia.
    De José Mattoso Pai, lembro-me bem.
    Foi o autor dos manuais de História, por onde estudei.
    Esse, vou ler. O título é sugestivo.
    Écharpes, finas, grossas, desde que macias, adoro. Falta-me sempre mais uma.
    Vou à música, já volto. Gostei do Suspiro.
    Gracias á la vida, minha frase muitas vezes.
    Gostei da história do Mattoso. Vou ler o livro.
    Do Sarkozy já falei,
    Hoje estou com pouco tempo. Logo à noite, talvez volte.
    Beijinho
    Mary

    ResponderEliminar
  2. Cara UJM, também me deliciei um pouco com a primeira "bofetada política" sofrida por Sarkozy. Não sei se irá repetir-se, o que adoraria.
    Quanto a Pedro Mexia, também gosto muito de o ler, embora me pareça menos "pacifista" que Mattoso, pois este tem uma longa vida de acumulados silêncios de meditação e divagação intra-psíquica que PM não terá.
    Mas tem outra coisa que muito me marcou. Fui seu aluno de história no tal mosteiro beneditino de Singeverga (Roriz - Santo Tirso) nos meus 4º e 5º ano antigos (14 e 15 anos de idade!). E, sem qualquer vaidade ostentatória, posso dizer que fui o seu aluno que teve a nota mais elevada no exame final de 5º ano, efectuado no então Liceu D. Manuel II, Porto. Recordações que não se apagam com facilidade. Adoro os seus livros sobre monaquismo e Idade Média, que sairam no Círculo Leitores. Já não contacto com ele desde esses saudosos tempos, mas vou lendo o que ele escreve. Claro que ele era filho do outro Mattoso, cuja história ele nos ensinou no seminário. É bom lembrar! Por curiosidade acrescentarei que no ano em que ele entrou na vida laica, eu entrei em Medicina, no Porto, vindo do Colégio de Lamego, também dos beneditinos, onde estudaram Aquilino Ribeiro e até o Manuel Carrilho. Enfim, curiosidades.
    Não perderei este seu livro, "Levantar o Céu" ...mas também não perderei os seus sempre belos "posts" que também adoro ler.

    ResponderEliminar
  3. Nunca li nada do Pedro Mexia.
    Fiquei com vontade de ler o livro do José Mattoso. Vou ver se há na Bertrand. Se houver compro, se não houver desisto (porque é o destino a dizer-me que de momento não devo comprar mais livros)

    Gosto muito da Violeta Parra.

    Uma boa noite para si.

    ResponderEliminar
  4. Olá Mary,

    Europa está pendente do que vai acontecer em França e, em França, está tudo ainda muito em aberto. Tomara que esta oportunidade não seja perdida.

    Sobre o Pedro Mexia e sobre essa crónica não poderei pronunciar-me pois não a li, assim como não li o que a Mary protestou lá no seu blogue. Tenho-o em boa conta. Não o estou a ver a ser mal educado, muito menos com alguém que escreveu um livro numa condição tão grave. Mas toda a gente tem os seus maus momentos, alguma precipitação, não sei.

    Conforme referi, em termos de maturidade não dará para o colocar ao mesmo nível que José Mattoso. É um homem ainda novo, a quem faltará ainda alguma vida para saber portar-se bem em qualquer situação. Não o quero julgar sem conhecer a situação.

    Quanto a José Mattoso tem alguma serenidade de quem já viu muito muito e de quem muito já reflectiu sobre a natureza humana.

    Um beijinho, Mary!

    ResponderEliminar
  5. Caro DBO,

    Já sabe que fico sempre muito contente quando o vejo por aqui.

    Pedro Mexia não é José Mattoso, não é de todo. Mas aspira à verdade, à honestidade sem mácula, e é introspectivo, e é um pensador que procura perceber e interpretar a natureza humana.

    Claro que, depois, tem um lado mediático que o leva a expor-se e a ter que 'dizer coisas', afastando-o um pouco do que será a sua natureza intrínseca (enfim, é o que acho).

    Olho para Pedro Mexia agora que anda pelos 40 e imagino que daqui por uns anos será uma pessoa com alguma erudição, alguma serenidade, uma lucidez limpa quase como Mattoso.

    Quanto a ter sido aluno de José Mattoso fiquei admiradíssima: claro que, se ele foi professor, alguém há-de ter sido seu aluno. Mas não imaginaria que algum dos meus Leitores estivesse entre esse grupo de privilegiados. Que sorte, hem...?

    Eu tive professores de história que nos obrigavam a decorar acriticamente o que vinha no livro, o que a mim, que odeio fazer coisas deste género, obedecer sem concordar e, ainda por cima, ter que papaguear, me fez ficar a detestar história. É uma aversão que venho aos poucos tentando combater porque ficou muito gravada em mim.

    Agora imagino a sorte que é ter aulas com uma pessoa como José Mattoso, uma mente aberta...!

    Vejo também que teve a sorte de frequentar o mesmo espaço que outras mentes brilhantes também ocuparam (e aqui refiro-me mais a Aquilino do que ao Manuel Maria Carrilho que é demasiado sinuoso para o meu gosto). Que sorte. Um privilégio assim marca.

    É, portanto um transmontano orgulhoso, Caro DBO, com um percurso escolar que o levou a sítios especiais. O nome Singeverga nem parece nome de cá. Estive a ver na internet e fiquei encantada, que maravilha. E as flores...! E vi que fazem lá um licor. Que sítio fantástico! Deve ter belas recordações desse tempo, imagino.

    Obrigada pelas suas palavras, gostei imenso de saber esse seu percurso.

    ResponderEliminar
  6. Olá Isabel,

    Se puder esticar a verba, acho que também gostará muito de ler o Pedro Mexia. É um bom cronista, escreve muito bem e aprende-se sempre com ele. Tem uma visão melancólica da vida (muito diferente da minha própria visão) mas leio sempre com gosto o que ele escreve.

    Um abraço, Isabel!

    ResponderEliminar
  7. Amiga,
    Refiro-me a um livro intitulado: "Mau Tempo no Anal", cujo autor, usava o pseudónimo André Moa.
    A minha "Carta Aberta a Pedro Mexia, encontra-a no dia 25 de Fevereiro de 2010. Quanto ao "Jornal das letras", onde vem a crítica, deve ser de um mês antes. Julgo que ainda o tenho.
    Se tiver, mando-lhe por mail.
    Admito que, Pedro Mexia, não tenha lido ou entendido o livro do escritor, já desaparecido. De qualquer modo, foi de uma brutalidade e insensibilidade,a toda a prova.
    Momento mau? Talvez. Mas estava a falar de um condenado à morte, que procurou até ao fim, ter dignidade e ajudar outros. Alguém que marcou muita gente.
    Sabe? Eu sou de uma lealdade doentia, com os meus amigos.
    O André é meu amigo. Aprendi muito com ele.
    Lembre-se sempre, querida: a sua Mary, quando diz que é amiga, é mesmo.
    Um abraço grande.
    Mary

    ResponderEliminar
  8. Mary, que coisa duplamente triste. Pensar que o seu amigo estava doente e que, ao publicar um livro, foi assim tão agredido pelo Pedro Mexia. E para o Pedro Mexia penso que também deve ter sido uma coisa que desejará esquecer caso se tenha apercebido da injustiça que cometeu.

    Vou ver no seu blogue para perceber a situação.

    Um beijinho, Mary.

    ResponderEliminar
  9. Olá UJM,
    Adorei o "banhito" ao Sarkozy. Veremos como decorrem os próximos "takes".
    Nunca li nada do Pedro Mexia por isso não me posso pronunciar.
    Também eu estudei pelos manuais de José Mattoso pai.
    Mas não vai acreditar se lhe disser que, tal como a Tá, se passou exatamente comigo o mesmo referindo a então disciplina de História. A aversão foi tal que por obrigação lá "empinei" o necessário. Acredita que o professor - uma figura bizarra da então Escola Comercial Ferreira Borges - me anulou alguns testes dizendo "copiado do livro da pág... parágrafo ...?"
    Era inacreditável. Lá consegui ir ao exame final e, já sem olhos de tanto decorar, lá consegui um 13 mesmo com ele como um dos membros do júri.
    Também vou combatendo este sentimento de aversão, mas por vezes não é fácil porque às vezes não tenho grande memória em revisitar alguns períodos da história mundial. Já com a História de Portugal sempre foi diferente porque tive o privilégio de ter na Instrução Primária os professores que na época exigiam estudo com compreensão.
    Tempos em que os professores e a escola eram a nossa segunda família e a nossa segunda casa.
    Vamo-nos encontrando.
    Grande beijinho

    ResponderEliminar
  10. Amiga:
    Já tem a crónica do Mexia no mail.
    Uma ressalva: a Revista é a Ler e não o jornal de letras.
    Do meu blog, irá facilmente, ao "Diário de um Paciente", do qual foi tirado o livro.
    Beijinho
    Mary, cheia de sono

    ResponderEliminar
  11. Olá Teresa-Teté,

    Eu nunca fui de 'marrar, sempre odiei. Por isso talvez o meu forte sempre fosse a Matemática e afins, embora também o Português. Ter que decorar folhas era para mim um suplício e todos os professores que tive a História eram assim.

    Cá em casa há muitos livros de História, o meu marido essencialmente lê História e eu vou tentando mas é sempre coisa em que avanço com algum sacrifício. Engraçado consigo também acontecer o mesmo.

    Por professores, hoje vi um programa reportagem na TVI que me deixou francamente atordoada com o que agora se passa em algumas salas de aula, uma coisa aflitiva, até ameaçam e batem nos professores. Ao que se chegou. Nem sei como é que deu nisto...

    Um beijinho, Teresa-Teté!

    ResponderEliminar
  12. Ok, Mary, já vou ver. Obrigada.

    ResponderEliminar
  13. Comprei o livro do José Mattoso.
    Vou ver então se há o do Pedro Mexia. Fiquei curiosa.
    Bom feriado.

    ResponderEliminar